A religião, que supostamente nos ajuda a cultivar esta atitude [o senso da sagrada inviolabilidade de cada ser humano], muitas vezes parece reflectir a violência e o desespero dos nossos tempos. Quase todos os dias vemos exemplos de terrorismo, ódio e intolerância por motivos religiosos. As pessoas, em número crescente, acham as doutrinas e práticas religiosas tradicionais irrelevantes e destituídas de credibilidade e voltam-se para a arte, a música, a literatura, a dança, o desporto ou as drogas, para conseguirem a experiência transcendental de que os seres humanos parecem necessitar. Todos nós buscamos momentos de êxtase e arrebatamento, quando habitamos a nossa humanidade mais integralmente do que é costume e nos sentimos muitíssimo tocados interiormente e, por momentos, elevados acima de nós mesmos.
Karen Armstrong
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