Um espaço para reinventar Portugal como nação de todo o Mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações e promova os valores mais universalistas, conforme o símbolo da Esfera Armilar. Há que visar o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, orientada não só para o bem da espécie humana, mas também para a preservação da natureza e o bem-estar de todas as formas de vida sencientes.

"Nós, Portugal, o poder ser"

- Fernando Pessoa, Mensagem.

The Happy Planet Index

O Largo da Graça

Segundo a "Chronica del Rei D. Joam I de boa memória. Terceira parte em que se contam a Tomada de Ceuta" (Lisboa, 1644), escrita por Gomes Eanes de Zurara em 1450, a autorização do rei para a conquista de Ceuta, primeiríssima etapa da expansão ultramarina portuguesa, foi dada aqui em Alhos Vedros, no Palácio da Graça(?), onde D. João I se refugiou durante o período de nojo pelo falecimento de sua mulher, a rainha D. Filipa de Lencastre, que sucumbira perante a terrível peste que terá assolado o país e dizimado uma parte muito significativa da população.

Aqui vieram os príncipes irmãos, Duarte, Pedro, Henrique, João e Fernando, e talvez também a princesa Isabel, a ínclita geração, conversar com Senhor, seu pai, sobre os planos para a tomada de Ceuta. Como é sabido, o infante D. Henrique foi o principal impulsionador dos descobrimentos portugueses.

Tudo terá decorrido, então, ali entre o Largo da Graça e a Quinta da Graça, a meio caminho quando se vai para a Quinta do Império (não confundir com Quinto Império), dizíamos, Largo da Graça onde, eventualmente, terá nascido ainda um nosso respeitado conterrâneo e contemporâneo, o Sr. Mário da Graça, e terá vivido o avô de um nosso companheiro de “Estudo Geral”, extraordinário escritor e pessoa de admirável cultura. Foi ali também que em criança, depois de atravessado o dito Largo de mão dada com a avó Aura, comprávamos o leite extraído directamente da teta da vaca, não sem que a Dona Albertina, a fazendeira, nos oferecesse um copinho do precioso(?) líquido ainda quentinho.

Naturalmente que tudo isto não tem mais que um significado simbólico para o nosso “Estudo”. Foi aqui como podia ser noutro lugar qualquer… Mas não foi. E a verdade é que, à sombra disso o Largo da Graça fez, e continua a fazer, história. Ainda hoje quando pensamos na força que a Língua Portuguesa granjeou nestes últimos séculos e naquilo que ela vai fazendo, esperemos, pelo bem dos mundos, não podemos deixar de achar Graça ao facto da sua expansão ter passado por aqui, lugar onde os nossos avós viveram.

E quando dizemos os nossos avós estamos, evidentemente, a generalizar.

Luís Santos

Armistício ou trégua

O rosto do outro é a minha diferença reflectida em ti. Um de nós é espelho. Qual de nós olha? Qual de nós vela? Qual se entrega a quem? Se és tu meu espelho quem tenho ao colo? Se me espelhas, embalo-me a mim em ti. Depois da última luta sirvo-me das garras para te defender. De mim.

The Happy Planet Index

O Largo da Graça

Segundo a "Chronica del Rei D. Joam I de boa memória. Terceira parte em que se contam a Tomada de Ceuta" (Lisboa, 1644), escrita por Gomes Eanes de Zurara em 1450, a autorização do rei para a conquista de Ceuta, primeiríssima etapa da expansão ultramarina portuguesa, foi dada aqui em Alhos Vedros, no Palácio da Graça(?), onde D. João I se refugiou durante o período de nojo pelo falecimento de sua mulher, a rainha D. Filipa de Lencastre, que sucumbira perante a terrível peste que terá assolado o país e dizimado uma parte muito significativa da população.

Aqui vieram os príncipes irmãos, Duarte, Pedro, Henrique, João e Fernando, e talvez também a princesa Isabel, a ínclita geração, conversar com Senhor, seu pai, sobre os planos para a tomada de Ceuta. Como é sabido, o infante D. Henrique foi o principal impulsionador dos descobrimentos portugueses.

Tudo terá decorrido, então, ali entre o Largo da Graça e a Quinta da Graça, a meio caminho quando se vai para a Quinta do Império (não confundir com Quinto Império), dizíamos, Largo da Graça onde, eventualmente, terá nascido ainda um nosso respeitado conterrâneo e contemporâneo, o Sr. Mário da Graça, e terá vivido o avô de um nosso companheiro de “Estudo Geral”, extraordinário escritor e pessoa de admirável cultura. Foi ali também que em criança, depois de atravessado o dito Largo de mão dada com a avó Aura, comprávamos o leite extraído directamente da teta da vaca, não sem que a Dona Albertina, a fazendeira, nos oferecesse um copinho do precioso(?) líquido ainda quentinho.

Naturalmente que tudo isto não tem mais que um significado simbólico para o nosso “Estudo”. Foi aqui como podia ser noutro lugar qualquer… Mas não foi. E a verdade é que, à sombra disso o Largo da Graça fez, e continua a fazer, história. Ainda hoje quando pensamos na força que a Língua Portuguesa granjeou nestes últimos séculos e naquilo que ela vai fazendo, esperemos, pelo bem dos mundos, não podemos deixar de achar Graça ao facto da sua expansão ter passado por aqui, lugar onde os nossos avós viveram.

E quando dizemos os nossos avós estamos, evidentemente, a generalizar.

Luís Santos

Armistício ou trégua

O rosto do outro é a minha diferença reflectida em ti. Um de nós é espelho. Qual de nós olha? Qual de nós vela? Qual se entrega a quem? Se és tu meu espelho quem tenho ao colo? Se me espelhas, embalo-me a mim em ti. Depois da última luta sirvo-me das garras para te defender. De mim.