Um espaço para reinventar Portugal como nação de todo o Mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações e promova os valores mais universalistas, conforme o símbolo da Esfera Armilar. Há que visar o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, orientada não só para o bem da espécie humana, mas também para a preservação da natureza e o bem-estar de todas as formas de vida sencientes.

"Nós, Portugal, o poder ser"

- Fernando Pessoa, Mensagem.

Morrer como um touro

O Ministério da Cultura resolveu criar uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura a pretexto de que lidar touros seria uma tradição cultural portuguesa a preservar. Mas a tradição é mais antiga, do tempo em que humanos e animais lutavam na arena para excitar os nervos da multidão com o sangue e a morte anunciada. A piedade, que é um valor mais antigo do que Cristo, veio, na sua interpretação cristã, salvar disto os humanos. Esqueceu-se, porém, dos animais.

Há um momento nas touradas em que o touro, muito ferido já pelas bandarilhas, o sangue a escorrer, cansado pelos cavalos e as capas, titubeia e parece ir desistir. Afasta-se para as tábuas. Cheira o céu. Vêm os homens e incitam-no. A multidão agita-se e delira com o sangue. O touro sabe que vai morrer. Só os imbecis podem pensar que os animais não sabem. Os empregados dos matadouros, profissionais da sensibilidade embaciada, conhecem o momento em que os animais “cheiram” a morte iminente. Por desespero, coragem ou raiva (não é o mesmo?), o touro arremete pela última vez. Em Espanha morre. Aqui, neste país de maricas, é levado lá para fora para, como é que se diz? ah sim: ser abatido. A multidão retira-se humanamente, portuguesmente, de barriga cheia de cultura portuguesa, na tradição milenar à qual nenhuma piedade chegou

Os toureiros têm pose que se fartam (e com a qual fartam toda a gente). Pose de hombre, pose de macho. Mas os riscos que de facto correm são infinitamente menores que a sorte que inevitavelmente espera os touros, que o sofrimento e a desorientação que infligem aos touros para o seu próprio prazer e o da multidão. Dá vontade de dizer que quem se porta assim, quem mostra orgulho de se portar assim, tem entre as pernas, e não apenas literalmente, órgãos bem mais pequenos que aqueles que os touros exibem. Os toureiros são corajosos mas entram na arena sabendo que haverá sempre quem os safe, senão à primeira colhida, então à segunda. Às vezes aleijam-se a sério e às vezes morrem, o que talvez prove que os deuses da Antiguidade são justos, vingativos e amigos de todos os animais por igual. Os touros, esses, não têm ninguém que os vá safar em situação de risco, estão absolutamente sós perante a morte. Querem os toureiros ser hombres até ao fim? Experimentem ser tão homens como eram os homens e os animais na Antiguidade: se ficarem no chão, fiquem no chão. Morram na arena. É cultura. A senhora ministra da Cultura certamente compensará tão antigo costume.

Também era da tradição, em Portugal por exemplo, executar em público os condenados, bater nas mulheres, escravizar pessoas. Foi assim durante milénios. Ninguém via mal nenhum nisso a não ser, confusamente, com dúvidas, as próprias vítimas. Até que a piedade, na sua interpretação moderna e laica, acabou com tão veneráveis tradições.

Que será preciso para acabar com a tradição da tourada? Que sobressalto do coração será necessário para despertar em nós a piedade pelos animais?

- Paulo Varela Gomes (Historiador), “Cartas do Interior”, Público, 27.02.2010, P2, p.3.

Se é inteligente e sensível e não quer que os seus impostos paguem a barbárie, assine a Petição contra a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura. Mais de 5000 assinaturas em pouco mais de duas semanas:

www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=PETPPA

O progresso

«O progresso, seja o que for, e quer se considere bom, quer mau, é, com certeza, uma alteração, e uma alteração envolve o abandono de certos hábitos, de certos costumes, de certas normas e atitudes que por serem velhas, se tornaram queridas, e, por serem usuais, se tornaram necessárias. A alteração chamada progresso in...cide, portanto, quando não sobre os instintos, pelo menos sobre os hábitos dos indivíduos, ou da maioria dos indivíduos que compõem uma sociedade»

- Fernando Pessoa.

Isabel Rosete dá entrevista ao "Diário de Aveiro" (18/02/2010)

“A Filosofia devia ser um dos pilares da política”

Isabel Rosete, cuja vida tem sido dedicada à Filosofia, é autora de várias obras poético-literárias, preparando-se para publicar outras três em breve

Carla Real

Com 45 anos, Isabel Rosete, de Aveiro, possui um mestrado em “Estética e Filosofia da Arte”, é doutoranda na mesma área. Professora de Filosofia, é também responsável pela publicação de várias obras poético-literárias e de cariz científico.

Porque decidiu enveredar pela área da Filosofia?
A Filosofia tornou-se uma verdadeira paixão (eterna), desde o meu 11.o ano. Tive a sorte de me ter cruzado, nessa altura, com dois professores extraordinários, que, até hoje, recordo como autênticos modelos do que é ser, de facto, professor de Filosofia: sabiam o que é a Filosofia, qual a sua real utilidade e como a ensinar, devidamente, aos adolescentes em formação pessoal e social continuada.
Mostraram-me como a Filosofia é absolutamente imprescindível na vida quotidiana, porque só fala do que é e de quem é o Homem, do seu ser e do seu estar consigo mesmo, com os outros homens, com a Natureza e com o Universo; que é essa radical e abrangente área do saber que mostra todas as coisas tal como são na sua autenticidade, rompendo os ignóbeis véus das aparências, sem preconceitos de qualquer espécie, quais cancros que minam, cada vez mais, a sociedade presente, lamentavelmente afastada das lides filosóficas.
Demonstraram-me que a Filosofia é, primeiro: a própria vida em todas as dimensões, e que, por conseguinte, viver sem ela, não é propriamente viver, mas, tão-só, sobreviver de olhos cegos e ouvidos surdos; e segundo: o maior e mais nutritivo alimento do espírito, do pensamento, a que, afinal, nós, Homens, nos reduzimos, sem esses abstraccionismos linguísticos ou conceptuais que lhe costumam atribuir.

E a Psicologia? Quando aparece?
A Psicologia surgiu por arrastamento, embora como um complemento integrante e indispensável da própria Filosofia, sempre com ela interseccionada. Esta outra paixão (também eterna e em crescendo), surgiu quando frequentava o 10.o ano. E, tal como a paixão pela Filosofia, intensificou-se profundamente enquanto cursava a licenciatura de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde tive o privilégio de ser aluna de grandes mestres, de conviver com verdadeiros professores, igualmente modelos de docência, a quem devo tudo o que sei e sou hoje.

A Isabel destaca-se pela forma peculiar como aborda a cadeira de Filosofia, muitas vezes considerada “monótona” pelos alunos. Como faz para os cativar para essas matérias?
Transmitindo-lhes o entusiasmo, plenamente vivo e sentido que, em mim, a Filosofia fez emergir, pela sua irredutível necessidade e utilidade permanente. A Filosofia, que só deve ser leccionada pelos profissionais portadores da convicção do ser filósofo e não por aqueles apanhados pelas negras malhas que regem o docente-funcionário público, “cumpridor” de programas para as estatísticas, é um bálsamo para as novas mentes em formação, e não mais uma actividade supérflua ou um conjunto de ideias abstractas reservadas a uma determinada elite.
Esse cliché de que a Filosofia é “abstracta” surgiu daqueles que subverteram a sua essência em virtude de uma leccionação “monótona”, resultante, não da Filosofia em si, mas de um mero e terrível papaguear de conhecimentos exclusivamente a partir de um manual escolar, sem criatividade de materiais e de estratégias didácticas que estimulem os alunos para o crucial acto de pensar.
O Portugal de hoje é um exemplo, “claramente visto”, da ausência desta atitude nos políticos que nos (des)governam. Esta é uma constatação convicta da real e urgente necessidade da Filosofia como um dos pilares fundamentais onde a política deve alicerçar-se.
O verdadeiro professor de Filosofia é, por essência, um pedagogo, um guia, um orientador que auxilia os alunos nos respectivos partos intelectuais, que os estimula a parir ideias que, nas suas mentes, estavam em estado de latência e que, por esta forma de amor à sabedoria, são espicaçadas e, então, brotam para o estado manifesto.

Descreva, sucintamente, as obras poético-literárias que publicou até agora.
São obras de cariz eminentemente filosófico. Aliás, devo confessar-lhe que foi justamente a Filosofia, assim sentida e vivida, que me abriu o caminho para a poesia, para a prosa poética e para a literatura. Estas sementes começaram a germinar com mais visibilidade aquando da feitura do curso de mestrado em “Estética e Filosofia da Arte” e, sobretudo, durante as investigações realizadas para a tese de Doutoramento em curso, dedicada – a partir do pensamento de Martin Heidegger – à poesia e ao canto dos poetas, perspectivado ecologicamente.
Concebe-se a poesia enquanto forma privilegiada da arte se dar (para Heidegger, e para mim também, toda arte é poesia), como a forma explícita de salvaguarda da Terra, como o grande grito universal do pensamento contra as investidas do projecto da ciência-técnica modernas que minam e corrompem a Natureza, provocando constantes desequilíbrios eco-sistemáticos. E, deste modo, como meio de alerta para a necessidade de se redimensionar e reestruturar uma outra humanidade, cujo pensamento não seja mais inconsciente e calculista, e cujas mãos não sejam mais exterminadoras.
Cada obra minha publicada em antologias poético-literárias nacionais e internacionais, exprime estas preocupações, esta minha forma de auscultar o mundo humanamente e em plena harmonia com a Natureza, onde me integro ou não, completamente, quer me refira a “Vide-Verso”, “Roda Mundo 2008”, “Poiesis” ou “Roteiro(s) da Alma”.
Nelas, pode ler-se, entre outras, “Quantos são os mistérios da escrita”, “Nas montanhas do coração” (ensaio sobre o poeta alemão Rainer Maria Rilke), “Advém o turbilhão dos sentidos”, Ouso ousar o tudo”, “Abomino o egocentrismo”…

Qual o tema dominante na sua escrita?
Movo-me por vários temas e autores, de âmbito muito diverso. Tanto escrevo sobre Heidegger, Nietzsche, Kant, Platão, Freud ou Piaget, no âmbito da Filosofia /Psicologia, ou sobre Vergílio Ferreira, Fernando Pessoa(s), Padre António Vieira, Rainer Maria Rilke ou Holderlin, nos domínios da literatura e da poesia.
Talvez por influência dos assuntos centralmente abordados por estes autores, que venho estudando ao longo de todos estes anos, escreva, com particular incidência, sobre a vida e a morte, sobre o estado actual da Humanidade e da Natureza, sobre a linguagem, o pensamento e o acto de escrever, sobre o amor, o mistério, a criatividade, a arte ou a identidade, a hipocrisia, os preconceitos e a inveja, que muito me atormentam…

Como caracteriza a sua próxima obra “Vozes do Pensamento – Uma Obra para Espíritos Críticos”, cujo lançamento está previsto para o próximo mês?
Esta obra, a primeira individual que publico em Portugal, composta por duas partes, “Interiores” e “Versões de Mundos”, exterioriza, precisamente, e como o próprio título indica, as vozes que há muito ecoam dentro do meu pensamento, que viaja, por vezes, hiperbolicamente, por todos os lugares, nessa eterna busca pela verdade e pela sabedoria, pelas essências das coisas que, amiúde, se nos ocultam. Talvez esteja a fazer Filosofia através da poesia, como sugerem alguns dos meus leitores.
São pensamentos dispersos, vividos e por viver, projectados, sonhados ou recordados, sobre temas que o meu pensamento foi ditando e as minhas mãos escreveram.
Trata-se de um desabafo da minha alma e do meu corpo sobre mim mesma, e sobre o mundo, tal como ele é e se me apresenta em todas as suas dimensões que, quiçá, corresponde a muitos desabafos da grande generalidade dos seres humanos.
É um livro intimista, onde podem ler-me, integralmente, na mais pura transparência do meu (vosso!?) ser e existir, pensar e sentir. Também altruísta, onde os actos ignóbeis dos homens são condenados, dos pontos de vista ético, social e político, e os seus nobre feitos celebrados.
Nada mais vou adiantar sobre este livro, para que os meus eventuais leitores (espero que sejam muitos), adolescentes, jovens e adultos, descubram, por si próprios, o espírito que o percorre e, quiçá, nele se vejam ou revejam, como num espelho, e se redescubram, sem narcisismo.
Estas “Vozes” ainda não se silenciaram. Far-se-ão ouvir, ainda mais alargadamente, nos meus próximos três livros, já no prelo: “Entre-Corpos”, “Fluxos da Memória” e “Mundos do Ser e do Não-Ser”.

LEGENDA DR: “Lamentavelmente, a sociedade actual está afastada das lides filosóficas”

FIM

Jornal OUTRO - um outro olhar sobre quem somos




http://jornaloutro.blogspot.com/

Missão: Os autores de Outro dão prioridade às notícias que podem influenciar as decisões tomadas hoje, agora e que podem resultar numa sociedade melhor.

O futuro da humanidade depende de encontrarmos respostas para as grandes questões que no início do século XXI se nos depararam: melhorar o sistema de educação, encontrar formas alternativas de energia, desenvolver um sistema económico mais humano e assente em princípios que não meramente o lucro, iniciar a utilização responsável dos recursos da Terra, repensar toda a ética, incluindo a ética ambiental e animal, voltar a colocar o sistema político na vida dos cidadãos, encontrar forma de libertar a ciência e as artes de interesses económicos egoístas.
Terminar todas as guerras, iniciar um diálogo construtivo entre todos os povos, limpar os cursos de água e os mares, recuperar as terras para uma nova agricultura, mais saudável, arquitectar cidades mais naturais e que abracem jardins e luz... uma utopia? Talvez.

Mas se analisarmos criteriosamente o que se passa no mundo, para além das tragédias, como as guerras, a fome, as doenças, a corrupção, que fazem as primeiras páginas de todos os jornais, encontramos pessoas, empresas, universidades, associações, institutos, que estão a trabalhar para concretizar essa visão.

E são essas notícias que recolhemos para si. Não as produzimos, embora possamos comentá-las, por vezes. Seleccionamos o melhor do que é Ser Humano. O mundo pode ser, de facto, um lugar melhor.

Basta que o Outro, em nós, desperte.

Um terço das crianças passa mais de nove horas por dia em infantários

"Quase um terço das crianças portuguesas passa mais de nove horas por dia nas creches, sendo que a esmagadora maioria ocupa parte desse tempo a ver televisão em jardins de infância, indica um estudo feito pela DECO e publicado na revista Proteste.
Mesmo com 32 por cento das crianças a passarem mais de nove horas em creches, 27 por cento dos pais com filhos entre um e dois anos e dez por cento com crianças em jardins de infância indicaram que gostariam que as instituições abram ao sábado.
Neste inquérito, que contou com 2884 questionários, 90 por cento das crianças entre os três e os cinco anos ocupa parte do seu tempo a ver televisão nos jardins de infância e para 42 por cento esta rotina é diária.
Já nas creches, 73 por cento das crianças vêem televisão e tal acontece quase todos os dias para metade, concluiu este estudo, que revela que é nas creches portuguesas que as crianças mais vêem televisão, se forem tomados em conta apenas os números na Bélgica, Itália e Espanha.
O período mais frequente de estar em frente do ecrã prolonga-se até uma hora, muito embora, 36 e 42 por cento dos inquiridos tenha dito que desconhece o tempo que os seus filhos ficam a ver televisão." - fonte TSF - 25-02-2010 http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1504401

Casa-trabalho-casa, as crianças têm cada vez menos tempo de qualidade com os pais, nos infantários a televisão é solução para as manter ocupadas e caladas. Que futuro para esta geração, longe de afectos, de carinho, de uma Educação com valores. Que futuro, para estas crianças que chegam a casa saturadas, stressadas, carentes da atenção de quem supostamente existe para os proteger. As medidas que o governo adoptou de horários das 7.30 às 19.30 em infantários e escolas não promove afectos nem diálogo. Promove o trabalho e a "desculpa" de que trabalhamos muito porque precisamos, para dar mais e melhores condições de vida... Conforto e bens materiais não substituem carinho, atenção, brincadeiras partilhadas, valores e educação.

"...português, na sua plena forma brasileira"

"Claro que sou cristão; e outra coisas, por exemplo budista, o que é, para tantos, ser ateísta; ou, outro exemplo, pagão. O que, tudo junto, dá português, na sua plena forma brasileira"

- Agostinho da Silva, Pensamento à Solta, in Textos e Ensaios Filosóficos II, p. 175.

3º Forum Nacional de Saúde

Vai acontecer o 3º Forum Nacional de Saúde (8 e 9 de Março, em Lisboa), no qual julgo ser pertinente participarmos. Bom mesmo seria fazermos parte do corpo comunicativo, no entanto julgo que, apesar do programa ser provisório, dada a próximidade do evento, isso será difícil. Mas... não custa tentar!

De qualquer forma, eu irei participar enquanto espectadora, no contexto da minha actividade profissional. Convido quem mais tiver possibilidade, a juntar-se a mim. Penso que poderemos retirar de lá algumas importantes informações, assim como contribuir para o enriquecimento do debate que eventualmente possa ser aberto ao público.

Aqui vai o link. As inscrições são on-line e gratuitas.

http://portal.arsnorte.min-saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte/Conte%C3%BAdos/Not%C3%ADcias/3%C2%BA%20F%C3%B3rum%20Nacional%20de%20Sa%C3%BAde%20-%20para%20um%20futuro%20com%20sa%C3%BAde

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Diabetes Therapy - Exercise:

Taijiquan and Qigong

Links, Bibliography, Quotes, Notes


http://www.egreenway.com/taichichuan/diabetcc.htm

Eric Topol: The wireless future of medicine | Video on TED.com

Eric Topol: The wireless future of medicine Video on TED.com

"A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo"

– Agostinho da Silva, "Cortina 1" (inédito).

"A Verdadeira Coragem Humana"



"Se estás disposto a nunca usar da violência, e sempre resistindo, torna-te forte de corpo e de alma; é a mais difícil de todas as atitudes; exige a constante vigilância de todos os movimentos do espírito, o domínio completo de todos os impulsos dos nervos e dos músculos rebeldes; a agressão é fácil contra o medo e também a primeira solução; para que, em todos os instantes, a possas pôr de lado e substituí-la pela tranquila recusa, não te deves fiar nos improvisos; a armadura de que te revestes nos momentos de crise é forjada dia a dia e antes deles; faz-se de meditação e de ginástica, de pensamento definido e preciso e de perfeitos comandos; quando menos se prevê surge o instante da decisão; rápida e firme, sem emoções ou sufocando-as, tem que trabalhar a máquina formada.


Que trabalhar, sobretudo, humanamente; a visão do autómato é a pior de todas para os amigos do espírito; não serão teus elementos nem a secura, nem a estóica dureza, nem o ar superior, nem as cortantes palavras; requere-se no inabalável a humanidade, o sorriso afectuoso, a íntima bondade, a desportiva calma, amiga do adversário, de quem joga um bom jogo; sozinho guardarás as lutas interiores que tens de suportar, a batalha contínua para impores o silêncio aos instintos de ataque e da vingança; será tua boa auxiliar a pele dura e uma carne que, domada, suporte, sem revolta, as provações e os trabalhos; o óleo do ginásio ajuda Marco Aurélio; quem se adivinha senhor de si melhor resistirá sem violência a tudo o que inventou a real fraqueza do contrário; e só tem que se guardar dos perigos da altivez e do desprezo."

Agostinho da Silva, in 'Considerações e Outros Textos'
Imagem: Magritte, The Pleasure Principle

Assim se mente lusofonamente: que vergonha, Ramos-Horta!

É triste ver como um Prémio Nobel da Paz, Presidente de uma nação outrora ocupada e oprimida, que moveu a solidariedade internacional, se torna conivente com a invasão chinesa do Tibete, ao ponto de mentir descaradamente, negando todos os factos históricos... A China tudo compra, até as consciências! São estas colunas vergadas os representantes da lusofonia!?...

Ontem por Timor, hoje pelo Tibete!


....


"O presidente de Timor-Leste e Nobel da Paz José Ramos-Horta disse hoje que a principal virtude de Dalai Lama é ser contra qualquer ato de violência no Tibete, mas que a admiração por ele não retira a legitimidade da soberania chinesa.

Nas vésperas da passagem dos 70 anos sobre a entronização do Dalai Lama, Ramos-Horta recusa qualquer comparação da situação no Tibete com o seu país, afirmando que “quer a questão do Tibete, quer a questão de Taiwan, são territórios chineses sobre os quais a China sempre teve soberania histórica ao longo de séculos”.

“Factos internos que hoje ocorrem nas províncias chinesas do Tibete ou de Taiwan, que têm a ver com reivindicações de um grupo ou outro, não podem afetar a soberania da China nessas duas províncias”, comenta.

Afirmando que “a admiração que muitos milhões de pessoas pelo mundo nutrem pelo Dalai Lama, enquanto líder espiritual budista, não retira legitimidade à soberania chinesa em relação ao Tibete, tal como a Taiwan”, o Presidente timorense vinca que a posição de Timor-Leste como Estado é “absolutamente clara” nas duas questões.

“Timor-Leste prossegue a política de uma China indivisível com o governo em Pequim. A China é um mosaico de grupos étnicos e o facto de num país existir um grupo com uma cultura distinta não quer dizer que por isso tenha de ser independente”, diz.

O Presidente de Timor-Leste sustenta que nem a independência do Tibete é uma pretensão do Dalai Lama: “Ele não quer a independência do Tibete. Defende apenas alguma autonomia limitada no plano cultural e religioso”.

“Essas reivindicações devem ser discutidas com as autoridades chinesas e tem havido enviados especiais do Dalai Lama a Pequim, por diversas vezes, para tentar encontrar um acordo que possa satisfazer as aspirações do Dalai Lama, no tocante a essa questão restrita que é a autonomia cultural e religiosa, dentro da República Popular da China”, refere.

Sobre a personalidade do líder espiritual tibetano, Ramos-Horta diz ser “uma pessoa extremamente simpática, que nutre pela China uma enorme admiração e afeição”.

“Creio que a grande virtude do Dalai Lama, reconhecida pela comunidade internacional e que a própria China reconhece, será o facto de que ele se opõe à separação do Tibete da China e a todo e qualquer ato de violência no Tibete. Ele quer a vivência totalmente pacífica entre a minoria tibetana e a maioria de todos os outros grupos que vivem no Tibete”, conclui".

Publicado em:
umoutroportugal.blogspot.com

Granja, uma nova moeda local

Troca de bens e serviços como novo sistema

Primeira mercearia solidária do país abriu ontem na Granja do Ulmeiro

Artigo do Jornal de Notícias

A mercearia solidária inaugurada ontem, sábado, na Granja do Ulmeiro, Soure, pretende criar um novo sistema financeiro, no qual pessoas que não tenham acesso a bens os possam ter por troca com outros produtos. As trocas são mediadas por uma moeda social.

"Muitas senhoras daqui alguma vez pensaram ir à cabeleireira ou fazer uma limpeza de pele? Nunca, até porque são pessoas sem grandes meios que vivem da agricultura", explica Teresa Cunha, presidente da Acção para a Justiça e Paz (entidade promotora da iniciativa). No entanto, prossegue, "este sistema dá acesso a isso, e em contrapartida, dentro do mercado, essas senhoras arranjam produtos hortícolas, ou rendas, por exemplo".

Os produtos cedidos à mercearia solidária são mediados por uma moedas social, as "granjas", atribuídas a cada objecto. À entrada é possível ver a tabela de valores: um blusão custa 10 granjas, umas calças cinco, vinagre, sal, chá ou cereais duas. "Cada coisa que a pessoa põe ao serviço da comunidade é traduzido num valor de moeda. E com esse valor vai comprar outra coisa que tenha necessidade", afirma Teresa Cunha. A troca pode também ser feita em serviços, como cuidados médicos básicos ou até mesmo companhia.

Moradoras gostam

Julieta Rente e Amélia Castanheira são domésticas e vivem na Granja do Ulmeiro. Ontem, na inauguração da mercearia solidária, levaram sacos de laranjas e limões, sem precisarem a quantidade. "Era o que tínhamos e trouxemos", contam. O dia de ontem foi passado a ver o que havia no espaço (na sede da Acção para a Justiça e Paz). "Vamos ver o que é que há aqui e o que podemos trocar", explica Julieta Rente, satisfeita com a ideia. "É inovadora e esperemos que dê resultado".

Noutra sala, ao lado do espaço da mercearia, encontra-se Piombina Aleixo, reformada de 72 anos. "Hoje ainda não trouxe nada, foi só para conhecer. Mas tenho lá em casa bens alimentícios, uns feitos por mim e outros vindos da agricultura, que conto trazer", assegura. O que procura ainda não sabe, mas o que já tem na sede da instituição não tem valor nem em moeda social. "Companhia e amizade. Comprado já não é muito bom", graceja. Piombina considera o projecto da mercearia solidária "belíssimo" e um bom motivo para sair de casa.

Projecto pioneiro

A mercearia solidária da Granja do Ulmeiro é, segundo as responsáveis da Acção pela Justiça e Paz, a primeira do género em Portugal. "Há outro tipo de comércio social no país, mas nestes moldes é o primeiro", explica Teresa Cunha. A instituição tem também colaborado com iniciativas semelhantes, como em São Brás de Alportel, no Algarve. "Há muitas iniciativas de mercado solidário abaixo do Tejo, normalmente em zonas mais rurais, e em que a população tem menos recursos financeiros", justifica.

A iniciativa é apoiada por alguns parceiros locais, como a Junta de Freguesia da Granja do Ulmeiro e a Câmara Municipal de Soure, e por entidades privadas, como a Fundação EDP e os supermercados Lidl e Pingo Doce. O presidente da Junta de Freguesia da Granja do Ulmeiro, António César Gomes, mostra-se esperançado no sucesso do projecto. "Podem contar connosco para estas iniciativas, no que pudermos fazer", revela.

Notícia do Jornal de Notícias - 21 Fevereiro 2010 - link
Secção: País - Coimbra - Soure

Autor: JOÃO PEDRO CAMPOS

Terence McKenna: Culture is not your friend

Discurso "disruptivo" mas (na minha opinião) bastante constructivo na perspectiva Humana da existência:

"O problema dos políticos é o de mudarem o governo: o meu é o de mudar o Estado"

O problema dos políticos é o de mudarem o governo: o meu é o de mudar o Estado. Contam eles com o voto ou a revolução. Conto eu com o curso da História e a minha vocação e o meu esforço de estar para além dela

– Agostinho da Silva, "Cortina 1" (inédito).

Story of Stuff

"A primeira condição para libertar os outros é libertar-se a si próprio"



"A primeira condição para libertar os outros é libertar-se a si próprio; quem apareça manchado de superstição ou de fanatismo ou incapaz de separar e distinguir ou dominado por sentimentos e impulsos, não o tomarei eu como guia do povo; antes de tudo uma clara inteligência, eternamente crítica, senhora do mundo e destruidora das esfinges; […]
Hei-de vê-lo depois despido de egoísmos, atento somente aos motivos gerais; o seu bem será sempre o bem alheio; terá como inferior o que se deleita na alegria pessoal e não põe sobre tudo o serviço dos outros; à sua felicidade nada falta senão a felicidade de todos; esquecido de si, batalhará, enquanto lhe restar um alento, para destruir a ignorância e a miséria que impedem seus irmãos de percorrer a ampla estrada em que ele marcha.
Nenhuma vontade de domínio; mandar é do mundo de aparências, tornar melhor de um sólido universo de verdades; […]
Será grato aos contrários, mesmo aos que vêm armados da calúnia e da injúria; compassivo da inferioridade que demonstram fará tudo que puder para que melhorem e se elevem; responderá à mentira com a verdade e ao ódio com o bem; tenazmente se recusará a entrar nos caminhos tortuosos; se o conseguirem abater, tocará com humildade a terra a que o lançaram, descobrirá sempre que do seu lado esteve o erro e de novo terá forças para a luta; e se o aplaudirem pense logo que houve um erro também"
- Agostinho da Silva, “Quanto aos noviços”, Considerações [1944], in Textos e Ensaios Filosóficos I, pp. 119-120.

Bondade e Compaixão

http://www.orion.med.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=484:bondadecompaixao&catid=39:espiritualidade&Itemid=184

Escrito por Dalai Lama

http://www.orion.med.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=38:budismo&catid=28:orion1&Itemid=28

...1. Conduta ética


1.1 Palavra correta: abstenção de mentiras, calúnias, difamações, de todas as palavras que poderiam levar ao ódio, inimizade, desunião e desarmonia, procurando-se sempre uma linguagem que implique em honestidade, verdade, paz, carinho, cortesia, utilidade e sensibilidade. “Quando não se tem nada de útil a dizer, deve-se guardar o nobre silêncio”...

Renascimento do Jornal Milénio com amplo destaque dado ao Manifesto Refundar Portugal / Movimento Outro Portugal



O Jornal Holístico Milénio renasceu no dia 14 de Fevereiro com uma forma mais actualizada e apelativa. Convido-vos a visitarem-no em http://jornalmilenio.com e a deixarem a vossa opinião. Todos são convidados para deixarem os seus artigos ou reencaminharem noticias que considerem relevantes com vista a uma maior consciência colectiva.

Luís Resina

......

Agradeço ao Luís Resina o amplo destaque que dá no Jornal Milénio ao Manifesto Refundar Portugal / Movimento Outro Portugal.

Actualização dos grupos de trabalho com contactos

Temos mais três membros: Helena Caetano (Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com, Grupos Política e Educação), Sérgio Mago (sergio[at]sergiomago.com, Lusofonia) e Celine Jacinto Rodrigues (celinejacinto[at]gmail.com, Saúde)

Grupo 1 – Comunicação
Ana Paula Germano
Ana Proença (apoio logístico a eventos) (mcunmani[at]gmail.com)
Ana Sofia Costa (asofcosta[at]sapo.pt)
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Cristina Cabral (cristina-cabral2009[at]hotmail.com)
Helena Andrade (lenandrade555{at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Sílvia Neto (sillnett[at]gmail.com)
Sofia Costa Madeira (coordenadora) (sofiacmadeira[at]gmail.com 
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)

Grupo 2 – Reconhecimento constitucional da senciência dos animais
Ilda Castro (coordenadora) (castro.ilda[at]gmail.com)
Marlene Dias (marl.ene[at]hotmail.com)
Pedro Sena (coordenador) (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Pedro Taborda de Oliveira (plstno[at]yahoo.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Rute Pinheiro (pinheirorute[at]sapo.pt)
Vera Fonseca (vera.ff[at]gmail.com)

Grupo 3 - Economia/Energias alternativas
Carlos Ramos (coordenador) (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
João Alves Aguiar (joao.alves.aguiar[at]ist.utl.pt)
João Bolila (jbolila[at]gmail.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)

Grupo 4 – Ecologia
Ilda Castro (castro.ilda[at]gmail.com)
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rui Almeida (coordenador) (mepc[at]sapo.pt)

Grupo 5 - Política
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Carlos Ramos (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
David Amaral (coordenador) (david2002[at]sapo.pt)
Ethel Feldman (ethel.feldman[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Maria de Lourdes Alvarez (maria.lourd.alvarez[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rita Uva (ritasuva[at]gmail.com)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)

Grupo 6 - Educação e Cultura
Aldora Amaral (amaralaldora[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Cristina Moura
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Duarte Soares (duarte.soares[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Gil (fernanda.gil[at]gmail.com)
Fernando Emídio (fernandoemidio[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
Helena Carla Gonçalo Ferreira
Henrique Areias (henriqueareias[at]hotmail.com)
Joana dos Espíritos
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Luís Santos (lcsantos[at]netcabo.pt)
Manuel Fúria
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Paulo Feitais (coordenador) (paulofeitais[at]gmail.com)
Teresa Petrini Reis (theresapetrini[at]gmail.com)
Zé Leonel

Grupo 7 - Saúde
Ana Paula Germano
Carlos Gonçalves (carloshomeopata[at]hotmail.com)
Celine Jacinto Rodrigues (celinejacinto[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Vaz (sintra[at]portugraal.net)
Helena Andrade (lenandrade555[at]gmail.com)
Maria da Conceição Pinho
Paulo Antunes (buenoantunes[at]gmail.com)
Paulo Ribeiro (sintra[at]portugraal.net)
Yara-Cléo Bueno (coordenadora) (yaradoulacleo[at]ymail.com)

Grupo 8 - Portugal, Lusofonia, diálogo entre culturas e religiões 
Ana Filipa Teles (filipateles[at]hotmail.com)
Cristina Moura
Dirk Hennrich (Dirk.Hennrich[at]gmx.ch)
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Moysés Gurgel (moyses.gurgel[at]gmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (coordenador) (pauloaeborges[at]gmail.com)
Rui Lopo (rui.lopo[at]gmail.com)
Sérgio Mago (sergio[at]sergiomago.com)

Paulo Borges (coordenação geral) (pauloaeborges[at]gmail.com)

Nota: nos emails a @ foi substituída por [at] para evitar o spam.

Felicitações e gratidão

Caras Amigas e Amigos

Venho expressar as minhas felicitações e profunda gratidão pelo óptimo trabalho e excelentes textos que os vários grupos de trabalho estão a apresentar, pedindo-vos desculpa pela minha ausência, devida a múltiplos trabalhos inadiáveis e à recta dinal da revista ENTRE.

Peço a todos que vão pensando na melhor forma de, uma vez concluído o documento conjunto, com todas as propostas, darmos continuidade a este projecto, que continua a suscitar a adesão e o entusiasmo de muitas pessoas.

Saudações Amigas

Paulo Borges

«A finalidade da vida é a definição da existência. E digo finalidade, porque todo o esforço da Natureza se dirigiu e dirige num sentido humano ou consciente». (Pascoaes, O Homem Universal)

Creio que as propostas apresentadas, tais como as do grupo a que pertenço, convergem para a necessidade de efectuar uma humanização transversal na sociedade actual, que tenha um real impacto em todos os seus agentes. Por humanizar, exclui-se toda e qualquer forma de aniquilação ou supressão do que é diferente (seja na raça, classe, género e até espécie). Humanizar implica que configuremos e incorporemos uma real expressão do que está contido em nós, e o distendamos através de nós e dos outros. Afinal, os poetas, filósofos são mais pragmáticos do que lhes é reconhecido. Possuem um pragmatismo simultaneamente incendiário e apurado, incisivo.

Teach every child about food: Jamie Oliver's TED Prize wish

Para uma mudança de paradigma social é fundamental uma mudança de paradigma alimentar - somos, essencialmente, "aquilo que comemos". A grande maioria das doenças actuais são perfeitamente evitáveis, e o próprio funcionamento intelectual, índices de felicidade, etc, melhoram com uma boa alimentação.

Acho fundamental este tema ser trabalhado por um dos grupos - sendo que naturalmente é uma temática transversal a todos, economia, saúde, educação. Na minha perspectiva, e uma vez que frutos frescos e locais acabam por ser as melhores fontes de nutrientes e vitaminas, este novo paradigma enquadra-se na lógica comunitária da sustentabilidade e auto-suficiência em geral. Organização e maior empowerment regionais, cooperação em vez de competição, empreendorismo social, etc etc.

Exemplo:

Documento Final do Grupo da Saúde

HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE NO PRINCÍPIO, MEIO E FIM

Pretendemos associar a todos os aspectos da saúde em Portugal, o Princípio Ético da Humanização no Princípio, Meio e Fim.


No princípio, meio e fim da relação com a pessoa (doente ou não)

Em todos serviços do SNS deve ser mantido e reforçado o actual esforço de humanizar a relação com o utente, desde o momento que entra no serviço de saúde até ao momento em que deixa de usufruir do mesmo. Propomos o reforço da formação sobre as boas práticas de atendimento ao público (na vertente administrativa) e o reforço das competências na relação empática e compreensiva com o sofrimento e vivência do utente (na vertente assistencial), valorizando-se as componentes psicológicas do ser doente e do adoecer.


No princípio, meio e fim da vida.


Com o intuito de fomentar o princípio ético de humanizar no princípio, propomos que se incentive a adopção das recomendações preconizadas pela OMS relativamente à assistência no parto normal em gravidez de baixo risco (ver anexo 1). Nestas recomendações, como se pode ver, salientam-se um conjunto de condutas ainda bastante praticadas em Hospitais e Maternidades, assim como outras que, apesar de muito recomendáveis, raras vezes são empreendidas ou tidas em conta nos locais tradicionais de atendimento ao parto, como são o Plano de Parto que a mulher elaborou, de forma consciente e informada, a privacidade no momento do parto, a possibilidade de recorrer a formas alternativas de alívio da dor (massagem e outras técnicas não invasivas e não medicamentosas), a liberdade de movimentar-se durante o parto e assumir posições mais favoráveis à fisiologia do parto, o recurso não rotineiro de episiotomia, o contacto pele a pele do bebé com a mãe imediatamente depois do parto, com apoio à primeira amamentação, o corte do cordão umbilical apenas quando não apresentar mais pulsação, etc.

Deverão ser incentivadas práticas diferenciadas e alternativas, complementarmente às tradicionalmente protocoladas, no apoio e atendimento da mulher grávida e em trabalho de parto. Como exemplo desta humanização no princípio, propomos as experiências de partos acompanhados por Doulas, de partos domiciliares supervisionados por Enfermeiros Obstetras e dos trabalhos realizados por Casas de Partos (ver anexo 2). Neste sentido, é fundamental criar debate público em torno destas temáticas, tornando-as como possibilidades reais e socialmente aceites, para todas as mulheres que pretendam optar por formas mais naturais de parto.

Propomos o incentivo e apoio efectivo na amamentação, de acordo com o que é defendido pela OMS e UNICEF para todas as crianças do mundo. Neste sentido, é importante fazer valer os objectivos estabelecidos pelo Código Internacional de Marketing para os substitutos do Aleitamento Materno (em anexo 3), assinado por Portugal, promovendo mecanismos mais eficientes para a fiscalização do Decreto-Lei nº 115/93 (em anexo 4).

Reforçar as competências dos técnicos que acompanham grávidas e mulheres que amamentam, através de acções de formação ministradas por Consultores em Aleitamento Materno (IBCLCs), à semelhança do que acontece noutros países como Inglaterra, Estados Unidos da América, Austrália, entre outros (ver anexo 5).

Alertar a população não só para os benefícios da amamentação prolongada, como também dos perigos reais da alimentação com substitutos de Leite Materno (em anexo 6).

Ao promover a humanização no princípio, potenciamos um desenvolvimento físico e emocional equilibrado para as crianças em crescimento, os adultos do amanhã.

A saúde deve andar de mãos dadas com a educação. O desenvolvimento de programas de educação que visem o florescimento do mundo interior das crianças, equilibrado, através da aprendizagem de competências emocionais e sociais (em anexo 7). O treino da inteligência emocional, e social, pode fazer parte dos programas escolares, pelo recurso a técnicas contemplativas que estimulam a atenção, concentração, e humanização da relação com o outro. Crianças mais saudáveis, em sintonia com o seu corpo, mente, e com o ambiente e pessoas que as rodeiam, vão promover um adulto consciente da sua condição interdependente. A consciência desta condição natural é uma força motriz básica do desenvolvimento social e civilizacional, e uma mais valia em termos económicos para qualquer nação.
Promover a saúde, pelo incentivo a mudanças de comportamentos alimentares, especialmente no seio familiar, e instituições que formam crianças, demonstrando as virtudes e benefícios físicos, ecológicos, e económicos da alimentação vegetariana e macrobiótica, mesmo que em regime parcial em associação à alimentação mediterrânica, e do consumo de alimentos de produção biológica.

Com o intuito de fomentar o princípio ético de humanizar no meio, propomos a difusão e incentivo ao recurso a técnicas terapêuticas alternativas com reconhecido mérito na prevenção de patologias diversas, e da morbilidade associada às mesmas.

Propomos o incentivo, nas comunidades, da replicação de projectos pioneiros, que fazem uso destas técnicas não convencionais, que são tradicionais e milenares noutras culturas. No trabalho com pessoas das mais variadas idades, e nos mais diversos contextos sociais (escolas, juntas de freguesia, postos de trabalho, centros de dia, prisões, bairros “problemáticos”, etc.), Meditação, Yoga, Tai Chi Chuan, Chi Kung, Massagem Terapêutica e Reiki, entre outras, podem ser úteis, tendo sido verificado como resultado da sua aplicação, uma melhoria significativa em crianças com dificuldades de atenção e concentração, em doentes com dor crónica, em doentes hospitalizados e na população em geral, sendo actualmente oferecidas como experiências potenciadoras da saúde e do equilíbrio bio-psico-social (em anexo 8).

Para agilizar a difusão destas experiências, propomos a rápida regulamentação da Lei 45/2003 (anexo 9), que define inclusão das medicinas e terapias alternativas no Sistema Nacional de Saúde. Esta lei tem sido usada como modelo para diversos países europeus, que já a colocaram em prática com sucesso, o que demonstra sua pertinência para a saúde pública, e o motivo porque deve ser implementada em Portugal. Naturalmente, o facto desta lei não ter sido regulamentada, dificulta que os benefícios da utilização de medicinas e terapias alternativas se alarguem à população em geral. Sabemos, que o recurso a medicinas alternativas reconhecidas cientificamente tem não só inúmeros e comprovados benefícios para a saúde individual de quem a elas recorre, mas também um assinalável benefício económico para o país.

E, humanizar no fim, ao promover boas práticas no modo como se entende e cuida da qualidade de vida no fim da mesma, desenvolvendo acções que modifiquem a visão social instituída sobre o envelhecimento e a morte, fomentando uma visão alternativa para que estas sejam encaradas como parte do processo natural que é a vida.

Propomos a difusão do conceito de envelhecimento activo. Urge desenvolver o Plano Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas (PNSPI) – que se fundamenta nos princípios postulados pela ONU, de independência, participação, auto-realização e dignidade do idoso – e que adianta como prioridades de intervenção:

1. Promoção de um envelhecimento activo;
2. Adequação de cuidados de saúde às necessidades próprias do idoso; e
3. Desenvolvimento de ambientes favoráveis à autonomia e independência das pessoas idosas.

Propomos o incentivo ao aumento de número de UTIS (Universidades da Terceira Idade) espaço privilegiado de inserção e participação social dos mais velhos, onde, através das várias actividades desenvolvidas (aulas, visitas, oficinas, blogs, revistas e jornais, grupos de música ou teatro, voluntariado, etc) os seniores se sentem úteis, activos e participativos: “ Saúde no jovem, obra da Natureza, saúde no idoso, obra de arte!” Hérmogenes.

O acompanhamento das pessoas em fim de vida e das suas famílias, em unidades de saúde próprias para o efeito e, principalmente, no domicílio deverá ser proporcionado a todos os que dele necessitem. Proporcionar serenidade, cuidados médicos e de enfermagem de carácter paliativo, promovendo qualidade e conforto no fim da vida e dignidade na morte deverá ser um imperativo (anexo 10).
Concluímos assim que o empreendimento de acções que promovam a Humanização da Saúde em Portugal, nos moldes descritos, trará inestimáveis benefícios para a população portuguesa, através de um aumento da qualidade de vida e de uma diminuição do número e da gravidade das doenças.

Aumentar o leque de recursos disponíveis para a prevenção e tratamento da doença, proporciona uma diminuição na procura de consultas dos centros de saúde e hospitais, uma diminuição no uso de medicamentos e um menor índice de práticas cirúrgicas.
Traduz-se num país mais rico no corpo e mente de cada cidadão e em cidadãos mais empenhados e participativos na edificação do país.



DOCUMENTAÇÃO, ANEXOS, E EXEMPLOS DE PRÁTICAS REALISTICAMENTE INSPIRADORAS

Humanizar no princípio:

ANEXO 1
Guia Prático Para a Assistência ao Parto Normal: OMS

A categorização destas condutas, encontra-se no capítulo 6 do Guia Prático para a Assistência ao Parto Normal, e foram elaboradas, em sequência da reflexão do Grupo de Trabalho da OMS para o Parto Normal, após análise e debate das melhores práticas, tendo em conta as evidências existentes, no momento da sua elaboração. No guia encontram-se os fundamentos para cada uma das condutas mencionadas. Resumo:

A) Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas
1. Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação, e comunicado a seu marido/companheiro e, se aplicável, a sua família.
2. Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto.
3. Não utilizar métodos invasivos nem métodos farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento.
4. Liberdade de posição e movimento durante o trabalho do parto.
5. Realizar precocemente contacto pele a pele, entre mãe e filho, dando apoio ao início da amamentação na primeira hora do pós-parto, conforme directrizes da OMS sobre o aleitamento materno.

B) Condutas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas
1. Uso rotineiro de enema (clister).
2. Uso rotineiro de raspagem dos pelos púbicos.
3. Infusão intravenosa rotineira em trabalho de parto.
4. Uso rotineiro da posição supina (deitada) durante o trabalho de parto.
5. Administração de ocitócicos a qualquer hora antes do parto, de tal modo que o efeito delas não possa ser controlado.

C) Condutas utilizadas com insuficientes evidências que apoiem a sua clara recomendação e que devem ser utilizadas com precaução até a conclusão de novos estudos
1. Uso rotineiro de amniotomia precoce (romper a bolsa de água) durante o início do trabalho de parto.
2. Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto e parto.
3. Manipulação activa do feto no momento de nascimento.
4. Utilização de ocitocina rotineira, tracção controlada do cordão ou combinação de ambas durante a dequitação (expulsão da placenta).
5. Clampeamento precoce do cordão umbilical.

D) Condutas frequentemente utilizadas de forma inapropriada
1. Exames vaginais frequentes e repetidos especialmente por mais de um prestador de serviços.
2. Cateterização da bexiga.
3. Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a própria mulher sinta o puxo involuntário.
4. Parto operatório (cesariana).
5. Uso liberal ou rotineiro de episiotomia.”

ANEXO 2
http://www.youtube.com/watch?v=fML3pgZQVg0&NR=1&feature=fvwp
http://www.cmaj.ca/cgi/content/abstract/181/6-7/377?ijkey=2589c001ccbdbd59d84f30f21ef0839a0552a033&keytype2=tf_ipsecsha
http://www.youtube.com/watch?v=ndlrJ3JIjEE

ANEXO 3
http://www.ordemenfermeiros.pt/index.php?view=newsletter:View&zepp_obj_id=116&site=yes

ANEXO 4
http://pt.legislacao.org/primeira-serie/decreto-lei-n-o-115-93-lactentes-formulas-saude-produto-114285

ANEXO 5
http://www.ilca.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=1
www.iblce.org
http://www.iblce.org/professional-standards
http://www.iblce.org/upload/downloads/ScopeOfPracticeMarch2008.pdf

ANEXO 6
http://www.ibfan.org/portuguese/gateportugues.html http://www.ibfan.org/portuguese/issue/overview01-po.html#2 http://www.infactcanada.ca/about.htm http://www.babymilkaction.org/

ANEXO 7
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1077760-5603,00-

Humanizar no meio:

ANEXO 8
http://www.casel.org/
http://www.innerresilience-tidescenter.org/
http://www.lindalantieri.org/about.htm
http://www.redesparalaciencia.com/1799/redes/2009/redes-50-meditacion-y-aprendizaje
TAI+CHI+CHUAN+E+ESPERANCA+COMO+TERAPIA+PARA+O+DERRAME+CEREBRAL.html

ANEXO 9
http://www.imt.pt/lei_medicina_452003.php

Humanizar no fim:

ANEXO 10
http://www.amara.pt/amara/apresentacao.php
http://www.apcp.com.pt/
http://www.rutis.org/cgi-bin/reservado/scripts/command.cgi/?naction=4&mn=EkpFuVZlEynEumlwll

EXTRA
Relatório de Saúde OMS 2008

http://www.almamix.pt/index.php?view=article&catid=37%3Avideos-de-medicina&id=298%3Aoms-relatorio-de-saude-2008&option=com_content&Itemid=117

Jornal Holístico Milénio

A pedido do membro Luìs Resina, venho divulgar o seguinte:

O Jornal Holístico Milénio renasceu no dia 14 de Fevereiro com uma forma mais actualizada e apelativa. O Luís Resina convida-vos a visitarem-no em http://jornalmilenio.com e a deixarem a vossa opinião.

Grupo Comunicação: Contribuição para o documento final de apresentação de Outro Portugal

Apresento em baixo o documento final com a contribuição dos membros para a apresentação de Outro Portugal.

Grupo Comunicação: Outra Comunicação

A comunicação é tão antiga quanto a própria vida, é algo inato à própria vida. Trocar incessamentemente partículas com o mundo exterior (Hubert Reeves, in Poeira de Estrelas). Assim começou a comunicação. Foi com a comunicação enquanto troca e simbiose que os organismos unicelulares evoluiram para plantas e animais. Nem todos o sabem ou reflectem sobre isto, mas um corpo humano é, na realidade, um aglomerado de seres vivos, microorganismos, bactérias e outros, que vivem simbioticamente. Ou seja, não somos Um, nem mesmo fisicamente. Cada um de nós é uma multidão.
Todos os seres vivos utilizam a comunicação para sobreviver. E, muitas vezes, para sobreviver, manipulando. Quando uma flor abre e exala aroma e esplendorosamente refecte a luz em cores maravilhosas, atraindo os polinizadores, está a comunicar.
Se pensarmos bem, não há nada que distinga o melhor marketeer do mundo de um vegetal, a esse nível. Também o marketeer comunica para sobreviver. Se necessário, manipulando, se necessário, mesmo enganando, como uma planta carnívora, por exemplo.
Na sua incessante busca por aquilo que distingue o ser humano dos outros animais, os cientistas ainda não conseguiram encontrar ou definir uma verdadeira diferença. Tudo o que parecia distinguir-nos dos outros primatas, por exemplo, é afinal comum a ambas as espécies. Nós processamos em maior quantidade a informação, mas não em qualidade. Os chimpanzés e os gorilas, tal como nós, desenvolvem estratégias, constroem ferramentas e abrigos, sonham, riem e choram, amam, sentem ciúme, inveja, irritação. Pensou-se em amor e altruísmo. No entanto, os animais também são capazes de sacrificar a sua vida por outros da sua espécie. Talvez o ser humano seja, no entanto, o único capaz de sacrificar a sua vida em prole de uma outra espécie. Quando um grupo de humanos, por exemplo, se coloca entre um arpão industrial e uma baleia, arriscando a própria vida, faz algo que nenhum outro animal ou planta faz. Excepto talvez o cão. Ou outro animal que tenha crescido com um humano. Mesmo assim, quando o fazem, acreditam que estão a defender a sua espécie, a sua matilha. Ou seja, não se trata realmente de altruísmo. Sabemos que não somos capazes de sobreviver sós. Precisamos dos “nossos” para sobreviver.
Utilizando uma análise racional desta e outras formas de altruísmo, um dia os cientistas podem descobrir que se trata de uma deficiência ou evolução genética. Aqueles que se colocam entre o arpão e a baleia, são deficientes ou mais evoluídos? Algo nos seus genes dir-lhes-à que o ecosistema tem de ser preservado a todo o custo, pois precisamos de outros para além da nossa espécie? Mas também pode tratar-se de uma deficiência, pois um dia o ser humano não precisará das outras espécies, nem mesmo do seu planeta ou do sol. Será capaz de produzir o seu próprio alimento a partir de átomos ou moléculas, dominará a fissão nuclear podendo criar as suas próprias estrelas, será capaz de terra-formação, para formar planetas capazes de sustentar a vida humana. Então, será uma deficiência, preocuparmo-nos com as outras espécies? Ou será aquilo que os budistas chamam compaixão e os cristãos amor?
Também o ser humano parece ser o único capaz de comunicar de forma não manipuladora e não egoísta, quando a todo o custo tenta preservar o conhecimento adquirido para as gerações futuras, já desde as pinturas rupestres. No entanto, a maior parte das vezes, comunica de forma vegetal, com o intuito único da sobrevivência.
No Movimento Outro Portugal, o grupo Comunicação propõe-se reflectir sobre este tema, propõe-se assegurar uma comunicação dentro e fora do grupo que seja uma troca, sim, mas não com o intuito de sobreviver, ou seja, meramente crescer e multiplicar-se, manipulando ou enganando, mas tendo em vista a partilha de informação, a preservação do conhecimento para as gerações futuras, a busca de alternativas que tragam uma maior felicidade e alegria a todos os seres humanos e todos os outros seres vivos no nosso planeta.
Nos últimos trinta anos houve uma mudança radical na forma como a nossa sociedade comunica. Houve uma democratização e globalização das fontes de informação e o acesso às mesmas. Actualmente, qualquer um de nós pode ser jornalista por um dia, ao filmar por exemplo uma situação de abuso com o seu telefone celular e colocar no YouTube ou nas redes sociais. A informação deixou de estar concentrada nos OCS's.
Por outro lado, nem sempre é possível verificar de forma fidedigna a informação que chega até nós, o que por vezes dá origem ao aparecimento de noticias ou acontecimentos fabricados, muitas vezes criados por grupos de pressão ou lobbys, para criar uma realidade que nem sempre é verdadeira.
A quantidade de informação a que temos acesso nem sempre corresponde à qualidade. Corremos o risco de obter um conhecimento superficial sobre muitos factos, sem aprofundarmos verdadeiramente nenhum deles.
O mesmo se passa com a comunicação ao nível inter-pessoal, ao comunicarmos muitas vezes telegraficamente ou com ícones para demonstrarmos os nossos pensamentos, passamos a ter um intermediário entre o emissor e o destinatário: o telefone celular ou o pc. A rapidez da comunicação aumentou, mas tal não significa que tenha aumentado a percepção e a recepção perfeita da mensagem.
O problema ou o obstáculo da comunicação entre seres humanos é nunca podermos apreender na totalidade a mensagem em todos os seus angulos: sensorial ou mental.
A um nível mais lato, a mensagem que chega até nós através dos orgãos de comunicação social, já vem filtrada pelos chamados "gate keepers", há um alinhamento de noticias que é decidido com o objectivo de "dar ao espectador aquilo que ele quer ver" ou, se quisermos, de "informar o público". Com os casos mais recentes de jornalistas que viram censurada a sua opinião, sabemos que nem sempre a realidade é assim. As agências de comunicação, desempenham cada vez mais o papel de intermediários entre os media e as empresas ou os partidos politicos. E muitas vezes o público tem acesso a apenas um angulo ou perspectiva da história. Aconteceu nos EUA na altura do presidente Bush, em que a Fox News foi praticamente veiculo de propaganda do governo.
Num Outro Portugal, a comunicação é o eixo principal, a base de tudo. Haver um equilibrio entre a comunicação virtual e a comunicação presencial em casa ou entre amigos. Olhos nos olhos. Cada vez mais falamos quase 24 horas por dia, sete dias por semana, cada vez com mais pessoas. Onde fica a qualidade e a profundidade da comunicação?
É importante chegar a uma proposta de comunicação saudável e não abusiva e invasiva como a que vivemos actualmente. Uma das questões sobre a qual temos de reflectir é: como propor isso a um nível nacional. Será que as pessoas querem realmente outro tipo de informação e comunicação, ou estão satisfeitas com o que têm... e terão coragem para mudar? Uma das soluções que consideramos interessante e que, como cidadãos, gostaríamos de ter, é um (pelo menos) canal de informação imparcial, cultural e socialmente rico. Falta algo que divulgue o que temos de melhor, um meio de divulgar coisas realmente úteis e construtivas para a população. Faltam programas que estimulem e que informem sobre o que de tão bom temos neste país.
Para além desta reflexão, o grupo da Comunicação tem como missão divulgar a existência do movimento cívico e cultural Outro Portugal, assegurando que o máximo possível de pessoas potencialmente interessadas em colaborar tomem conhecimento do movimento.
Para realizar esta missão, tem como principais tarefas:
- Assegurar uma boa divulgação dos blogs e páginas do Movimento na Internet;
- Manter um jornal online com notícias relevantes para o movimento, que sirva tanto de base de investigação para os membros do Movimento, como de angariação de novos membros, potencialmente interessados e que seja um resultado da reflexão acima mencionada;
- Proceder ao planeamento da comunicação do grupo, listando todas as actividades e cruzando a gestão e objectivos do movimento com as acções de comunicação.
- Propôr formas alternativas de divulgação sem ser via Internet;
- Dar apoio a eventos do Movimento, quer através da presença, quer logisticamente;
- Facilitar a comunicação entre membros do Movimento;
- Facilitar parcerias com outra entidades interessadas.
Os membros da Comunicação comprometem-se a não utilizar métodos manipuladores de comunicação, a divulgar apenas notícias no jornal Outro com fundamento científico e com qualidade e a aconselhar os restantes membros do grupo a tornarem a sua linguagem o mais abrangente possível, para que possamos reunir no movimento diferentes qualificações, culturas e inteligências.

A comunicação é tão antiga quanto a própria vida, é algo inato à própria vida. Trocar incessamentemente partículas com o mundo exterior (Hubert Reeves, in Poeira de Estrelas). Assim começou a comunicação. Foi com a comunicação enquanto troca e simbiose que os organismos unicelulares evoluiram para plantas e animais. Nem todos o sabem ou reflectem sobre isto, mas um corpo humano é, na realidade, um aglomerado de seres vivos, microorganismos, bactérias e outros, que vivem simbioticamente. Ou seja, não somos Um, nem mesmo fisicamente. Cada um de nós é uma multidão.

Todos os seres vivos utilizam a comunicação para sobreviver. E, muitas vezes, para sobreviver, manipulando. Quando uma flor abre e exala aroma e esplendorosamente refecte a luz em cores maravilhosas, atraindo os polinizadores, está a comunicar.

Se pensarmos bem, não há nada que distinga o melhor marketeer do mundo de um vegetal, a esse nível. Também o marketeer comunica para sobreviver. Se necessário, manipulando, se necessário, mesmo enganando, como uma planta carnívora, por exemplo.

Na sua incessante busca por aquilo que distingue o ser humano dos outros animais, os cientistas ainda não conseguiram encontrar ou definir uma verdadeira diferença. Tudo o que parecia distinguir-nos dos outros primatas, por exemplo, é afinal comum a ambas as espécies. Nós processamos em maior quantidade a informação, mas não em qualidade. Os chimpanzés e os gorilas, tal como nós, desenvolvem estratégias, constroem ferramentas e abrigos, sonham, riem e choram, amam, sentem ciúme, inveja, irritação. Pensou-se em amor e altruísmo. No entanto, os animais também são capazes de sacrificar a sua vida por outros da sua espécie. Talvez o ser humano seja, no entanto, o único capaz de sacrificar a sua vida em prole de uma outra espécie. Quando um grupo de humanos, por exemplo, se coloca entre um arpão industrial e uma baleia, arriscando a própria vida, faz algo que nenhum outro animal ou planta faz. Excepto talvez o cão. Ou outro animal que tenha crescido com um humano. Mesmo assim, quando o fazem, acreditam que estão a defender a sua espécie, a sua matilha. Ou seja, não se trata realmente de altruísmo. Sabemos que não somos capazes de sobreviver sós. Precisamos dos “nossos” para sobreviver.

Utilizando uma análise racional desta e outras formas de altruísmo, um dia os cientistas podem descobrir que se trata de uma deficiência ou evolução genética. Aqueles que se colocam entre o arpão e a baleia, são deficientes ou mais evoluídos? Algo nos seus genes dir-lhes-à que o ecosistema tem de ser preservado a todo o custo, pois precisamos de outros para além da nossa espécie? Mas também pode tratar-se de uma deficiência, pois um dia o ser humano não precisará das outras espécies, nem mesmo do seu planeta ou do sol. Será capaz de produzir o seu próprio alimento a partir de átomos ou moléculas, dominará a fissão nuclear podendo criar as suas próprias estrelas, será capaz de terra-formação, para formar planetas capazes de sustentar a vida humana. Então, será uma deficiência, preocuparmo-nos com as outras espécies? Ou será aquilo que os budistas chamam compaixão e os cristãos amor?

Também o ser humano parece ser o único capaz de comunicar de forma não manipuladora e não egoísta, quando a todo o custo tenta preservar o conhecimento adquirido para as gerações futuras, já desde as pinturas rupestres. No entanto, a maior parte das vezes, comunica de forma vegetal, com o intuito único da sobrevivência.

No Movimento Outro Portugal, o grupo Comunicação propõe-se reflectir sobre este tema, propõe-se assegurar uma comunicação dentro e fora do grupo que seja uma troca, sim, mas não com o intuito de sobreviver, ou seja, meramente crescer e multiplicar-se, manipulando ou enganando, mas tendo em vista a partilha de informação, a preservação do conhecimento para as gerações futuras, a busca de alternativas que tragam uma maior felicidade e alegria a todos os seres humanos e todos os outros seres vivos no nosso planeta.

Nos últimos 30 anos houve uma mudança radical na forma como a nossa sociedade comunica. Houve uma democratização e globalização das fontes de informação e o acesso às mesmas. Actualmente, qualquer um de nós pode ser jornalista por um dia, ao filmar por exemplo uma situação de abuso com o seu telefone celular e colocar no youtube ou nas redes sociais. A informação deixou de estar concentrada nos OCS's.

Por outro lado nem sempre é possível verificar de forma fidedigna a informação que chega até nós, o que por vezes dá origem ao aprecimento de noticias ou acontecimentos fabricados muitas vezes criados por grupos de pressão ou lobbys, para criar uma realidade que nem sempre é verdadeira.

A quantidade de informação a que temos acesso nem sempre corresponde à qualidade. Corremos o risco de obter um conhecimento superficial sobre muitos factos, sem aprofundarmos verdadeiramente nenhum deles.

O mesmo se passa com a comunicação ao nível inter-pessoal, ao comunicarmos muitas vezes telegraficamente ou com icones para demonstrarmos os nossos pensamentos, passamos a ter um intermediário entre o emissor e o destinatário: o telefone celular ou o pc. A rapidez da comunicação aumentou mas não significa que tenha aumentado a percepção e a recepção perfeita da mensagem.

O problema ou o obstáculo da comunicação entre seres humanos é nunca podermos apreender na totalidade a mensagem em todos os seus angulos: sensorial ou mental.

A um nível mais lato a mensagem que chega até nós, através dos orgãos de comunicação social, já vem filtrada pelos chamados "gate keeper" há um alinhamento de noticias que é decidido com o objectivo de "dar as espectador aquilo que ele quer ver" ou se quisermos de "informar o público". Com os casos mais recentes de jornalistas que viram censurada a sua opinião, sabemos que nem sempre a realidade é assim. As agências de comunicação, desempenham cada vez mais o papel de intermediários entre os media e as empresas ou os partidos politicos. E muitas vezes o publico tem acesso a um angulo ou perspectiva da história. Aconteceu nos EUA na altura do presidente Bush, em que a fox news foi praticamente veiculo de propaganda do governo.

Num Outro Portugal, a comunicação é o eixo principal, a base de tudo. Haver um equilibrio entre a comunicação virtual e a comunicação presencial em casa ou entre amigos. Olhos nos olhos. Cada vez mais falamos quase 24 horas por dia, sete dias por semana, cada vez com mais pessoas. Onde fica a qualidade e a profundidade da comunicação?

É importante chegar a uma proposta de comunicação saudável e não abusiva e invasiva como a que vivemos actualmente. Uma das questões obre as quais temos de reflectir é: como propor isso a um nível nacional. Será que as pessoas querem realmente outro tipo de informação e comunicação, ou estão satisfeitas com o que têm... e terão coragem para mudar? Uma das soluções que considero interessantes e que como cidadãos gostaríamos de ter, é um (pelo menos) canal de informação imparcial, cultural e socialmente rico. Falta algo que divulgue o que temos de melhor, um meio de divulgar coisas realmente úteis e construtivas para a população. Faltam programas que estimulem e que informem sobre o que de tão bom temos neste país.

Para além desta reflexão, o grupo da Comunicação tem como missão divulgar a existência do movimento cívico e cultural Outro Portugal, assegurando que o máximo possível de pessoas potencialmente interessadas em colaborar tomem conhecimento do movimento.

Para realizar esta missão, tem como principais tarefas:

- Assegurar uma boa divulgação dos blogs e páginas do Movimento na Internet;

- Manter um jornal online com notícias relevantes para o movimento, que sirva tanto de base de investigação para os membros do Movimento, como de angariação de novos membros, potencialmente interessados e que seja um resultado da reflexão acima mencionada;

- Proceder ao planeamento da comunicação do grupo, listando todas as actividades e cruzaando a gestão e objectivos do movimento com as acções de comunicação.

- Propôr formas alternativas de divulgação sem ser via Internet;

- Dar apoio a eventos do Movimento, quer através da presença, quer logisticamente;

- Facilitar a comunicação entre membros do Movimento;

- Facilitar parcerias com outra entidades interessadas.

Os membros da Comunicação comprometem-se a não utilizar métodos manipuladores de comunicação, a divulgar apenas notícias no jornal Outro com fundamento científico e com qualidade e a aconselhar os restantes membros do grupo a tornarem a sua linguagem o mais abrangente possível, para que possamos reunir no movimento diferentes qualificações, culturas e inteligências.

Tai Chi Chuan

Medicinas complementarias / Bastan seis semanas de prácticaPracticar taichi mejora el equilibrio Un estudio mostró que su práctica es útil en la rehabilitación de personas que sufrieron un ACV

Em homenagem a Agostinho da Silva, nascido há 104 anos



"Não me preocupa no que penso nem a originalidade nem a coerência. Quanto à primeira, tudo aquilo com que concordo passa a ser meu — ou já meu era e ainda se me não tinha revelado. A minha originalidade está só, porventura, na digestão que faço. Pelo que respeita à coerência, bem me rala; o que penso ou escrevo hoje é do eu de hoje; o de amanhã é livre de, a partir de hoje, ter sua trajectória própria e sua meta particular. Mas, se quiserem pôr-me assinatura que notário reconheça, dirão que tenho a coerência do incoerente e a originalidade de não me importar nada com isso"

- Agostinho da Silva, Pensamento em Farmácia de Província, 1 [1977], in Textos e Ensaios Filosóficos II, p.319.

Bill Hicks

Como se pode dizer uma mensagem complexa de uma forma simples e divertida:

Professores Fascinantes

"Professores e alunos vivem juntos durante anos dentro da sala de aula, mas são estranhos uns para os outros. Eles se escondem atrás dos livros, das apostilas, dos computadores. A culpa é dos ilustres professores? Não! A culpa, como veremos, é do sistema educacional doentio que se arrasta por séculos. As crianças e os jovens aprendem a lidar com fatos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e falhas. Aprendem a resolver problemas matemáticos, mas não sabem resolver seus conflitos existenciais. São treinados para fazer cálculos e acertá-los, mas a vida é cheia de contradições, as questões emocionais não podem ser calculadas, nem têm conta exata.
Os jovens são preparados para lidar com decepções? Não! Eles são treinados apenas para o sucesso. Viver sem problemas é impossível. O sofrimento nos constrói ou nos destrói. Devemos usar o sofrimento para construir a sabedoria. Mas quem se importa com a sabedoria na era da informática?
Nossa geração produziu informações que nenhuma outra jamais produziu, mas não sabemos o que fazer com elas. Raramente usamos essas informações para expandir nossa qualidade de vida. Você faz coisas fora da sua agenda que lhe dão prazer? Você procura administrar seus pensamentos para ter uma mente mais tranqüila? Nós nos tornamos máquinas de trabalhar e estamos transformando
nossas crianças em máquinas de aprender.
Usando erradamente os papéis da memória Fizemos da memória de nossas crianças um banco de dados. A memória tem esta função? Não! Veremos que durante séculos a memória foi usada de maneira errada pela escola. Existe lembrança? Inúmeros professores e psicólogos do mundo todo crêem sem sombra de dúvida que existe lembrança. Errado! Não existe lembrança pura do passado, o passado é sempre reconstruído! E bom ficarmos abalados por esta afirmação. O passado é sempre reconstruído com micro ou macro diferenças no presente.
Veremos que há diversos conceitos equivocados na ciência sobre o fantástico mundo do funcionamento da mente e da memória humana. Tenho convicção, como psiquiatra e como autor de uma das poucas teorias da atualidade sobre o processo de construção do pensamento, de que estamos obstruindo a inteligência das crianças e o prazer de viver com o excesso de informações que estamos oferecendo a elas. Nossa memória virou um depósito de informações inúteis.
A maioria das informações que aprendemos não será organizada na memória e utilizada nas atividades intelectuais. Imagine um pedreiro que a vida toda acumulou pedras para construir uma casa. Após construí-la, ele não sabe o que fazer com as pilhas de pedras que sobraram. Gastou a maior parte do seu tempo inutilmente.
O conhecimento se multiplicou e o número de escolas se expandiu como em nenhuma outra época, mas não estamos produzindo pensadores. A maioria dos jovens, incluindo universitários, acumula pilhas de "pedras", mas constroem pouquíssimas idéias brilhantes. Não é à toa que eles perderam o prazer de aprender. A escola deixou de ser uma aventura agradável.
Paralelamente a isso, a mídia os seduziu com estímulos rápidos e prontos. Eles tornaram-se amantes do fast food emocional. A TV transporta os jovens, sem que eles façam esforços, para dentro de uma excitante partida esportiva, para o interior de uma aeronave, para o cerne de uma guerra e para dentro de um dramático conflito policial.
Esse bombardeio de estímulos não é inofensivo. Atua num fenômeno inconsciente da minha área de pesquisa, chamado de psicoadaptação, aumentando o limiar do prazer na vida real. Com o tempo, crianças e adolescentes perdem o prazer nos pequenos estímulos da rotina diária.
Eles precisam fazer muitas coisas para ter um pouco de prazer, o que gera personalidades flutuantes, instáveis, insatisfeitas. Temos uma indústria de lazer complexa. Deveríamos ter a geração de jovens mais felizes que já pisaram nesta terra. Mas produzimos uma geração de insatisfeitos.
Estamos informando e não formando Não estamos educando a emoção nem estimulando o desenvolvimento das funções mais importantes da inteligência, tais como contemplar o belo, pensar antes de reagir, expor e não impor as idéias, gerenciar os pensamentos, ter espírito
empreendedor. Estamos informando os jovens, e não formando sua personalidade.
Os jovens conhecem cada vez mais o mundo em que estão, mas quase nada sobre o mundo que são. No máximo conhecem a sala de visitas da sua própria personalidade. Quer pior solidão do que esta? O ser humano é um estranho para si mesmo! A educação tornou-se seca, fria e sem tempero emocional. Os jovens raramente sabem pedir perdão, reconhecer seus limites, se colocar no lugar dos outros. Qual é o resultado?
Nunca o conhecimento médico e psiquiátrico foi tão grande, e nunca as pessoas tiveram tantos transtornos emocionais e tantas doenças psicossomáticas. A depressão raramente atingia as crianças. Hoje há muitas crianças deprimidas e sem encanto pela vida. Pré-adolescentes e adolescentes estão desenvolvendo obsessão, síndrome do pânico, fobias, timidez, agressividade e outros transtornos ansiosos.
Milhões de jovens estão se drogando. Não compreendem que as drogas podem queimar etapas da vida, levá-los a envelhecer rapidamente na emoção. Os prazeres momentâneos das drogas destroem a galinha dos ovos de ouro da emoção. Conheci e tratei de inúmeros jovens usuários de drogas, mas não encontrei ninguém feliz.
E o estresse? Não apenas é comum detectarmos adultos estressados, mas também jovens e crianças. Eles têm freqüentemente dor de cabeça, gastrite, dores musculares, suor excessivo, fadiga constante de fundo emocional.
Precisamos arquivar esta frase e jamais esquecê-la: Quanto pior for a qualidade da educação, mais importante será o papel da psiquiatria neste século. Vamos assistir passivamente à indústria dos antidepressivos e tranqüilizantes se tornar uma das mais poderosas do século XXI? Vamos observar passivamente nossos filhos serem vítimas do sistema social que criamos? O que fazer diante desta problemática?"
Retirado do livro: PAIS BRILHANTES, PROFESSORES FASCINANTES, de
AUGUSTO JORGE CURY

Petição contra a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura



Anunciada a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura, vamos opor-nos a este escândalo, que pretende consagrar como cultura a barbárie e a tortura, além de canalizar dinheiros públicos para uma actividade violenta e retrógrada, já denunciada desde 1836 por D. Maria II, que declarou que "as corridas de touros são um divertimento bárbaro e impróprio de Nações civilizadas", que acabam por "impedir ou retardar o aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa".

Assinemos e divulguemos esta petição, que vai obrigar a discutir a questão em plenário da Assembleia da República e impedir a utilização dos nossos impostos para fomentar a crueldade e a imbecilização dos portugueses. Não deixemos que lobbies minoritários se imponham ao repúdio manifesto da maioria da população.

Senhora Ministra, tenha vergonha!

Assinem e divulguem:

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=PETPPA

Saúde, Economia, Educação e Ecologia

Do debate gerado no contexto da realização dos trabalhos no grupo da saúde, surgiu a necessidade de criar um elo de ligação com os grupos da Economia, Educação e Ecologia. A generalidade das propostas avançadas no documento da saúde, tocam os seguintes aspectos, que julgamos pertinente dar a conhecer aos grupos referidos:

Economia:

  • Uma maior aposta na prevenção da doença e manutenção da saúde, recorrendo a terapias e métodos mais naturais, diminuem o nº de pessoas que efectivamente ficam doentes, logo, diminuem o nº de pessoas que precisam de recorrer à baixa médica e à segurança social;
  • Uma abordagem mais natural, humanizada e fisiológica do parto, permite uma redução significativa da utilização de anestesias e material cirúrgico;

Educação:

  • A implementação de actividades como o ioga, tai-chi, meditação, etc, nas escolas, ajudaria a diminuir o número de problemas de comportamento e reduziria significativamente o índice de violência e de "hiperactividade" e "deficit de atenção" dos alunos;
  • Um maior controlo das ementas oferecidas nas escolas, associado a "medidas de educação para a alimentação", aumentaria o nível de saúde e rendimento académico dos alunos

Ecologia:

  • Uma maior aposta na prevenção da doença e manutenção da saúde, recorrendo a terapias e métodos mais naturais, diminuem o nº de pessoas que efectivamente ficam doentes, logo, diminuem a necessidade de recorrer a medicamentos cujas embalagens e conteúdos inacabados poluem e contaminam o ambiente;
  • Uma abordagem mais natural, humanizada e fisiológica do parto, permite uma redução significativa da utilização de anestesias e material cirúrgico, que depois irão aumentar o nível de lixo hospitar;
  • O reforço das medidas de incentivo e apoio à amamentação, poderão contribuir de forma significativa para a redução de bebés e crianças que são alimentados com "leite de lata" e, consequentemente, reduzirão significativamente a quantidade de lixo produzido com esta prática: latas de leite, borrachas e silicones de tetinas, plásticos de biberons e embalagens que contém tudo isto.

Esperamos com isto contribuir para o enriquecimento do vosso trabalho (se é que ainda não tinham contemplado os itens referidos) e para a criação de uma rede de ligação entre os vários temas abordados no Manifesto.

Projecto BedZED

Um exemplo interessante de desenvolvimento sustentável - e urbano:



http://www.bioregional.com/what-we-do/our-work/bedzed/

Hoje, 18 h, Jornada em prol dos Direitos dos Animais e do Bem do Planeta



Hoje, 3ª feira, dia 9, pelas 18 h, será exibido no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa o documentário "Meat the Truth - Uma Verdade Mais Do Que Inconveniente", que mostra o impacto da indústria da carne sobre o aquecimento global e o sofrimento dos animais. Uma verdade encoberta pela nossa ignorância e pelos grandes interesses económicos que devastam a vida e o planeta.

No final haverá um debate, moderado pela Drª Maria João Coutinho, com a presença de Pedro Sena, do Partido Pelos Animais, e de Paulo Daniel, da Associação Vegetariana Portuguesa.

Vejam e reflictam por vocês mesmos. A Entrada é livre.

Eu estarei em directo na SIC Mulher, entre as 19 e as 20 h, para falar dos Direitos dos Animais, em representação do Partido pelos Animais, junto com Miguel Moutinho, da Associação Animal, e o actor Heitor Lourenço.

"Este livro é contra a tirania dos animais humanos sobre os não-humanos. Esta tirania provocou e provoca ainda hoje dor e sofrimento só comparáveis àqueles resultantes de séculos de tirania dos humanos brancos sobre os humanos negros. A luta contra esta tirania é uma luta tão importante como qualquer das causas morais e sociais que foram defendidas em anos recentes" - Peter Singer, Libertação Animal, Prefácio à edição de 1975, Porto, Via Óptima, 2008, 2ª edição, p.I.

Estudo comprova benefícios da Meditação

A Randomized Controlled Trial on Effects of the Transcendental Meditation Program on Blood Pressure, Psychological Distress, and Coping in Young Adults
Abstract
Background

Psychological distress contributes to the development of hypertension in young adults. This trial assessed the effects of a mind–body intervention on blood pressure (BP), psychological distress, and coping in college students.
Methods

This was a randomized controlled trial (RCT) of 298 university students randomly allocated to either the Transcendental Meditation (TM) program or wait-list control. At baseline and after 3 months, BP, psychological distress, and coping ability were assessed. A subgroup of 159 subjects at risk for hypertension was analyzed similarly.
Results

Changes in systolic BP (SBP)/diastolic BP (DBP) for the overall sample were -2.0/-1.2 mm Hg for the TM group compared to +0.4/+0.5 mm Hg for controls (P = 0.15, P = 0.15, respectively). Changes in SBP/DBP for the hypertension risk subgroup were -5.0/-2.8 mm Hg for the TM group compared to +1.3/+1.2 mm Hg for controls (P = 0.014, P = 0.028, respectively). Significant improvements were found in total psychological distress, anxiety, depression, anger/hostility, and coping (P values < 0.05). Changes in psychological distress and coping correlated with changes in SBP (P values < 0.05) and DBP (P values < 0.08).
Conclusions

This is the first RCT to demonstrate that a selected mind–body intervention, the TM program, decreased BP in association with decreased psychological distress, and increased coping in young adults at risk for hypertension. This mind–body program may reduce the risk for future development of hypertension in young adults.
American Journal of Hypertension 2009; doi:10.1038/ajh.2009.184

http://www.nature.com/ajh/journal/v22/n12/abs/ajh2009184a.html

OMS defende integração da Medicina Tradicional Chinesa no Serviço Nacional de Saúde

No sentido de melhorar a qualidade do atendimento e da eficácia dos serviços de saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS), defendeu, durante o Congresso das Nações Unidas sobre Medicina Tradicional, realizado em Pequim, que a Medicina Tradicional Chinesa deve ser incluída no Serviço nacional de Saúde, o que iria permitir não só aumentar o leque de escolha dos utentes, como permitir um atendimento mais rápido e eficaz, uma diminuição das listas de espera e uma significativa redução dos custos, pois os custos da fitoterapia são muito reduzidos, o que poderia significar uma diminuição dos gastos do Estado com medicamentos.
Em Portugal estão a ser regulamentadas algumas terapêuticas ditas alternativas: Acupunctura, Fitoterapia, Homeopatia, Naturopatia, Osteopatia, Quiroprática.
Não se prevê, no entanto que a Medicina Chinesa seja regulamentada neste sentido, assim a sua integração no SNS não é possível no nosso País, a não ser que se procede-se a uma alteração da legislação, a exemplo do que já aconteceu, por exemplo no Brasil.
Assim, um profissional de Medicina Chinesa teria de se inscrever em cinco das 6 terapêuticas referidas (Fitoterapia, Acupunctura, Naturopatia, Osteopatia, Quiroprática) para poder exercer.A integração da MTC no SNS significaria:
– Mais poder escolha para os utentes, – Melhores resultados em diversas patologias do que a medicina dita convencional,
– Maior aposta na prevenção das doenças
- Menor necessidade de recorrer a medicamentos– Redução dos custos– Minimização dos efeitos secundários que advêm do consumo de diversos fármacos convencionais.
Porém, apesar desta prática milenar ter provas dadas tanto ao nível da prevenção como do tratamento de várias maleitas e de a sua integração no SNS ser altamente recomendado pela, OMS, Portugal não está a levar em conta essas recomendações.
Segundo notícia divulgada pela Lusa, esta integração é defendida porque iria "aumentar e tornar mais acessível o serviço", além de que "os governos devem estabelecer mecanismos de licenciamento e acreditação" da MTC como "medicina alternativa ou complementar".

Fonte: http://www.roteirodaalma.com/noticia/oms_defende_integracao_da_medicina_tradicional_chinesa_no_servico_nacional_de_saude

HAITI no coração

A Europa, toda ela, deverá deslocar-se para o Sul, a fim de, em desconto dos seus abusos colonialistas antigos e modernos, ajudar a equilibrar o mundo. Isto é, Europa finalmente como ética.
José Saramago in Uma Jangada de Pedra a Caminho do HAITI

Mitos Climáticos no Expresso da Meia-Noite

Muita controvérsia científica existia sobre o tema do CO2, alterações climáticas e temas afins, mas sobretudo desde o chamado "Climategate" que foi dado aos chamados cépticos uma outra atenção sobre a real ciência que sustenta o "Al Gore". De facto, temos agora variados exemplos, desde a queixa-crime apresentada pelo weather channel ao Al Gore a inclusivamente se falar em Hollywood de se lhe retirar o Óscar. Ao mesmo tempo, os cientistas que tanto haviam pregado a ciência "pró-carbono" estão agora um pouco mais discretos. E, de repente, surge informação que não só mostra que o carbono não é uma causa - como é enganador.

É importante percebermos que toda a indústria do carbono foi sustentada por um grande lobby que misturou Ambientalismo, Poluição e Clima. O facto é que cientificamente nada sustenta o carbono. Nem que seja porque está registado na Idade Média um período com mais concentração de carbono na terra que no actual. E, de facto, para a natureza em geral o aumento da concentração de carbono é bom: permite um maior florescimento do mundo vegetal.

Isto não exclui a natural preocupação com a destruição de habitats e recursos naturais, ou até mesmo a questão de gases realmente perigosos como o Metano. Muito menos a necessária reconversão energética e desenvolvimento de uma economia social sustentável global. Mas, de facto, a ideia que se tira de Copenhaga é simplesmente não só um novo imposto, como ainda uma factura que o "mundo desenvolvido" terá de pagar ao 3º Mundo. Nós ficaremos mais pobres, mais limitados; em África terão mais dinheiro para vir cá comprar produtos e serviços. E o ciclo continua.

Convido a ouvir o Rui G. Moura, que apresenta na Sic Notícias uma visão real e científica do que se está a passar. Não da política, não da economia: Científica.



mais em: http://mitos-climaticos.blogspot.com

Morrer como um touro

O Ministério da Cultura resolveu criar uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura a pretexto de que lidar touros seria uma tradição cultural portuguesa a preservar. Mas a tradição é mais antiga, do tempo em que humanos e animais lutavam na arena para excitar os nervos da multidão com o sangue e a morte anunciada. A piedade, que é um valor mais antigo do que Cristo, veio, na sua interpretação cristã, salvar disto os humanos. Esqueceu-se, porém, dos animais.

Há um momento nas touradas em que o touro, muito ferido já pelas bandarilhas, o sangue a escorrer, cansado pelos cavalos e as capas, titubeia e parece ir desistir. Afasta-se para as tábuas. Cheira o céu. Vêm os homens e incitam-no. A multidão agita-se e delira com o sangue. O touro sabe que vai morrer. Só os imbecis podem pensar que os animais não sabem. Os empregados dos matadouros, profissionais da sensibilidade embaciada, conhecem o momento em que os animais “cheiram” a morte iminente. Por desespero, coragem ou raiva (não é o mesmo?), o touro arremete pela última vez. Em Espanha morre. Aqui, neste país de maricas, é levado lá para fora para, como é que se diz? ah sim: ser abatido. A multidão retira-se humanamente, portuguesmente, de barriga cheia de cultura portuguesa, na tradição milenar à qual nenhuma piedade chegou

Os toureiros têm pose que se fartam (e com a qual fartam toda a gente). Pose de hombre, pose de macho. Mas os riscos que de facto correm são infinitamente menores que a sorte que inevitavelmente espera os touros, que o sofrimento e a desorientação que infligem aos touros para o seu próprio prazer e o da multidão. Dá vontade de dizer que quem se porta assim, quem mostra orgulho de se portar assim, tem entre as pernas, e não apenas literalmente, órgãos bem mais pequenos que aqueles que os touros exibem. Os toureiros são corajosos mas entram na arena sabendo que haverá sempre quem os safe, senão à primeira colhida, então à segunda. Às vezes aleijam-se a sério e às vezes morrem, o que talvez prove que os deuses da Antiguidade são justos, vingativos e amigos de todos os animais por igual. Os touros, esses, não têm ninguém que os vá safar em situação de risco, estão absolutamente sós perante a morte. Querem os toureiros ser hombres até ao fim? Experimentem ser tão homens como eram os homens e os animais na Antiguidade: se ficarem no chão, fiquem no chão. Morram na arena. É cultura. A senhora ministra da Cultura certamente compensará tão antigo costume.

Também era da tradição, em Portugal por exemplo, executar em público os condenados, bater nas mulheres, escravizar pessoas. Foi assim durante milénios. Ninguém via mal nenhum nisso a não ser, confusamente, com dúvidas, as próprias vítimas. Até que a piedade, na sua interpretação moderna e laica, acabou com tão veneráveis tradições.

Que será preciso para acabar com a tradição da tourada? Que sobressalto do coração será necessário para despertar em nós a piedade pelos animais?

- Paulo Varela Gomes (Historiador), “Cartas do Interior”, Público, 27.02.2010, P2, p.3.

Se é inteligente e sensível e não quer que os seus impostos paguem a barbárie, assine a Petição contra a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura. Mais de 5000 assinaturas em pouco mais de duas semanas:

www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=PETPPA

O progresso

«O progresso, seja o que for, e quer se considere bom, quer mau, é, com certeza, uma alteração, e uma alteração envolve o abandono de certos hábitos, de certos costumes, de certas normas e atitudes que por serem velhas, se tornaram queridas, e, por serem usuais, se tornaram necessárias. A alteração chamada progresso in...cide, portanto, quando não sobre os instintos, pelo menos sobre os hábitos dos indivíduos, ou da maioria dos indivíduos que compõem uma sociedade»

- Fernando Pessoa.

Isabel Rosete dá entrevista ao "Diário de Aveiro" (18/02/2010)

“A Filosofia devia ser um dos pilares da política”

Isabel Rosete, cuja vida tem sido dedicada à Filosofia, é autora de várias obras poético-literárias, preparando-se para publicar outras três em breve

Carla Real

Com 45 anos, Isabel Rosete, de Aveiro, possui um mestrado em “Estética e Filosofia da Arte”, é doutoranda na mesma área. Professora de Filosofia, é também responsável pela publicação de várias obras poético-literárias e de cariz científico.

Porque decidiu enveredar pela área da Filosofia?
A Filosofia tornou-se uma verdadeira paixão (eterna), desde o meu 11.o ano. Tive a sorte de me ter cruzado, nessa altura, com dois professores extraordinários, que, até hoje, recordo como autênticos modelos do que é ser, de facto, professor de Filosofia: sabiam o que é a Filosofia, qual a sua real utilidade e como a ensinar, devidamente, aos adolescentes em formação pessoal e social continuada.
Mostraram-me como a Filosofia é absolutamente imprescindível na vida quotidiana, porque só fala do que é e de quem é o Homem, do seu ser e do seu estar consigo mesmo, com os outros homens, com a Natureza e com o Universo; que é essa radical e abrangente área do saber que mostra todas as coisas tal como são na sua autenticidade, rompendo os ignóbeis véus das aparências, sem preconceitos de qualquer espécie, quais cancros que minam, cada vez mais, a sociedade presente, lamentavelmente afastada das lides filosóficas.
Demonstraram-me que a Filosofia é, primeiro: a própria vida em todas as dimensões, e que, por conseguinte, viver sem ela, não é propriamente viver, mas, tão-só, sobreviver de olhos cegos e ouvidos surdos; e segundo: o maior e mais nutritivo alimento do espírito, do pensamento, a que, afinal, nós, Homens, nos reduzimos, sem esses abstraccionismos linguísticos ou conceptuais que lhe costumam atribuir.

E a Psicologia? Quando aparece?
A Psicologia surgiu por arrastamento, embora como um complemento integrante e indispensável da própria Filosofia, sempre com ela interseccionada. Esta outra paixão (também eterna e em crescendo), surgiu quando frequentava o 10.o ano. E, tal como a paixão pela Filosofia, intensificou-se profundamente enquanto cursava a licenciatura de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde tive o privilégio de ser aluna de grandes mestres, de conviver com verdadeiros professores, igualmente modelos de docência, a quem devo tudo o que sei e sou hoje.

A Isabel destaca-se pela forma peculiar como aborda a cadeira de Filosofia, muitas vezes considerada “monótona” pelos alunos. Como faz para os cativar para essas matérias?
Transmitindo-lhes o entusiasmo, plenamente vivo e sentido que, em mim, a Filosofia fez emergir, pela sua irredutível necessidade e utilidade permanente. A Filosofia, que só deve ser leccionada pelos profissionais portadores da convicção do ser filósofo e não por aqueles apanhados pelas negras malhas que regem o docente-funcionário público, “cumpridor” de programas para as estatísticas, é um bálsamo para as novas mentes em formação, e não mais uma actividade supérflua ou um conjunto de ideias abstractas reservadas a uma determinada elite.
Esse cliché de que a Filosofia é “abstracta” surgiu daqueles que subverteram a sua essência em virtude de uma leccionação “monótona”, resultante, não da Filosofia em si, mas de um mero e terrível papaguear de conhecimentos exclusivamente a partir de um manual escolar, sem criatividade de materiais e de estratégias didácticas que estimulem os alunos para o crucial acto de pensar.
O Portugal de hoje é um exemplo, “claramente visto”, da ausência desta atitude nos políticos que nos (des)governam. Esta é uma constatação convicta da real e urgente necessidade da Filosofia como um dos pilares fundamentais onde a política deve alicerçar-se.
O verdadeiro professor de Filosofia é, por essência, um pedagogo, um guia, um orientador que auxilia os alunos nos respectivos partos intelectuais, que os estimula a parir ideias que, nas suas mentes, estavam em estado de latência e que, por esta forma de amor à sabedoria, são espicaçadas e, então, brotam para o estado manifesto.

Descreva, sucintamente, as obras poético-literárias que publicou até agora.
São obras de cariz eminentemente filosófico. Aliás, devo confessar-lhe que foi justamente a Filosofia, assim sentida e vivida, que me abriu o caminho para a poesia, para a prosa poética e para a literatura. Estas sementes começaram a germinar com mais visibilidade aquando da feitura do curso de mestrado em “Estética e Filosofia da Arte” e, sobretudo, durante as investigações realizadas para a tese de Doutoramento em curso, dedicada – a partir do pensamento de Martin Heidegger – à poesia e ao canto dos poetas, perspectivado ecologicamente.
Concebe-se a poesia enquanto forma privilegiada da arte se dar (para Heidegger, e para mim também, toda arte é poesia), como a forma explícita de salvaguarda da Terra, como o grande grito universal do pensamento contra as investidas do projecto da ciência-técnica modernas que minam e corrompem a Natureza, provocando constantes desequilíbrios eco-sistemáticos. E, deste modo, como meio de alerta para a necessidade de se redimensionar e reestruturar uma outra humanidade, cujo pensamento não seja mais inconsciente e calculista, e cujas mãos não sejam mais exterminadoras.
Cada obra minha publicada em antologias poético-literárias nacionais e internacionais, exprime estas preocupações, esta minha forma de auscultar o mundo humanamente e em plena harmonia com a Natureza, onde me integro ou não, completamente, quer me refira a “Vide-Verso”, “Roda Mundo 2008”, “Poiesis” ou “Roteiro(s) da Alma”.
Nelas, pode ler-se, entre outras, “Quantos são os mistérios da escrita”, “Nas montanhas do coração” (ensaio sobre o poeta alemão Rainer Maria Rilke), “Advém o turbilhão dos sentidos”, Ouso ousar o tudo”, “Abomino o egocentrismo”…

Qual o tema dominante na sua escrita?
Movo-me por vários temas e autores, de âmbito muito diverso. Tanto escrevo sobre Heidegger, Nietzsche, Kant, Platão, Freud ou Piaget, no âmbito da Filosofia /Psicologia, ou sobre Vergílio Ferreira, Fernando Pessoa(s), Padre António Vieira, Rainer Maria Rilke ou Holderlin, nos domínios da literatura e da poesia.
Talvez por influência dos assuntos centralmente abordados por estes autores, que venho estudando ao longo de todos estes anos, escreva, com particular incidência, sobre a vida e a morte, sobre o estado actual da Humanidade e da Natureza, sobre a linguagem, o pensamento e o acto de escrever, sobre o amor, o mistério, a criatividade, a arte ou a identidade, a hipocrisia, os preconceitos e a inveja, que muito me atormentam…

Como caracteriza a sua próxima obra “Vozes do Pensamento – Uma Obra para Espíritos Críticos”, cujo lançamento está previsto para o próximo mês?
Esta obra, a primeira individual que publico em Portugal, composta por duas partes, “Interiores” e “Versões de Mundos”, exterioriza, precisamente, e como o próprio título indica, as vozes que há muito ecoam dentro do meu pensamento, que viaja, por vezes, hiperbolicamente, por todos os lugares, nessa eterna busca pela verdade e pela sabedoria, pelas essências das coisas que, amiúde, se nos ocultam. Talvez esteja a fazer Filosofia através da poesia, como sugerem alguns dos meus leitores.
São pensamentos dispersos, vividos e por viver, projectados, sonhados ou recordados, sobre temas que o meu pensamento foi ditando e as minhas mãos escreveram.
Trata-se de um desabafo da minha alma e do meu corpo sobre mim mesma, e sobre o mundo, tal como ele é e se me apresenta em todas as suas dimensões que, quiçá, corresponde a muitos desabafos da grande generalidade dos seres humanos.
É um livro intimista, onde podem ler-me, integralmente, na mais pura transparência do meu (vosso!?) ser e existir, pensar e sentir. Também altruísta, onde os actos ignóbeis dos homens são condenados, dos pontos de vista ético, social e político, e os seus nobre feitos celebrados.
Nada mais vou adiantar sobre este livro, para que os meus eventuais leitores (espero que sejam muitos), adolescentes, jovens e adultos, descubram, por si próprios, o espírito que o percorre e, quiçá, nele se vejam ou revejam, como num espelho, e se redescubram, sem narcisismo.
Estas “Vozes” ainda não se silenciaram. Far-se-ão ouvir, ainda mais alargadamente, nos meus próximos três livros, já no prelo: “Entre-Corpos”, “Fluxos da Memória” e “Mundos do Ser e do Não-Ser”.

LEGENDA DR: “Lamentavelmente, a sociedade actual está afastada das lides filosóficas”

FIM

Jornal OUTRO - um outro olhar sobre quem somos




http://jornaloutro.blogspot.com/

Missão: Os autores de Outro dão prioridade às notícias que podem influenciar as decisões tomadas hoje, agora e que podem resultar numa sociedade melhor.

O futuro da humanidade depende de encontrarmos respostas para as grandes questões que no início do século XXI se nos depararam: melhorar o sistema de educação, encontrar formas alternativas de energia, desenvolver um sistema económico mais humano e assente em princípios que não meramente o lucro, iniciar a utilização responsável dos recursos da Terra, repensar toda a ética, incluindo a ética ambiental e animal, voltar a colocar o sistema político na vida dos cidadãos, encontrar forma de libertar a ciência e as artes de interesses económicos egoístas.
Terminar todas as guerras, iniciar um diálogo construtivo entre todos os povos, limpar os cursos de água e os mares, recuperar as terras para uma nova agricultura, mais saudável, arquitectar cidades mais naturais e que abracem jardins e luz... uma utopia? Talvez.

Mas se analisarmos criteriosamente o que se passa no mundo, para além das tragédias, como as guerras, a fome, as doenças, a corrupção, que fazem as primeiras páginas de todos os jornais, encontramos pessoas, empresas, universidades, associações, institutos, que estão a trabalhar para concretizar essa visão.

E são essas notícias que recolhemos para si. Não as produzimos, embora possamos comentá-las, por vezes. Seleccionamos o melhor do que é Ser Humano. O mundo pode ser, de facto, um lugar melhor.

Basta que o Outro, em nós, desperte.
Um terço das crianças passa mais de nove horas por dia em infantários

"Quase um terço das crianças portuguesas passa mais de nove horas por dia nas creches, sendo que a esmagadora maioria ocupa parte desse tempo a ver televisão em jardins de infância, indica um estudo feito pela DECO e publicado na revista Proteste.
Mesmo com 32 por cento das crianças a passarem mais de nove horas em creches, 27 por cento dos pais com filhos entre um e dois anos e dez por cento com crianças em jardins de infância indicaram que gostariam que as instituições abram ao sábado.
Neste inquérito, que contou com 2884 questionários, 90 por cento das crianças entre os três e os cinco anos ocupa parte do seu tempo a ver televisão nos jardins de infância e para 42 por cento esta rotina é diária.
Já nas creches, 73 por cento das crianças vêem televisão e tal acontece quase todos os dias para metade, concluiu este estudo, que revela que é nas creches portuguesas que as crianças mais vêem televisão, se forem tomados em conta apenas os números na Bélgica, Itália e Espanha.
O período mais frequente de estar em frente do ecrã prolonga-se até uma hora, muito embora, 36 e 42 por cento dos inquiridos tenha dito que desconhece o tempo que os seus filhos ficam a ver televisão." - fonte TSF - 25-02-2010 http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1504401

Casa-trabalho-casa, as crianças têm cada vez menos tempo de qualidade com os pais, nos infantários a televisão é solução para as manter ocupadas e caladas. Que futuro para esta geração, longe de afectos, de carinho, de uma Educação com valores. Que futuro, para estas crianças que chegam a casa saturadas, stressadas, carentes da atenção de quem supostamente existe para os proteger. As medidas que o governo adoptou de horários das 7.30 às 19.30 em infantários e escolas não promove afectos nem diálogo. Promove o trabalho e a "desculpa" de que trabalhamos muito porque precisamos, para dar mais e melhores condições de vida... Conforto e bens materiais não substituem carinho, atenção, brincadeiras partilhadas, valores e educação.

"...português, na sua plena forma brasileira"

"Claro que sou cristão; e outra coisas, por exemplo budista, o que é, para tantos, ser ateísta; ou, outro exemplo, pagão. O que, tudo junto, dá português, na sua plena forma brasileira"

- Agostinho da Silva, Pensamento à Solta, in Textos e Ensaios Filosóficos II, p. 175.

3º Forum Nacional de Saúde

Vai acontecer o 3º Forum Nacional de Saúde (8 e 9 de Março, em Lisboa), no qual julgo ser pertinente participarmos. Bom mesmo seria fazermos parte do corpo comunicativo, no entanto julgo que, apesar do programa ser provisório, dada a próximidade do evento, isso será difícil. Mas... não custa tentar!

De qualquer forma, eu irei participar enquanto espectadora, no contexto da minha actividade profissional. Convido quem mais tiver possibilidade, a juntar-se a mim. Penso que poderemos retirar de lá algumas importantes informações, assim como contribuir para o enriquecimento do debate que eventualmente possa ser aberto ao público.

Aqui vai o link. As inscrições são on-line e gratuitas.

http://portal.arsnorte.min-saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte/Conte%C3%BAdos/Not%C3%ADcias/3%C2%BA%20F%C3%B3rum%20Nacional%20de%20Sa%C3%BAde%20-%20para%20um%20futuro%20com%20sa%C3%BAde

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Diabetes Therapy - Exercise:

Taijiquan and Qigong

Links, Bibliography, Quotes, Notes


http://www.egreenway.com/taichichuan/diabetcc.htm

Eric Topol: The wireless future of medicine | Video on TED.com

Eric Topol: The wireless future of medicine Video on TED.com

"A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo"

– Agostinho da Silva, "Cortina 1" (inédito).

"A Verdadeira Coragem Humana"



"Se estás disposto a nunca usar da violência, e sempre resistindo, torna-te forte de corpo e de alma; é a mais difícil de todas as atitudes; exige a constante vigilância de todos os movimentos do espírito, o domínio completo de todos os impulsos dos nervos e dos músculos rebeldes; a agressão é fácil contra o medo e também a primeira solução; para que, em todos os instantes, a possas pôr de lado e substituí-la pela tranquila recusa, não te deves fiar nos improvisos; a armadura de que te revestes nos momentos de crise é forjada dia a dia e antes deles; faz-se de meditação e de ginástica, de pensamento definido e preciso e de perfeitos comandos; quando menos se prevê surge o instante da decisão; rápida e firme, sem emoções ou sufocando-as, tem que trabalhar a máquina formada.


Que trabalhar, sobretudo, humanamente; a visão do autómato é a pior de todas para os amigos do espírito; não serão teus elementos nem a secura, nem a estóica dureza, nem o ar superior, nem as cortantes palavras; requere-se no inabalável a humanidade, o sorriso afectuoso, a íntima bondade, a desportiva calma, amiga do adversário, de quem joga um bom jogo; sozinho guardarás as lutas interiores que tens de suportar, a batalha contínua para impores o silêncio aos instintos de ataque e da vingança; será tua boa auxiliar a pele dura e uma carne que, domada, suporte, sem revolta, as provações e os trabalhos; o óleo do ginásio ajuda Marco Aurélio; quem se adivinha senhor de si melhor resistirá sem violência a tudo o que inventou a real fraqueza do contrário; e só tem que se guardar dos perigos da altivez e do desprezo."

Agostinho da Silva, in 'Considerações e Outros Textos'
Imagem: Magritte, The Pleasure Principle

Assim se mente lusofonamente: que vergonha, Ramos-Horta!

É triste ver como um Prémio Nobel da Paz, Presidente de uma nação outrora ocupada e oprimida, que moveu a solidariedade internacional, se torna conivente com a invasão chinesa do Tibete, ao ponto de mentir descaradamente, negando todos os factos históricos... A China tudo compra, até as consciências! São estas colunas vergadas os representantes da lusofonia!?...

Ontem por Timor, hoje pelo Tibete!


....


"O presidente de Timor-Leste e Nobel da Paz José Ramos-Horta disse hoje que a principal virtude de Dalai Lama é ser contra qualquer ato de violência no Tibete, mas que a admiração por ele não retira a legitimidade da soberania chinesa.

Nas vésperas da passagem dos 70 anos sobre a entronização do Dalai Lama, Ramos-Horta recusa qualquer comparação da situação no Tibete com o seu país, afirmando que “quer a questão do Tibete, quer a questão de Taiwan, são territórios chineses sobre os quais a China sempre teve soberania histórica ao longo de séculos”.

“Factos internos que hoje ocorrem nas províncias chinesas do Tibete ou de Taiwan, que têm a ver com reivindicações de um grupo ou outro, não podem afetar a soberania da China nessas duas províncias”, comenta.

Afirmando que “a admiração que muitos milhões de pessoas pelo mundo nutrem pelo Dalai Lama, enquanto líder espiritual budista, não retira legitimidade à soberania chinesa em relação ao Tibete, tal como a Taiwan”, o Presidente timorense vinca que a posição de Timor-Leste como Estado é “absolutamente clara” nas duas questões.

“Timor-Leste prossegue a política de uma China indivisível com o governo em Pequim. A China é um mosaico de grupos étnicos e o facto de num país existir um grupo com uma cultura distinta não quer dizer que por isso tenha de ser independente”, diz.

O Presidente de Timor-Leste sustenta que nem a independência do Tibete é uma pretensão do Dalai Lama: “Ele não quer a independência do Tibete. Defende apenas alguma autonomia limitada no plano cultural e religioso”.

“Essas reivindicações devem ser discutidas com as autoridades chinesas e tem havido enviados especiais do Dalai Lama a Pequim, por diversas vezes, para tentar encontrar um acordo que possa satisfazer as aspirações do Dalai Lama, no tocante a essa questão restrita que é a autonomia cultural e religiosa, dentro da República Popular da China”, refere.

Sobre a personalidade do líder espiritual tibetano, Ramos-Horta diz ser “uma pessoa extremamente simpática, que nutre pela China uma enorme admiração e afeição”.

“Creio que a grande virtude do Dalai Lama, reconhecida pela comunidade internacional e que a própria China reconhece, será o facto de que ele se opõe à separação do Tibete da China e a todo e qualquer ato de violência no Tibete. Ele quer a vivência totalmente pacífica entre a minoria tibetana e a maioria de todos os outros grupos que vivem no Tibete”, conclui".

Publicado em:
umoutroportugal.blogspot.com

Granja, uma nova moeda local

Troca de bens e serviços como novo sistema
Primeira mercearia solidária do país abriu ontem na Granja do Ulmeiro

Artigo do Jornal de Notícias

A mercearia solidária inaugurada ontem, sábado, na Granja do Ulmeiro, Soure, pretende criar um novo sistema financeiro, no qual pessoas que não tenham acesso a bens os possam ter por troca com outros produtos. As trocas são mediadas por uma moeda social.

"Muitas senhoras daqui alguma vez pensaram ir à cabeleireira ou fazer uma limpeza de pele? Nunca, até porque são pessoas sem grandes meios que vivem da agricultura", explica Teresa Cunha, presidente da Acção para a Justiça e Paz (entidade promotora da iniciativa). No entanto, prossegue, "este sistema dá acesso a isso, e em contrapartida, dentro do mercado, essas senhoras arranjam produtos hortícolas, ou rendas, por exemplo".

Os produtos cedidos à mercearia solidária são mediados por uma moedas social, as "granjas", atribuídas a cada objecto. À entrada é possível ver a tabela de valores: um blusão custa 10 granjas, umas calças cinco, vinagre, sal, chá ou cereais duas. "Cada coisa que a pessoa põe ao serviço da comunidade é traduzido num valor de moeda. E com esse valor vai comprar outra coisa que tenha necessidade", afirma Teresa Cunha. A troca pode também ser feita em serviços, como cuidados médicos básicos ou até mesmo companhia.

Moradoras gostam

Julieta Rente e Amélia Castanheira são domésticas e vivem na Granja do Ulmeiro. Ontem, na inauguração da mercearia solidária, levaram sacos de laranjas e limões, sem precisarem a quantidade. "Era o que tínhamos e trouxemos", contam. O dia de ontem foi passado a ver o que havia no espaço (na sede da Acção para a Justiça e Paz). "Vamos ver o que é que há aqui e o que podemos trocar", explica Julieta Rente, satisfeita com a ideia. "É inovadora e esperemos que dê resultado".

Noutra sala, ao lado do espaço da mercearia, encontra-se Piombina Aleixo, reformada de 72 anos. "Hoje ainda não trouxe nada, foi só para conhecer. Mas tenho lá em casa bens alimentícios, uns feitos por mim e outros vindos da agricultura, que conto trazer", assegura. O que procura ainda não sabe, mas o que já tem na sede da instituição não tem valor nem em moeda social. "Companhia e amizade. Comprado já não é muito bom", graceja. Piombina considera o projecto da mercearia solidária "belíssimo" e um bom motivo para sair de casa.

Projecto pioneiro

A mercearia solidária da Granja do Ulmeiro é, segundo as responsáveis da Acção pela Justiça e Paz, a primeira do género em Portugal. "Há outro tipo de comércio social no país, mas nestes moldes é o primeiro", explica Teresa Cunha. A instituição tem também colaborado com iniciativas semelhantes, como em São Brás de Alportel, no Algarve. "Há muitas iniciativas de mercado solidário abaixo do Tejo, normalmente em zonas mais rurais, e em que a população tem menos recursos financeiros", justifica.

A iniciativa é apoiada por alguns parceiros locais, como a Junta de Freguesia da Granja do Ulmeiro e a Câmara Municipal de Soure, e por entidades privadas, como a Fundação EDP e os supermercados Lidl e Pingo Doce. O presidente da Junta de Freguesia da Granja do Ulmeiro, António César Gomes, mostra-se esperançado no sucesso do projecto. "Podem contar connosco para estas iniciativas, no que pudermos fazer", revela.

Notícia do Jornal de Notícias - 21 Fevereiro 2010 - link
Secção: País - Coimbra - Soure

Autor: JOÃO PEDRO CAMPOS

Terence McKenna: Culture is not your friend

Discurso "disruptivo" mas (na minha opinião) bastante constructivo na perspectiva Humana da existência:

"O problema dos políticos é o de mudarem o governo: o meu é o de mudar o Estado"

O problema dos políticos é o de mudarem o governo: o meu é o de mudar o Estado. Contam eles com o voto ou a revolução. Conto eu com o curso da História e a minha vocação e o meu esforço de estar para além dela

– Agostinho da Silva, "Cortina 1" (inédito).

Story of Stuff

"A primeira condição para libertar os outros é libertar-se a si próprio"



"A primeira condição para libertar os outros é libertar-se a si próprio; quem apareça manchado de superstição ou de fanatismo ou incapaz de separar e distinguir ou dominado por sentimentos e impulsos, não o tomarei eu como guia do povo; antes de tudo uma clara inteligência, eternamente crítica, senhora do mundo e destruidora das esfinges; […]
Hei-de vê-lo depois despido de egoísmos, atento somente aos motivos gerais; o seu bem será sempre o bem alheio; terá como inferior o que se deleita na alegria pessoal e não põe sobre tudo o serviço dos outros; à sua felicidade nada falta senão a felicidade de todos; esquecido de si, batalhará, enquanto lhe restar um alento, para destruir a ignorância e a miséria que impedem seus irmãos de percorrer a ampla estrada em que ele marcha.
Nenhuma vontade de domínio; mandar é do mundo de aparências, tornar melhor de um sólido universo de verdades; […]
Será grato aos contrários, mesmo aos que vêm armados da calúnia e da injúria; compassivo da inferioridade que demonstram fará tudo que puder para que melhorem e se elevem; responderá à mentira com a verdade e ao ódio com o bem; tenazmente se recusará a entrar nos caminhos tortuosos; se o conseguirem abater, tocará com humildade a terra a que o lançaram, descobrirá sempre que do seu lado esteve o erro e de novo terá forças para a luta; e se o aplaudirem pense logo que houve um erro também"
- Agostinho da Silva, “Quanto aos noviços”, Considerações [1944], in Textos e Ensaios Filosóficos I, pp. 119-120.

Bondade e Compaixão

http://www.orion.med.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=484:bondadecompaixao&catid=39:espiritualidade&Itemid=184

Escrito por Dalai Lama
http://www.orion.med.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=38:budismo&catid=28:orion1&Itemid=28

...1. Conduta ética


1.1 Palavra correta: abstenção de mentiras, calúnias, difamações, de todas as palavras que poderiam levar ao ódio, inimizade, desunião e desarmonia, procurando-se sempre uma linguagem que implique em honestidade, verdade, paz, carinho, cortesia, utilidade e sensibilidade. “Quando não se tem nada de útil a dizer, deve-se guardar o nobre silêncio”...

Renascimento do Jornal Milénio com amplo destaque dado ao Manifesto Refundar Portugal / Movimento Outro Portugal



O Jornal Holístico Milénio renasceu no dia 14 de Fevereiro com uma forma mais actualizada e apelativa. Convido-vos a visitarem-no em http://jornalmilenio.com e a deixarem a vossa opinião. Todos são convidados para deixarem os seus artigos ou reencaminharem noticias que considerem relevantes com vista a uma maior consciência colectiva.

Luís Resina

......

Agradeço ao Luís Resina o amplo destaque que dá no Jornal Milénio ao Manifesto Refundar Portugal / Movimento Outro Portugal.

Actualização dos grupos de trabalho com contactos

Temos mais três membros: Helena Caetano (Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com, Grupos Política e Educação), Sérgio Mago (sergio[at]sergiomago.com, Lusofonia) e Celine Jacinto Rodrigues (celinejacinto[at]gmail.com, Saúde)

Grupo 1 – Comunicação
Ana Paula Germano
Ana Proença (apoio logístico a eventos) (mcunmani[at]gmail.com)
Ana Sofia Costa (asofcosta[at]sapo.pt)
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Cristina Cabral (cristina-cabral2009[at]hotmail.com)
Helena Andrade (lenandrade555{at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Sílvia Neto (sillnett[at]gmail.com)
Sofia Costa Madeira (coordenadora) (sofiacmadeira[at]gmail.com 
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)

Grupo 2 – Reconhecimento constitucional da senciência dos animais
Ilda Castro (coordenadora) (castro.ilda[at]gmail.com)
Marlene Dias (marl.ene[at]hotmail.com)
Pedro Sena (coordenador) (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Pedro Taborda de Oliveira (plstno[at]yahoo.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Rute Pinheiro (pinheirorute[at]sapo.pt)
Vera Fonseca (vera.ff[at]gmail.com)

Grupo 3 - Economia/Energias alternativas
Carlos Ramos (coordenador) (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
João Alves Aguiar (joao.alves.aguiar[at]ist.utl.pt)
João Bolila (jbolila[at]gmail.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)

Grupo 4 – Ecologia
Ilda Castro (castro.ilda[at]gmail.com)
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rui Almeida (coordenador) (mepc[at]sapo.pt)

Grupo 5 - Política
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Carlos Ramos (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
David Amaral (coordenador) (david2002[at]sapo.pt)
Ethel Feldman (ethel.feldman[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Maria de Lourdes Alvarez (maria.lourd.alvarez[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rita Uva (ritasuva[at]gmail.com)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)

Grupo 6 - Educação e Cultura
Aldora Amaral (amaralaldora[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Cristina Moura
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Duarte Soares (duarte.soares[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Gil (fernanda.gil[at]gmail.com)
Fernando Emídio (fernandoemidio[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
Helena Carla Gonçalo Ferreira
Henrique Areias (henriqueareias[at]hotmail.com)
Joana dos Espíritos
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Luís Santos (lcsantos[at]netcabo.pt)
Manuel Fúria
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Paulo Feitais (coordenador) (paulofeitais[at]gmail.com)
Teresa Petrini Reis (theresapetrini[at]gmail.com)
Zé Leonel

Grupo 7 - Saúde
Ana Paula Germano
Carlos Gonçalves (carloshomeopata[at]hotmail.com)
Celine Jacinto Rodrigues (celinejacinto[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Vaz (sintra[at]portugraal.net)
Helena Andrade (lenandrade555[at]gmail.com)
Maria da Conceição Pinho
Paulo Antunes (buenoantunes[at]gmail.com)
Paulo Ribeiro (sintra[at]portugraal.net)
Yara-Cléo Bueno (coordenadora) (yaradoulacleo[at]ymail.com)

Grupo 8 - Portugal, Lusofonia, diálogo entre culturas e religiões 
Ana Filipa Teles (filipateles[at]hotmail.com)
Cristina Moura
Dirk Hennrich (Dirk.Hennrich[at]gmx.ch)
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Moysés Gurgel (moyses.gurgel[at]gmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (coordenador) (pauloaeborges[at]gmail.com)
Rui Lopo (rui.lopo[at]gmail.com)
Sérgio Mago (sergio[at]sergiomago.com)

Paulo Borges (coordenação geral) (pauloaeborges[at]gmail.com)

Nota: nos emails a @ foi substituída por [at] para evitar o spam.

Felicitações e gratidão

Caras Amigas e Amigos

Venho expressar as minhas felicitações e profunda gratidão pelo óptimo trabalho e excelentes textos que os vários grupos de trabalho estão a apresentar, pedindo-vos desculpa pela minha ausência, devida a múltiplos trabalhos inadiáveis e à recta dinal da revista ENTRE.

Peço a todos que vão pensando na melhor forma de, uma vez concluído o documento conjunto, com todas as propostas, darmos continuidade a este projecto, que continua a suscitar a adesão e o entusiasmo de muitas pessoas.

Saudações Amigas

Paulo Borges
«A finalidade da vida é a definição da existência. E digo finalidade, porque todo o esforço da Natureza se dirigiu e dirige num sentido humano ou consciente». (Pascoaes, O Homem Universal)

Creio que as propostas apresentadas, tais como as do grupo a que pertenço, convergem para a necessidade de efectuar uma humanização transversal na sociedade actual, que tenha um real impacto em todos os seus agentes. Por humanizar, exclui-se toda e qualquer forma de aniquilação ou supressão do que é diferente (seja na raça, classe, género e até espécie). Humanizar implica que configuremos e incorporemos uma real expressão do que está contido em nós, e o distendamos através de nós e dos outros. Afinal, os poetas, filósofos são mais pragmáticos do que lhes é reconhecido. Possuem um pragmatismo simultaneamente incendiário e apurado, incisivo.

Teach every child about food: Jamie Oliver's TED Prize wish

Para uma mudança de paradigma social é fundamental uma mudança de paradigma alimentar - somos, essencialmente, "aquilo que comemos". A grande maioria das doenças actuais são perfeitamente evitáveis, e o próprio funcionamento intelectual, índices de felicidade, etc, melhoram com uma boa alimentação.

Acho fundamental este tema ser trabalhado por um dos grupos - sendo que naturalmente é uma temática transversal a todos, economia, saúde, educação. Na minha perspectiva, e uma vez que frutos frescos e locais acabam por ser as melhores fontes de nutrientes e vitaminas, este novo paradigma enquadra-se na lógica comunitária da sustentabilidade e auto-suficiência em geral. Organização e maior empowerment regionais, cooperação em vez de competição, empreendorismo social, etc etc.

Exemplo:

Documento Final do Grupo da Saúde

HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE NO PRINCÍPIO, MEIO E FIM

Pretendemos associar a todos os aspectos da saúde em Portugal, o Princípio Ético da Humanização no Princípio, Meio e Fim.


No princípio, meio e fim da relação com a pessoa (doente ou não)

Em todos serviços do SNS deve ser mantido e reforçado o actual esforço de humanizar a relação com o utente, desde o momento que entra no serviço de saúde até ao momento em que deixa de usufruir do mesmo. Propomos o reforço da formação sobre as boas práticas de atendimento ao público (na vertente administrativa) e o reforço das competências na relação empática e compreensiva com o sofrimento e vivência do utente (na vertente assistencial), valorizando-se as componentes psicológicas do ser doente e do adoecer.


No princípio, meio e fim da vida.


Com o intuito de fomentar o princípio ético de humanizar no princípio, propomos que se incentive a adopção das recomendações preconizadas pela OMS relativamente à assistência no parto normal em gravidez de baixo risco (ver anexo 1). Nestas recomendações, como se pode ver, salientam-se um conjunto de condutas ainda bastante praticadas em Hospitais e Maternidades, assim como outras que, apesar de muito recomendáveis, raras vezes são empreendidas ou tidas em conta nos locais tradicionais de atendimento ao parto, como são o Plano de Parto que a mulher elaborou, de forma consciente e informada, a privacidade no momento do parto, a possibilidade de recorrer a formas alternativas de alívio da dor (massagem e outras técnicas não invasivas e não medicamentosas), a liberdade de movimentar-se durante o parto e assumir posições mais favoráveis à fisiologia do parto, o recurso não rotineiro de episiotomia, o contacto pele a pele do bebé com a mãe imediatamente depois do parto, com apoio à primeira amamentação, o corte do cordão umbilical apenas quando não apresentar mais pulsação, etc.

Deverão ser incentivadas práticas diferenciadas e alternativas, complementarmente às tradicionalmente protocoladas, no apoio e atendimento da mulher grávida e em trabalho de parto. Como exemplo desta humanização no princípio, propomos as experiências de partos acompanhados por Doulas, de partos domiciliares supervisionados por Enfermeiros Obstetras e dos trabalhos realizados por Casas de Partos (ver anexo 2). Neste sentido, é fundamental criar debate público em torno destas temáticas, tornando-as como possibilidades reais e socialmente aceites, para todas as mulheres que pretendam optar por formas mais naturais de parto.

Propomos o incentivo e apoio efectivo na amamentação, de acordo com o que é defendido pela OMS e UNICEF para todas as crianças do mundo. Neste sentido, é importante fazer valer os objectivos estabelecidos pelo Código Internacional de Marketing para os substitutos do Aleitamento Materno (em anexo 3), assinado por Portugal, promovendo mecanismos mais eficientes para a fiscalização do Decreto-Lei nº 115/93 (em anexo 4).

Reforçar as competências dos técnicos que acompanham grávidas e mulheres que amamentam, através de acções de formação ministradas por Consultores em Aleitamento Materno (IBCLCs), à semelhança do que acontece noutros países como Inglaterra, Estados Unidos da América, Austrália, entre outros (ver anexo 5).

Alertar a população não só para os benefícios da amamentação prolongada, como também dos perigos reais da alimentação com substitutos de Leite Materno (em anexo 6).

Ao promover a humanização no princípio, potenciamos um desenvolvimento físico e emocional equilibrado para as crianças em crescimento, os adultos do amanhã.

A saúde deve andar de mãos dadas com a educação. O desenvolvimento de programas de educação que visem o florescimento do mundo interior das crianças, equilibrado, através da aprendizagem de competências emocionais e sociais (em anexo 7). O treino da inteligência emocional, e social, pode fazer parte dos programas escolares, pelo recurso a técnicas contemplativas que estimulam a atenção, concentração, e humanização da relação com o outro. Crianças mais saudáveis, em sintonia com o seu corpo, mente, e com o ambiente e pessoas que as rodeiam, vão promover um adulto consciente da sua condição interdependente. A consciência desta condição natural é uma força motriz básica do desenvolvimento social e civilizacional, e uma mais valia em termos económicos para qualquer nação.
Promover a saúde, pelo incentivo a mudanças de comportamentos alimentares, especialmente no seio familiar, e instituições que formam crianças, demonstrando as virtudes e benefícios físicos, ecológicos, e económicos da alimentação vegetariana e macrobiótica, mesmo que em regime parcial em associação à alimentação mediterrânica, e do consumo de alimentos de produção biológica.

Com o intuito de fomentar o princípio ético de humanizar no meio, propomos a difusão e incentivo ao recurso a técnicas terapêuticas alternativas com reconhecido mérito na prevenção de patologias diversas, e da morbilidade associada às mesmas.

Propomos o incentivo, nas comunidades, da replicação de projectos pioneiros, que fazem uso destas técnicas não convencionais, que são tradicionais e milenares noutras culturas. No trabalho com pessoas das mais variadas idades, e nos mais diversos contextos sociais (escolas, juntas de freguesia, postos de trabalho, centros de dia, prisões, bairros “problemáticos”, etc.), Meditação, Yoga, Tai Chi Chuan, Chi Kung, Massagem Terapêutica e Reiki, entre outras, podem ser úteis, tendo sido verificado como resultado da sua aplicação, uma melhoria significativa em crianças com dificuldades de atenção e concentração, em doentes com dor crónica, em doentes hospitalizados e na população em geral, sendo actualmente oferecidas como experiências potenciadoras da saúde e do equilíbrio bio-psico-social (em anexo 8).

Para agilizar a difusão destas experiências, propomos a rápida regulamentação da Lei 45/2003 (anexo 9), que define inclusão das medicinas e terapias alternativas no Sistema Nacional de Saúde. Esta lei tem sido usada como modelo para diversos países europeus, que já a colocaram em prática com sucesso, o que demonstra sua pertinência para a saúde pública, e o motivo porque deve ser implementada em Portugal. Naturalmente, o facto desta lei não ter sido regulamentada, dificulta que os benefícios da utilização de medicinas e terapias alternativas se alarguem à população em geral. Sabemos, que o recurso a medicinas alternativas reconhecidas cientificamente tem não só inúmeros e comprovados benefícios para a saúde individual de quem a elas recorre, mas também um assinalável benefício económico para o país.

E, humanizar no fim, ao promover boas práticas no modo como se entende e cuida da qualidade de vida no fim da mesma, desenvolvendo acções que modifiquem a visão social instituída sobre o envelhecimento e a morte, fomentando uma visão alternativa para que estas sejam encaradas como parte do processo natural que é a vida.

Propomos a difusão do conceito de envelhecimento activo. Urge desenvolver o Plano Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas (PNSPI) – que se fundamenta nos princípios postulados pela ONU, de independência, participação, auto-realização e dignidade do idoso – e que adianta como prioridades de intervenção:

1. Promoção de um envelhecimento activo;
2. Adequação de cuidados de saúde às necessidades próprias do idoso; e
3. Desenvolvimento de ambientes favoráveis à autonomia e independência das pessoas idosas.

Propomos o incentivo ao aumento de número de UTIS (Universidades da Terceira Idade) espaço privilegiado de inserção e participação social dos mais velhos, onde, através das várias actividades desenvolvidas (aulas, visitas, oficinas, blogs, revistas e jornais, grupos de música ou teatro, voluntariado, etc) os seniores se sentem úteis, activos e participativos: “ Saúde no jovem, obra da Natureza, saúde no idoso, obra de arte!” Hérmogenes.

O acompanhamento das pessoas em fim de vida e das suas famílias, em unidades de saúde próprias para o efeito e, principalmente, no domicílio deverá ser proporcionado a todos os que dele necessitem. Proporcionar serenidade, cuidados médicos e de enfermagem de carácter paliativo, promovendo qualidade e conforto no fim da vida e dignidade na morte deverá ser um imperativo (anexo 10).
Concluímos assim que o empreendimento de acções que promovam a Humanização da Saúde em Portugal, nos moldes descritos, trará inestimáveis benefícios para a população portuguesa, através de um aumento da qualidade de vida e de uma diminuição do número e da gravidade das doenças.

Aumentar o leque de recursos disponíveis para a prevenção e tratamento da doença, proporciona uma diminuição na procura de consultas dos centros de saúde e hospitais, uma diminuição no uso de medicamentos e um menor índice de práticas cirúrgicas.
Traduz-se num país mais rico no corpo e mente de cada cidadão e em cidadãos mais empenhados e participativos na edificação do país.



DOCUMENTAÇÃO, ANEXOS, E EXEMPLOS DE PRÁTICAS REALISTICAMENTE INSPIRADORAS

Humanizar no princípio:

ANEXO 1
Guia Prático Para a Assistência ao Parto Normal: OMS

A categorização destas condutas, encontra-se no capítulo 6 do Guia Prático para a Assistência ao Parto Normal, e foram elaboradas, em sequência da reflexão do Grupo de Trabalho da OMS para o Parto Normal, após análise e debate das melhores práticas, tendo em conta as evidências existentes, no momento da sua elaboração. No guia encontram-se os fundamentos para cada uma das condutas mencionadas. Resumo:

A) Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas
1. Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação, e comunicado a seu marido/companheiro e, se aplicável, a sua família.
2. Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto.
3. Não utilizar métodos invasivos nem métodos farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento.
4. Liberdade de posição e movimento durante o trabalho do parto.
5. Realizar precocemente contacto pele a pele, entre mãe e filho, dando apoio ao início da amamentação na primeira hora do pós-parto, conforme directrizes da OMS sobre o aleitamento materno.

B) Condutas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas
1. Uso rotineiro de enema (clister).
2. Uso rotineiro de raspagem dos pelos púbicos.
3. Infusão intravenosa rotineira em trabalho de parto.
4. Uso rotineiro da posição supina (deitada) durante o trabalho de parto.
5. Administração de ocitócicos a qualquer hora antes do parto, de tal modo que o efeito delas não possa ser controlado.

C) Condutas utilizadas com insuficientes evidências que apoiem a sua clara recomendação e que devem ser utilizadas com precaução até a conclusão de novos estudos
1. Uso rotineiro de amniotomia precoce (romper a bolsa de água) durante o início do trabalho de parto.
2. Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto e parto.
3. Manipulação activa do feto no momento de nascimento.
4. Utilização de ocitocina rotineira, tracção controlada do cordão ou combinação de ambas durante a dequitação (expulsão da placenta).
5. Clampeamento precoce do cordão umbilical.

D) Condutas frequentemente utilizadas de forma inapropriada
1. Exames vaginais frequentes e repetidos especialmente por mais de um prestador de serviços.
2. Cateterização da bexiga.
3. Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a própria mulher sinta o puxo involuntário.
4. Parto operatório (cesariana).
5. Uso liberal ou rotineiro de episiotomia.”

ANEXO 2
http://www.youtube.com/watch?v=fML3pgZQVg0&NR=1&feature=fvwp
http://www.cmaj.ca/cgi/content/abstract/181/6-7/377?ijkey=2589c001ccbdbd59d84f30f21ef0839a0552a033&keytype2=tf_ipsecsha
http://www.youtube.com/watch?v=ndlrJ3JIjEE

ANEXO 3
http://www.ordemenfermeiros.pt/index.php?view=newsletter:View&zepp_obj_id=116&site=yes

ANEXO 4
http://pt.legislacao.org/primeira-serie/decreto-lei-n-o-115-93-lactentes-formulas-saude-produto-114285

ANEXO 5
http://www.ilca.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=1
www.iblce.org
http://www.iblce.org/professional-standards
http://www.iblce.org/upload/downloads/ScopeOfPracticeMarch2008.pdf

ANEXO 6
http://www.ibfan.org/portuguese/gateportugues.html http://www.ibfan.org/portuguese/issue/overview01-po.html#2 http://www.infactcanada.ca/about.htm http://www.babymilkaction.org/

ANEXO 7
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1077760-5603,00-

Humanizar no meio:

ANEXO 8
http://www.casel.org/
http://www.innerresilience-tidescenter.org/
http://www.lindalantieri.org/about.htm
http://www.redesparalaciencia.com/1799/redes/2009/redes-50-meditacion-y-aprendizaje
TAI+CHI+CHUAN+E+ESPERANCA+COMO+TERAPIA+PARA+O+DERRAME+CEREBRAL.html

ANEXO 9
http://www.imt.pt/lei_medicina_452003.php

Humanizar no fim:

ANEXO 10
http://www.amara.pt/amara/apresentacao.php
http://www.apcp.com.pt/
http://www.rutis.org/cgi-bin/reservado/scripts/command.cgi/?naction=4&mn=EkpFuVZlEynEumlwll

EXTRA
Relatório de Saúde OMS 2008

http://www.almamix.pt/index.php?view=article&catid=37%3Avideos-de-medicina&id=298%3Aoms-relatorio-de-saude-2008&option=com_content&Itemid=117

Jornal Holístico Milénio

A pedido do membro Luìs Resina, venho divulgar o seguinte:

O Jornal Holístico Milénio renasceu no dia 14 de Fevereiro com uma forma mais actualizada e apelativa. O Luís Resina convida-vos a visitarem-no em http://jornalmilenio.com e a deixarem a vossa opinião.

Grupo Comunicação: Contribuição para o documento final de apresentação de Outro Portugal

Apresento em baixo o documento final com a contribuição dos membros para a apresentação de Outro Portugal.

Grupo Comunicação: Outra Comunicação

A comunicação é tão antiga quanto a própria vida, é algo inato à própria vida. Trocar incessamentemente partículas com o mundo exterior (Hubert Reeves, in Poeira de Estrelas). Assim começou a comunicação. Foi com a comunicação enquanto troca e simbiose que os organismos unicelulares evoluiram para plantas e animais. Nem todos o sabem ou reflectem sobre isto, mas um corpo humano é, na realidade, um aglomerado de seres vivos, microorganismos, bactérias e outros, que vivem simbioticamente. Ou seja, não somos Um, nem mesmo fisicamente. Cada um de nós é uma multidão.
Todos os seres vivos utilizam a comunicação para sobreviver. E, muitas vezes, para sobreviver, manipulando. Quando uma flor abre e exala aroma e esplendorosamente refecte a luz em cores maravilhosas, atraindo os polinizadores, está a comunicar.
Se pensarmos bem, não há nada que distinga o melhor marketeer do mundo de um vegetal, a esse nível. Também o marketeer comunica para sobreviver. Se necessário, manipulando, se necessário, mesmo enganando, como uma planta carnívora, por exemplo.
Na sua incessante busca por aquilo que distingue o ser humano dos outros animais, os cientistas ainda não conseguiram encontrar ou definir uma verdadeira diferença. Tudo o que parecia distinguir-nos dos outros primatas, por exemplo, é afinal comum a ambas as espécies. Nós processamos em maior quantidade a informação, mas não em qualidade. Os chimpanzés e os gorilas, tal como nós, desenvolvem estratégias, constroem ferramentas e abrigos, sonham, riem e choram, amam, sentem ciúme, inveja, irritação. Pensou-se em amor e altruísmo. No entanto, os animais também são capazes de sacrificar a sua vida por outros da sua espécie. Talvez o ser humano seja, no entanto, o único capaz de sacrificar a sua vida em prole de uma outra espécie. Quando um grupo de humanos, por exemplo, se coloca entre um arpão industrial e uma baleia, arriscando a própria vida, faz algo que nenhum outro animal ou planta faz. Excepto talvez o cão. Ou outro animal que tenha crescido com um humano. Mesmo assim, quando o fazem, acreditam que estão a defender a sua espécie, a sua matilha. Ou seja, não se trata realmente de altruísmo. Sabemos que não somos capazes de sobreviver sós. Precisamos dos “nossos” para sobreviver.
Utilizando uma análise racional desta e outras formas de altruísmo, um dia os cientistas podem descobrir que se trata de uma deficiência ou evolução genética. Aqueles que se colocam entre o arpão e a baleia, são deficientes ou mais evoluídos? Algo nos seus genes dir-lhes-à que o ecosistema tem de ser preservado a todo o custo, pois precisamos de outros para além da nossa espécie? Mas também pode tratar-se de uma deficiência, pois um dia o ser humano não precisará das outras espécies, nem mesmo do seu planeta ou do sol. Será capaz de produzir o seu próprio alimento a partir de átomos ou moléculas, dominará a fissão nuclear podendo criar as suas próprias estrelas, será capaz de terra-formação, para formar planetas capazes de sustentar a vida humana. Então, será uma deficiência, preocuparmo-nos com as outras espécies? Ou será aquilo que os budistas chamam compaixão e os cristãos amor?
Também o ser humano parece ser o único capaz de comunicar de forma não manipuladora e não egoísta, quando a todo o custo tenta preservar o conhecimento adquirido para as gerações futuras, já desde as pinturas rupestres. No entanto, a maior parte das vezes, comunica de forma vegetal, com o intuito único da sobrevivência.
No Movimento Outro Portugal, o grupo Comunicação propõe-se reflectir sobre este tema, propõe-se assegurar uma comunicação dentro e fora do grupo que seja uma troca, sim, mas não com o intuito de sobreviver, ou seja, meramente crescer e multiplicar-se, manipulando ou enganando, mas tendo em vista a partilha de informação, a preservação do conhecimento para as gerações futuras, a busca de alternativas que tragam uma maior felicidade e alegria a todos os seres humanos e todos os outros seres vivos no nosso planeta.
Nos últimos trinta anos houve uma mudança radical na forma como a nossa sociedade comunica. Houve uma democratização e globalização das fontes de informação e o acesso às mesmas. Actualmente, qualquer um de nós pode ser jornalista por um dia, ao filmar por exemplo uma situação de abuso com o seu telefone celular e colocar no YouTube ou nas redes sociais. A informação deixou de estar concentrada nos OCS's.
Por outro lado, nem sempre é possível verificar de forma fidedigna a informação que chega até nós, o que por vezes dá origem ao aparecimento de noticias ou acontecimentos fabricados, muitas vezes criados por grupos de pressão ou lobbys, para criar uma realidade que nem sempre é verdadeira.
A quantidade de informação a que temos acesso nem sempre corresponde à qualidade. Corremos o risco de obter um conhecimento superficial sobre muitos factos, sem aprofundarmos verdadeiramente nenhum deles.
O mesmo se passa com a comunicação ao nível inter-pessoal, ao comunicarmos muitas vezes telegraficamente ou com ícones para demonstrarmos os nossos pensamentos, passamos a ter um intermediário entre o emissor e o destinatário: o telefone celular ou o pc. A rapidez da comunicação aumentou, mas tal não significa que tenha aumentado a percepção e a recepção perfeita da mensagem.
O problema ou o obstáculo da comunicação entre seres humanos é nunca podermos apreender na totalidade a mensagem em todos os seus angulos: sensorial ou mental.
A um nível mais lato, a mensagem que chega até nós através dos orgãos de comunicação social, já vem filtrada pelos chamados "gate keepers", há um alinhamento de noticias que é decidido com o objectivo de "dar ao espectador aquilo que ele quer ver" ou, se quisermos, de "informar o público". Com os casos mais recentes de jornalistas que viram censurada a sua opinião, sabemos que nem sempre a realidade é assim. As agências de comunicação, desempenham cada vez mais o papel de intermediários entre os media e as empresas ou os partidos politicos. E muitas vezes o público tem acesso a apenas um angulo ou perspectiva da história. Aconteceu nos EUA na altura do presidente Bush, em que a Fox News foi praticamente veiculo de propaganda do governo.
Num Outro Portugal, a comunicação é o eixo principal, a base de tudo. Haver um equilibrio entre a comunicação virtual e a comunicação presencial em casa ou entre amigos. Olhos nos olhos. Cada vez mais falamos quase 24 horas por dia, sete dias por semana, cada vez com mais pessoas. Onde fica a qualidade e a profundidade da comunicação?
É importante chegar a uma proposta de comunicação saudável e não abusiva e invasiva como a que vivemos actualmente. Uma das questões sobre a qual temos de reflectir é: como propor isso a um nível nacional. Será que as pessoas querem realmente outro tipo de informação e comunicação, ou estão satisfeitas com o que têm... e terão coragem para mudar? Uma das soluções que consideramos interessante e que, como cidadãos, gostaríamos de ter, é um (pelo menos) canal de informação imparcial, cultural e socialmente rico. Falta algo que divulgue o que temos de melhor, um meio de divulgar coisas realmente úteis e construtivas para a população. Faltam programas que estimulem e que informem sobre o que de tão bom temos neste país.
Para além desta reflexão, o grupo da Comunicação tem como missão divulgar a existência do movimento cívico e cultural Outro Portugal, assegurando que o máximo possível de pessoas potencialmente interessadas em colaborar tomem conhecimento do movimento.
Para realizar esta missão, tem como principais tarefas:
- Assegurar uma boa divulgação dos blogs e páginas do Movimento na Internet;
- Manter um jornal online com notícias relevantes para o movimento, que sirva tanto de base de investigação para os membros do Movimento, como de angariação de novos membros, potencialmente interessados e que seja um resultado da reflexão acima mencionada;
- Proceder ao planeamento da comunicação do grupo, listando todas as actividades e cruzando a gestão e objectivos do movimento com as acções de comunicação.
- Propôr formas alternativas de divulgação sem ser via Internet;
- Dar apoio a eventos do Movimento, quer através da presença, quer logisticamente;
- Facilitar a comunicação entre membros do Movimento;
- Facilitar parcerias com outra entidades interessadas.
Os membros da Comunicação comprometem-se a não utilizar métodos manipuladores de comunicação, a divulgar apenas notícias no jornal Outro com fundamento científico e com qualidade e a aconselhar os restantes membros do grupo a tornarem a sua linguagem o mais abrangente possível, para que possamos reunir no movimento diferentes qualificações, culturas e inteligências.

A comunicação é tão antiga quanto a própria vida, é algo inato à própria vida. Trocar incessamentemente partículas com o mundo exterior (Hubert Reeves, in Poeira de Estrelas). Assim começou a comunicação. Foi com a comunicação enquanto troca e simbiose que os organismos unicelulares evoluiram para plantas e animais. Nem todos o sabem ou reflectem sobre isto, mas um corpo humano é, na realidade, um aglomerado de seres vivos, microorganismos, bactérias e outros, que vivem simbioticamente. Ou seja, não somos Um, nem mesmo fisicamente. Cada um de nós é uma multidão.

Todos os seres vivos utilizam a comunicação para sobreviver. E, muitas vezes, para sobreviver, manipulando. Quando uma flor abre e exala aroma e esplendorosamente refecte a luz em cores maravilhosas, atraindo os polinizadores, está a comunicar.

Se pensarmos bem, não há nada que distinga o melhor marketeer do mundo de um vegetal, a esse nível. Também o marketeer comunica para sobreviver. Se necessário, manipulando, se necessário, mesmo enganando, como uma planta carnívora, por exemplo.

Na sua incessante busca por aquilo que distingue o ser humano dos outros animais, os cientistas ainda não conseguiram encontrar ou definir uma verdadeira diferença. Tudo o que parecia distinguir-nos dos outros primatas, por exemplo, é afinal comum a ambas as espécies. Nós processamos em maior quantidade a informação, mas não em qualidade. Os chimpanzés e os gorilas, tal como nós, desenvolvem estratégias, constroem ferramentas e abrigos, sonham, riem e choram, amam, sentem ciúme, inveja, irritação. Pensou-se em amor e altruísmo. No entanto, os animais também são capazes de sacrificar a sua vida por outros da sua espécie. Talvez o ser humano seja, no entanto, o único capaz de sacrificar a sua vida em prole de uma outra espécie. Quando um grupo de humanos, por exemplo, se coloca entre um arpão industrial e uma baleia, arriscando a própria vida, faz algo que nenhum outro animal ou planta faz. Excepto talvez o cão. Ou outro animal que tenha crescido com um humano. Mesmo assim, quando o fazem, acreditam que estão a defender a sua espécie, a sua matilha. Ou seja, não se trata realmente de altruísmo. Sabemos que não somos capazes de sobreviver sós. Precisamos dos “nossos” para sobreviver.

Utilizando uma análise racional desta e outras formas de altruísmo, um dia os cientistas podem descobrir que se trata de uma deficiência ou evolução genética. Aqueles que se colocam entre o arpão e a baleia, são deficientes ou mais evoluídos? Algo nos seus genes dir-lhes-à que o ecosistema tem de ser preservado a todo o custo, pois precisamos de outros para além da nossa espécie? Mas também pode tratar-se de uma deficiência, pois um dia o ser humano não precisará das outras espécies, nem mesmo do seu planeta ou do sol. Será capaz de produzir o seu próprio alimento a partir de átomos ou moléculas, dominará a fissão nuclear podendo criar as suas próprias estrelas, será capaz de terra-formação, para formar planetas capazes de sustentar a vida humana. Então, será uma deficiência, preocuparmo-nos com as outras espécies? Ou será aquilo que os budistas chamam compaixão e os cristãos amor?

Também o ser humano parece ser o único capaz de comunicar de forma não manipuladora e não egoísta, quando a todo o custo tenta preservar o conhecimento adquirido para as gerações futuras, já desde as pinturas rupestres. No entanto, a maior parte das vezes, comunica de forma vegetal, com o intuito único da sobrevivência.

No Movimento Outro Portugal, o grupo Comunicação propõe-se reflectir sobre este tema, propõe-se assegurar uma comunicação dentro e fora do grupo que seja uma troca, sim, mas não com o intuito de sobreviver, ou seja, meramente crescer e multiplicar-se, manipulando ou enganando, mas tendo em vista a partilha de informação, a preservação do conhecimento para as gerações futuras, a busca de alternativas que tragam uma maior felicidade e alegria a todos os seres humanos e todos os outros seres vivos no nosso planeta.

Nos últimos 30 anos houve uma mudança radical na forma como a nossa sociedade comunica. Houve uma democratização e globalização das fontes de informação e o acesso às mesmas. Actualmente, qualquer um de nós pode ser jornalista por um dia, ao filmar por exemplo uma situação de abuso com o seu telefone celular e colocar no youtube ou nas redes sociais. A informação deixou de estar concentrada nos OCS's.

Por outro lado nem sempre é possível verificar de forma fidedigna a informação que chega até nós, o que por vezes dá origem ao aprecimento de noticias ou acontecimentos fabricados muitas vezes criados por grupos de pressão ou lobbys, para criar uma realidade que nem sempre é verdadeira.

A quantidade de informação a que temos acesso nem sempre corresponde à qualidade. Corremos o risco de obter um conhecimento superficial sobre muitos factos, sem aprofundarmos verdadeiramente nenhum deles.

O mesmo se passa com a comunicação ao nível inter-pessoal, ao comunicarmos muitas vezes telegraficamente ou com icones para demonstrarmos os nossos pensamentos, passamos a ter um intermediário entre o emissor e o destinatário: o telefone celular ou o pc. A rapidez da comunicação aumentou mas não significa que tenha aumentado a percepção e a recepção perfeita da mensagem.

O problema ou o obstáculo da comunicação entre seres humanos é nunca podermos apreender na totalidade a mensagem em todos os seus angulos: sensorial ou mental.

A um nível mais lato a mensagem que chega até nós, através dos orgãos de comunicação social, já vem filtrada pelos chamados "gate keeper" há um alinhamento de noticias que é decidido com o objectivo de "dar as espectador aquilo que ele quer ver" ou se quisermos de "informar o público". Com os casos mais recentes de jornalistas que viram censurada a sua opinião, sabemos que nem sempre a realidade é assim. As agências de comunicação, desempenham cada vez mais o papel de intermediários entre os media e as empresas ou os partidos politicos. E muitas vezes o publico tem acesso a um angulo ou perspectiva da história. Aconteceu nos EUA na altura do presidente Bush, em que a fox news foi praticamente veiculo de propaganda do governo.

Num Outro Portugal, a comunicação é o eixo principal, a base de tudo. Haver um equilibrio entre a comunicação virtual e a comunicação presencial em casa ou entre amigos. Olhos nos olhos. Cada vez mais falamos quase 24 horas por dia, sete dias por semana, cada vez com mais pessoas. Onde fica a qualidade e a profundidade da comunicação?

É importante chegar a uma proposta de comunicação saudável e não abusiva e invasiva como a que vivemos actualmente. Uma das questões obre as quais temos de reflectir é: como propor isso a um nível nacional. Será que as pessoas querem realmente outro tipo de informação e comunicação, ou estão satisfeitas com o que têm... e terão coragem para mudar? Uma das soluções que considero interessantes e que como cidadãos gostaríamos de ter, é um (pelo menos) canal de informação imparcial, cultural e socialmente rico. Falta algo que divulgue o que temos de melhor, um meio de divulgar coisas realmente úteis e construtivas para a população. Faltam programas que estimulem e que informem sobre o que de tão bom temos neste país.

Para além desta reflexão, o grupo da Comunicação tem como missão divulgar a existência do movimento cívico e cultural Outro Portugal, assegurando que o máximo possível de pessoas potencialmente interessadas em colaborar tomem conhecimento do movimento.

Para realizar esta missão, tem como principais tarefas:

- Assegurar uma boa divulgação dos blogs e páginas do Movimento na Internet;

- Manter um jornal online com notícias relevantes para o movimento, que sirva tanto de base de investigação para os membros do Movimento, como de angariação de novos membros, potencialmente interessados e que seja um resultado da reflexão acima mencionada;

- Proceder ao planeamento da comunicação do grupo, listando todas as actividades e cruzaando a gestão e objectivos do movimento com as acções de comunicação.

- Propôr formas alternativas de divulgação sem ser via Internet;

- Dar apoio a eventos do Movimento, quer através da presença, quer logisticamente;

- Facilitar a comunicação entre membros do Movimento;

- Facilitar parcerias com outra entidades interessadas.

Os membros da Comunicação comprometem-se a não utilizar métodos manipuladores de comunicação, a divulgar apenas notícias no jornal Outro com fundamento científico e com qualidade e a aconselhar os restantes membros do grupo a tornarem a sua linguagem o mais abrangente possível, para que possamos reunir no movimento diferentes qualificações, culturas e inteligências.

Tai Chi Chuan

Medicinas complementarias / Bastan seis semanas de prácticaPracticar taichi mejora el equilibrio Un estudio mostró que su práctica es útil en la rehabilitación de personas que sufrieron un ACV

Em homenagem a Agostinho da Silva, nascido há 104 anos



"Não me preocupa no que penso nem a originalidade nem a coerência. Quanto à primeira, tudo aquilo com que concordo passa a ser meu — ou já meu era e ainda se me não tinha revelado. A minha originalidade está só, porventura, na digestão que faço. Pelo que respeita à coerência, bem me rala; o que penso ou escrevo hoje é do eu de hoje; o de amanhã é livre de, a partir de hoje, ter sua trajectória própria e sua meta particular. Mas, se quiserem pôr-me assinatura que notário reconheça, dirão que tenho a coerência do incoerente e a originalidade de não me importar nada com isso"

- Agostinho da Silva, Pensamento em Farmácia de Província, 1 [1977], in Textos e Ensaios Filosóficos II, p.319.

Bill Hicks

Como se pode dizer uma mensagem complexa de uma forma simples e divertida:

Professores Fascinantes

"Professores e alunos vivem juntos durante anos dentro da sala de aula, mas são estranhos uns para os outros. Eles se escondem atrás dos livros, das apostilas, dos computadores. A culpa é dos ilustres professores? Não! A culpa, como veremos, é do sistema educacional doentio que se arrasta por séculos. As crianças e os jovens aprendem a lidar com fatos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e falhas. Aprendem a resolver problemas matemáticos, mas não sabem resolver seus conflitos existenciais. São treinados para fazer cálculos e acertá-los, mas a vida é cheia de contradições, as questões emocionais não podem ser calculadas, nem têm conta exata.
Os jovens são preparados para lidar com decepções? Não! Eles são treinados apenas para o sucesso. Viver sem problemas é impossível. O sofrimento nos constrói ou nos destrói. Devemos usar o sofrimento para construir a sabedoria. Mas quem se importa com a sabedoria na era da informática?
Nossa geração produziu informações que nenhuma outra jamais produziu, mas não sabemos o que fazer com elas. Raramente usamos essas informações para expandir nossa qualidade de vida. Você faz coisas fora da sua agenda que lhe dão prazer? Você procura administrar seus pensamentos para ter uma mente mais tranqüila? Nós nos tornamos máquinas de trabalhar e estamos transformando
nossas crianças em máquinas de aprender.
Usando erradamente os papéis da memória Fizemos da memória de nossas crianças um banco de dados. A memória tem esta função? Não! Veremos que durante séculos a memória foi usada de maneira errada pela escola. Existe lembrança? Inúmeros professores e psicólogos do mundo todo crêem sem sombra de dúvida que existe lembrança. Errado! Não existe lembrança pura do passado, o passado é sempre reconstruído! E bom ficarmos abalados por esta afirmação. O passado é sempre reconstruído com micro ou macro diferenças no presente.
Veremos que há diversos conceitos equivocados na ciência sobre o fantástico mundo do funcionamento da mente e da memória humana. Tenho convicção, como psiquiatra e como autor de uma das poucas teorias da atualidade sobre o processo de construção do pensamento, de que estamos obstruindo a inteligência das crianças e o prazer de viver com o excesso de informações que estamos oferecendo a elas. Nossa memória virou um depósito de informações inúteis.
A maioria das informações que aprendemos não será organizada na memória e utilizada nas atividades intelectuais. Imagine um pedreiro que a vida toda acumulou pedras para construir uma casa. Após construí-la, ele não sabe o que fazer com as pilhas de pedras que sobraram. Gastou a maior parte do seu tempo inutilmente.
O conhecimento se multiplicou e o número de escolas se expandiu como em nenhuma outra época, mas não estamos produzindo pensadores. A maioria dos jovens, incluindo universitários, acumula pilhas de "pedras", mas constroem pouquíssimas idéias brilhantes. Não é à toa que eles perderam o prazer de aprender. A escola deixou de ser uma aventura agradável.
Paralelamente a isso, a mídia os seduziu com estímulos rápidos e prontos. Eles tornaram-se amantes do fast food emocional. A TV transporta os jovens, sem que eles façam esforços, para dentro de uma excitante partida esportiva, para o interior de uma aeronave, para o cerne de uma guerra e para dentro de um dramático conflito policial.
Esse bombardeio de estímulos não é inofensivo. Atua num fenômeno inconsciente da minha área de pesquisa, chamado de psicoadaptação, aumentando o limiar do prazer na vida real. Com o tempo, crianças e adolescentes perdem o prazer nos pequenos estímulos da rotina diária.
Eles precisam fazer muitas coisas para ter um pouco de prazer, o que gera personalidades flutuantes, instáveis, insatisfeitas. Temos uma indústria de lazer complexa. Deveríamos ter a geração de jovens mais felizes que já pisaram nesta terra. Mas produzimos uma geração de insatisfeitos.
Estamos informando e não formando Não estamos educando a emoção nem estimulando o desenvolvimento das funções mais importantes da inteligência, tais como contemplar o belo, pensar antes de reagir, expor e não impor as idéias, gerenciar os pensamentos, ter espírito
empreendedor. Estamos informando os jovens, e não formando sua personalidade.
Os jovens conhecem cada vez mais o mundo em que estão, mas quase nada sobre o mundo que são. No máximo conhecem a sala de visitas da sua própria personalidade. Quer pior solidão do que esta? O ser humano é um estranho para si mesmo! A educação tornou-se seca, fria e sem tempero emocional. Os jovens raramente sabem pedir perdão, reconhecer seus limites, se colocar no lugar dos outros. Qual é o resultado?
Nunca o conhecimento médico e psiquiátrico foi tão grande, e nunca as pessoas tiveram tantos transtornos emocionais e tantas doenças psicossomáticas. A depressão raramente atingia as crianças. Hoje há muitas crianças deprimidas e sem encanto pela vida. Pré-adolescentes e adolescentes estão desenvolvendo obsessão, síndrome do pânico, fobias, timidez, agressividade e outros transtornos ansiosos.
Milhões de jovens estão se drogando. Não compreendem que as drogas podem queimar etapas da vida, levá-los a envelhecer rapidamente na emoção. Os prazeres momentâneos das drogas destroem a galinha dos ovos de ouro da emoção. Conheci e tratei de inúmeros jovens usuários de drogas, mas não encontrei ninguém feliz.
E o estresse? Não apenas é comum detectarmos adultos estressados, mas também jovens e crianças. Eles têm freqüentemente dor de cabeça, gastrite, dores musculares, suor excessivo, fadiga constante de fundo emocional.
Precisamos arquivar esta frase e jamais esquecê-la: Quanto pior for a qualidade da educação, mais importante será o papel da psiquiatria neste século. Vamos assistir passivamente à indústria dos antidepressivos e tranqüilizantes se tornar uma das mais poderosas do século XXI? Vamos observar passivamente nossos filhos serem vítimas do sistema social que criamos? O que fazer diante desta problemática?"
Retirado do livro: PAIS BRILHANTES, PROFESSORES FASCINANTES, de
AUGUSTO JORGE CURY

Petição contra a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura



Anunciada a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura, vamos opor-nos a este escândalo, que pretende consagrar como cultura a barbárie e a tortura, além de canalizar dinheiros públicos para uma actividade violenta e retrógrada, já denunciada desde 1836 por D. Maria II, que declarou que "as corridas de touros são um divertimento bárbaro e impróprio de Nações civilizadas", que acabam por "impedir ou retardar o aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa".

Assinemos e divulguemos esta petição, que vai obrigar a discutir a questão em plenário da Assembleia da República e impedir a utilização dos nossos impostos para fomentar a crueldade e a imbecilização dos portugueses. Não deixemos que lobbies minoritários se imponham ao repúdio manifesto da maioria da população.

Senhora Ministra, tenha vergonha!

Assinem e divulguem:

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=PETPPA

Saúde, Economia, Educação e Ecologia

Do debate gerado no contexto da realização dos trabalhos no grupo da saúde, surgiu a necessidade de criar um elo de ligação com os grupos da Economia, Educação e Ecologia. A generalidade das propostas avançadas no documento da saúde, tocam os seguintes aspectos, que julgamos pertinente dar a conhecer aos grupos referidos:

Economia:
  • Uma maior aposta na prevenção da doença e manutenção da saúde, recorrendo a terapias e métodos mais naturais, diminuem o nº de pessoas que efectivamente ficam doentes, logo, diminuem o nº de pessoas que precisam de recorrer à baixa médica e à segurança social;
  • Uma abordagem mais natural, humanizada e fisiológica do parto, permite uma redução significativa da utilização de anestesias e material cirúrgico;

Educação:

  • A implementação de actividades como o ioga, tai-chi, meditação, etc, nas escolas, ajudaria a diminuir o número de problemas de comportamento e reduziria significativamente o índice de violência e de "hiperactividade" e "deficit de atenção" dos alunos;
  • Um maior controlo das ementas oferecidas nas escolas, associado a "medidas de educação para a alimentação", aumentaria o nível de saúde e rendimento académico dos alunos

Ecologia:

  • Uma maior aposta na prevenção da doença e manutenção da saúde, recorrendo a terapias e métodos mais naturais, diminuem o nº de pessoas que efectivamente ficam doentes, logo, diminuem a necessidade de recorrer a medicamentos cujas embalagens e conteúdos inacabados poluem e contaminam o ambiente;
  • Uma abordagem mais natural, humanizada e fisiológica do parto, permite uma redução significativa da utilização de anestesias e material cirúrgico, que depois irão aumentar o nível de lixo hospitar;
  • O reforço das medidas de incentivo e apoio à amamentação, poderão contribuir de forma significativa para a redução de bebés e crianças que são alimentados com "leite de lata" e, consequentemente, reduzirão significativamente a quantidade de lixo produzido com esta prática: latas de leite, borrachas e silicones de tetinas, plásticos de biberons e embalagens que contém tudo isto.

Esperamos com isto contribuir para o enriquecimento do vosso trabalho (se é que ainda não tinham contemplado os itens referidos) e para a criação de uma rede de ligação entre os vários temas abordados no Manifesto.

Projecto BedZED

Um exemplo interessante de desenvolvimento sustentável - e urbano:



http://www.bioregional.com/what-we-do/our-work/bedzed/

Hoje, 18 h, Jornada em prol dos Direitos dos Animais e do Bem do Planeta



Hoje, 3ª feira, dia 9, pelas 18 h, será exibido no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa o documentário "Meat the Truth - Uma Verdade Mais Do Que Inconveniente", que mostra o impacto da indústria da carne sobre o aquecimento global e o sofrimento dos animais. Uma verdade encoberta pela nossa ignorância e pelos grandes interesses económicos que devastam a vida e o planeta.

No final haverá um debate, moderado pela Drª Maria João Coutinho, com a presença de Pedro Sena, do Partido Pelos Animais, e de Paulo Daniel, da Associação Vegetariana Portuguesa.

Vejam e reflictam por vocês mesmos. A Entrada é livre.

Eu estarei em directo na SIC Mulher, entre as 19 e as 20 h, para falar dos Direitos dos Animais, em representação do Partido pelos Animais, junto com Miguel Moutinho, da Associação Animal, e o actor Heitor Lourenço.

"Este livro é contra a tirania dos animais humanos sobre os não-humanos. Esta tirania provocou e provoca ainda hoje dor e sofrimento só comparáveis àqueles resultantes de séculos de tirania dos humanos brancos sobre os humanos negros. A luta contra esta tirania é uma luta tão importante como qualquer das causas morais e sociais que foram defendidas em anos recentes" - Peter Singer, Libertação Animal, Prefácio à edição de 1975, Porto, Via Óptima, 2008, 2ª edição, p.I.

Estudo comprova benefícios da Meditação

A Randomized Controlled Trial on Effects of the Transcendental Meditation Program on Blood Pressure, Psychological Distress, and Coping in Young Adults
Abstract
Background

Psychological distress contributes to the development of hypertension in young adults. This trial assessed the effects of a mind–body intervention on blood pressure (BP), psychological distress, and coping in college students.
Methods

This was a randomized controlled trial (RCT) of 298 university students randomly allocated to either the Transcendental Meditation (TM) program or wait-list control. At baseline and after 3 months, BP, psychological distress, and coping ability were assessed. A subgroup of 159 subjects at risk for hypertension was analyzed similarly.
Results

Changes in systolic BP (SBP)/diastolic BP (DBP) for the overall sample were -2.0/-1.2 mm Hg for the TM group compared to +0.4/+0.5 mm Hg for controls (P = 0.15, P = 0.15, respectively). Changes in SBP/DBP for the hypertension risk subgroup were -5.0/-2.8 mm Hg for the TM group compared to +1.3/+1.2 mm Hg for controls (P = 0.014, P = 0.028, respectively). Significant improvements were found in total psychological distress, anxiety, depression, anger/hostility, and coping (P values < 0.05). Changes in psychological distress and coping correlated with changes in SBP (P values < 0.05) and DBP (P values < 0.08).
Conclusions

This is the first RCT to demonstrate that a selected mind–body intervention, the TM program, decreased BP in association with decreased psychological distress, and increased coping in young adults at risk for hypertension. This mind–body program may reduce the risk for future development of hypertension in young adults.
American Journal of Hypertension 2009; doi:10.1038/ajh.2009.184

http://www.nature.com/ajh/journal/v22/n12/abs/ajh2009184a.html

OMS defende integração da Medicina Tradicional Chinesa no Serviço Nacional de Saúde

No sentido de melhorar a qualidade do atendimento e da eficácia dos serviços de saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS), defendeu, durante o Congresso das Nações Unidas sobre Medicina Tradicional, realizado em Pequim, que a Medicina Tradicional Chinesa deve ser incluída no Serviço nacional de Saúde, o que iria permitir não só aumentar o leque de escolha dos utentes, como permitir um atendimento mais rápido e eficaz, uma diminuição das listas de espera e uma significativa redução dos custos, pois os custos da fitoterapia são muito reduzidos, o que poderia significar uma diminuição dos gastos do Estado com medicamentos.
Em Portugal estão a ser regulamentadas algumas terapêuticas ditas alternativas: Acupunctura, Fitoterapia, Homeopatia, Naturopatia, Osteopatia, Quiroprática.
Não se prevê, no entanto que a Medicina Chinesa seja regulamentada neste sentido, assim a sua integração no SNS não é possível no nosso País, a não ser que se procede-se a uma alteração da legislação, a exemplo do que já aconteceu, por exemplo no Brasil.
Assim, um profissional de Medicina Chinesa teria de se inscrever em cinco das 6 terapêuticas referidas (Fitoterapia, Acupunctura, Naturopatia, Osteopatia, Quiroprática) para poder exercer.A integração da MTC no SNS significaria:
– Mais poder escolha para os utentes, – Melhores resultados em diversas patologias do que a medicina dita convencional,
– Maior aposta na prevenção das doenças
- Menor necessidade de recorrer a medicamentos– Redução dos custos– Minimização dos efeitos secundários que advêm do consumo de diversos fármacos convencionais.
Porém, apesar desta prática milenar ter provas dadas tanto ao nível da prevenção como do tratamento de várias maleitas e de a sua integração no SNS ser altamente recomendado pela, OMS, Portugal não está a levar em conta essas recomendações.
Segundo notícia divulgada pela Lusa, esta integração é defendida porque iria "aumentar e tornar mais acessível o serviço", além de que "os governos devem estabelecer mecanismos de licenciamento e acreditação" da MTC como "medicina alternativa ou complementar".

Fonte: http://www.roteirodaalma.com/noticia/oms_defende_integracao_da_medicina_tradicional_chinesa_no_servico_nacional_de_saude

HAITI no coração

A Europa, toda ela, deverá deslocar-se para o Sul, a fim de, em desconto dos seus abusos colonialistas antigos e modernos, ajudar a equilibrar o mundo. Isto é, Europa finalmente como ética.
José Saramago in Uma Jangada de Pedra a Caminho do HAITI

Mitos Climáticos no Expresso da Meia-Noite

Muita controvérsia científica existia sobre o tema do CO2, alterações climáticas e temas afins, mas sobretudo desde o chamado "Climategate" que foi dado aos chamados cépticos uma outra atenção sobre a real ciência que sustenta o "Al Gore". De facto, temos agora variados exemplos, desde a queixa-crime apresentada pelo weather channel ao Al Gore a inclusivamente se falar em Hollywood de se lhe retirar o Óscar. Ao mesmo tempo, os cientistas que tanto haviam pregado a ciência "pró-carbono" estão agora um pouco mais discretos. E, de repente, surge informação que não só mostra que o carbono não é uma causa - como é enganador.

É importante percebermos que toda a indústria do carbono foi sustentada por um grande lobby que misturou Ambientalismo, Poluição e Clima. O facto é que cientificamente nada sustenta o carbono. Nem que seja porque está registado na Idade Média um período com mais concentração de carbono na terra que no actual. E, de facto, para a natureza em geral o aumento da concentração de carbono é bom: permite um maior florescimento do mundo vegetal.

Isto não exclui a natural preocupação com a destruição de habitats e recursos naturais, ou até mesmo a questão de gases realmente perigosos como o Metano. Muito menos a necessária reconversão energética e desenvolvimento de uma economia social sustentável global. Mas, de facto, a ideia que se tira de Copenhaga é simplesmente não só um novo imposto, como ainda uma factura que o "mundo desenvolvido" terá de pagar ao 3º Mundo. Nós ficaremos mais pobres, mais limitados; em África terão mais dinheiro para vir cá comprar produtos e serviços. E o ciclo continua.

Convido a ouvir o Rui G. Moura, que apresenta na Sic Notícias uma visão real e científica do que se está a passar. Não da política, não da economia: Científica.



mais em: http://mitos-climaticos.blogspot.com