Um espaço para reinventar Portugal como nação de todo o Mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações e promova os valores mais universalistas, conforme o símbolo da Esfera Armilar. Há que visar o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, orientada não só para o bem da espécie humana, mas também para a preservação da natureza e o bem-estar de todas as formas de vida sencientes.

"Nós, Portugal, o poder ser"

- Fernando Pessoa, Mensagem.
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Comunicação e educação alternativas

O artigo traz, num primeiro momento, uma breve explanação sobre o termo “alternativo”, sua evolução e aplicações tanto na educação como na comunicação. Logo, concentra-se na sistematização das principais idéias trazidas pelos autores em relação ao termo. Passa ainda a apontar a interface entre a comunicação e educação alternativas como uma possibilidade concreta de transformação social, participação e cidadania. Por fim, trata a questão do paradoxo do oprimido, que, considerado ingênuo e manipulável, é o verdadeiro responsável por projetos que objetivam a melhoria de suas condições enquanto cidadãos. Ler o artigo completo em: http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_OtreOliveira.PDF

Lógica vs Intuição - Pensando o ensino

"When I was young, it seemed that life was so wonderful, a miracle, oh it was beautiful, magical. And all the birds in the trees, well they'd be singing so happily, joyfully, playfully watching me. But then they send me away to teach me how to be sensible, logical, responsible, practical. And they showed me a world where I could be so dependable, clinical, intellectual, cynical. There are times when all the world's asleep, the questions run too deep for such a simple man. Won't you please, please tell me what we've learned I know it sounds absurd but please tell me who I am. Now watch what you say or they'll be calling you a radical, liberal, fanatical, criminal. Won't you sign up your name, we'd like to feel you're acceptable, respecable, presentable, a vegtable! At night, when all the world's asleep, the questions run so deep for such a simple man. Won't you please, please tell me what we've learned I know it sounds absurd but please tell me who I am."

The logical song, Supertramp

Cumprimentos a todos,
Dulce Alves

Ser Professor

Ser professor, vale a pena?

E ser aluno?

O que é ser aluno, hoje?

Se professor e aluno não forem encarados como dois seres humanos que partilham o ofício de aprender, muito se perde naquilo a que comummente se chama relação pedagógica.
Tradicionalmente encarava-se esta relação como uma relação de poder: o professor era o veículo do saber e dentro da sala de aula detinha o estatuto de autoridade, a sua palavra era lei, representava a verdade oficial, uma verdade ditatorial, dogmática, imposta de cima para baixo.
O aluno tinha que se limitar a ouvir e a armazenar as palavras do professor, para as poder repetir, sem acrescentos ou lacunas. A criatividade, a actividade crítica e a problematização não eram competências reconhecidas ao aluno e, a bem da verdade, ao próprio professor.
Ora, o que o professor deve assumir é um estatuto de autor que procura despertar no aluno a vontade de criar. 'Autor' etimologicamente significa 'aumentador' - o professor deve acrescentar às informações que transmite o fermento da curiosidade e do gosto pelo questionamento, pela demanda significativa.
O professor não está na sala de aula para calar o aluno, muito pelo contrário: só existe espaço para a interacção pedagógica se o aluno for aliciado a falar, a ser, também ele, um autor, um criador.
Mas é frequente ouvir-se o eterno queixume sobre a falta de referenciais culturais das novas gerações, sobre o seu desenraizamento social, a sua desmotivação para aprender, em suma, o seu divórcio em relação à Cultura. Estes discursos trazem em si , de forma manifesta ou latente, uma intenção dissuasora, expressam uma vontade de desresponsabilização em relação a um estado de coisas com o qual não nos queremos ver comprometidos. Mas quem for professor não pode alijar responsabilidades. Quem acha que a juventude está perdida não pode ter uma profissão ligada à docência.
Quem abdica do dever de ir ao encontro do outro, de lhe preparar o caminho para um desenvolvimento humanamente aceitável, está a reforçar tudo o que há de discriminatório e de injusto na sociedade que quotidianamente construímos.
Por isso ser professor vale sempre a pena, porque a alma nunca é pequena, mesmo quando não acreditamos na sua existência. O mesmo se aplica ao ser aluno: este não só não tem a alma pequena, como a não tem limitada. É, por isso, um ser imperfeito, um ser que não está acabado, aberto ao novo e a tudo o que possa vir. Um ser para a aventura...
Hoje... ser aluno é o que sempre deve ter sido, ou deveria ter sido: um ser humano que se descobre capaz de si e capaz de tudo, mesmo de se tornar tão pequeno que a vida lhe deixe de fazer sentido sem a rotina e o tédio.
Mas aí a vida entra no seu ocaso e passa a ser um mero ser para a morte (e nisso Heidegger teria alguma razão).
Então há que deixar aqui um aviso: quem estiver morto deve deixar de 'dar' aulas. Este aviso deve ser tomado a sério pelas autoridades que tutelam a educação.


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Comunicação e educação alternativas

O artigo traz, num primeiro momento, uma breve explanação sobre o termo “alternativo”, sua evolução e aplicações tanto na educação como na comunicação. Logo, concentra-se na sistematização das principais idéias trazidas pelos autores em relação ao termo. Passa ainda a apontar a interface entre a comunicação e educação alternativas como uma possibilidade concreta de transformação social, participação e cidadania. Por fim, trata a questão do paradoxo do oprimido, que, considerado ingênuo e manipulável, é o verdadeiro responsável por projetos que objetivam a melhoria de suas condições enquanto cidadãos. Ler o artigo completo em: http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_OtreOliveira.PDF

Lógica vs Intuição - Pensando o ensino

"When I was young, it seemed that life was so wonderful, a miracle, oh it was beautiful, magical. And all the birds in the trees, well they'd be singing so happily, joyfully, playfully watching me. But then they send me away to teach me how to be sensible, logical, responsible, practical. And they showed me a world where I could be so dependable, clinical, intellectual, cynical. There are times when all the world's asleep, the questions run too deep for such a simple man. Won't you please, please tell me what we've learned I know it sounds absurd but please tell me who I am. Now watch what you say or they'll be calling you a radical, liberal, fanatical, criminal. Won't you sign up your name, we'd like to feel you're acceptable, respecable, presentable, a vegtable! At night, when all the world's asleep, the questions run so deep for such a simple man. Won't you please, please tell me what we've learned I know it sounds absurd but please tell me who I am."

The logical song, Supertramp

Cumprimentos a todos,
Dulce Alves

Ser Professor

Ser professor, vale a pena?

E ser aluno?

O que é ser aluno, hoje?

Se professor e aluno não forem encarados como dois seres humanos que partilham o ofício de aprender, muito se perde naquilo a que comummente se chama relação pedagógica.
Tradicionalmente encarava-se esta relação como uma relação de poder: o professor era o veículo do saber e dentro da sala de aula detinha o estatuto de autoridade, a sua palavra era lei, representava a verdade oficial, uma verdade ditatorial, dogmática, imposta de cima para baixo.
O aluno tinha que se limitar a ouvir e a armazenar as palavras do professor, para as poder repetir, sem acrescentos ou lacunas. A criatividade, a actividade crítica e a problematização não eram competências reconhecidas ao aluno e, a bem da verdade, ao próprio professor.
Ora, o que o professor deve assumir é um estatuto de autor que procura despertar no aluno a vontade de criar. 'Autor' etimologicamente significa 'aumentador' - o professor deve acrescentar às informações que transmite o fermento da curiosidade e do gosto pelo questionamento, pela demanda significativa.
O professor não está na sala de aula para calar o aluno, muito pelo contrário: só existe espaço para a interacção pedagógica se o aluno for aliciado a falar, a ser, também ele, um autor, um criador.
Mas é frequente ouvir-se o eterno queixume sobre a falta de referenciais culturais das novas gerações, sobre o seu desenraizamento social, a sua desmotivação para aprender, em suma, o seu divórcio em relação à Cultura. Estes discursos trazem em si , de forma manifesta ou latente, uma intenção dissuasora, expressam uma vontade de desresponsabilização em relação a um estado de coisas com o qual não nos queremos ver comprometidos. Mas quem for professor não pode alijar responsabilidades. Quem acha que a juventude está perdida não pode ter uma profissão ligada à docência.
Quem abdica do dever de ir ao encontro do outro, de lhe preparar o caminho para um desenvolvimento humanamente aceitável, está a reforçar tudo o que há de discriminatório e de injusto na sociedade que quotidianamente construímos.
Por isso ser professor vale sempre a pena, porque a alma nunca é pequena, mesmo quando não acreditamos na sua existência. O mesmo se aplica ao ser aluno: este não só não tem a alma pequena, como a não tem limitada. É, por isso, um ser imperfeito, um ser que não está acabado, aberto ao novo e a tudo o que possa vir. Um ser para a aventura...
Hoje... ser aluno é o que sempre deve ter sido, ou deveria ter sido: um ser humano que se descobre capaz de si e capaz de tudo, mesmo de se tornar tão pequeno que a vida lhe deixe de fazer sentido sem a rotina e o tédio.
Mas aí a vida entra no seu ocaso e passa a ser um mero ser para a morte (e nisso Heidegger teria alguma razão).
Então há que deixar aqui um aviso: quem estiver morto deve deixar de 'dar' aulas. Este aviso deve ser tomado a sério pelas autoridades que tutelam a educação.