Um espaço para reinventar Portugal como nação de todo o Mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações e promova os valores mais universalistas, conforme o símbolo da Esfera Armilar. Há que visar o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, orientada não só para o bem da espécie humana, mas também para a preservação da natureza e o bem-estar de todas as formas de vida sencientes.

"Nós, Portugal, o poder ser"

- Fernando Pessoa, Mensagem.

No Reino

[...] no Reino [de Deus na Terra] não haverá problemas económicos, todos hão-de ser como as flores que não fiam nem tecem e andam com os vestuários mais belos do que os de Salomão ou como as aves ligeiras que sempre encontram alimento e lugar para um ninho; no Reino, que se abrirá a todos, sem distinção de nações, de raças, de classes ou de castas, não haverá violências, mesmo as de defesa, nem juramentos, nem posse de bens materiais, nem o homem terá de ser previdente, no contínuo temor da velhice, da doença, da morte; no Reino ninguém terá que trabalhar, o que significa certamente que ninguém terá de se sujeitar  a tarefas que vão contra as suas tendências íntimas, ou abatem a saúde ou são puras formas de escravatura; no Reino se poderá ter o desprezo pelo dinheiro, dado que exista; no Reino não haverá a menor ideia de organização familiar, que Jesus lia, decididamente, a um certo estádio de evolução económica e moral; no Reino não haverá Estado, com príncipes que oprimam os cidadãos; antes cada um será, voluntariamente, por amor e interesse do espírito, o servidor dos outros; no Reino não haverá processos, nem tribunais, nem juízes; no Reino não haverá senão bondade, amor, fervor espiritual, contemplação de ideias, profunda, segura, inabalável felicidade.

Agostinho da Silva, in «Cristianismo»

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No Reino

[...] no Reino [de Deus na Terra] não haverá problemas económicos, todos hão-de ser como as flores que não fiam nem tecem e andam com os vestuários mais belos do que os de Salomão ou como as aves ligeiras que sempre encontram alimento e lugar para um ninho; no Reino, que se abrirá a todos, sem distinção de nações, de raças, de classes ou de castas, não haverá violências, mesmo as de defesa, nem juramentos, nem posse de bens materiais, nem o homem terá de ser previdente, no contínuo temor da velhice, da doença, da morte; no Reino ninguém terá que trabalhar, o que significa certamente que ninguém terá de se sujeitar  a tarefas que vão contra as suas tendências íntimas, ou abatem a saúde ou são puras formas de escravatura; no Reino se poderá ter o desprezo pelo dinheiro, dado que exista; no Reino não haverá a menor ideia de organização familiar, que Jesus lia, decididamente, a um certo estádio de evolução económica e moral; no Reino não haverá Estado, com príncipes que oprimam os cidadãos; antes cada um será, voluntariamente, por amor e interesse do espírito, o servidor dos outros; no Reino não haverá processos, nem tribunais, nem juízes; no Reino não haverá senão bondade, amor, fervor espiritual, contemplação de ideias, profunda, segura, inabalável felicidade.

Agostinho da Silva, in «Cristianismo»

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