Um espaço para reinventar Portugal como nação de todo o Mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações e promova os valores mais universalistas, conforme o símbolo da Esfera Armilar. Há que visar o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, orientada não só para o bem da espécie humana, mas também para a preservação da natureza e o bem-estar de todas as formas de vida sencientes.

"Nós, Portugal, o poder ser"

- Fernando Pessoa, Mensagem.

Portugal Universal


Caros amigos:


Após a minha feliz inclusão no Manifesto "Refundar Portugal", tomarei a liberdade de tentar contribuir com algumas ideias para o nosso projecto conjunto.

No que concerne ao grupo 8, onde me insiro, pensei primeiramente no contributo que poderiamos dar, enquanto representantes de "Outro Portugal", para a Causa Tibetana. O verdadeiro Portugal é universal e por isso deve intervir sempre em nome da justiça. Além disso recorde-se que foram dois missionários católicos portugueses, João Cabral e Estêvão Cacella, que primeiro deram a conhecer no Ocidente o mítico Reino de Shambhala, tão intimamente relacionado com o Tibete (onde os missionários estiveram em 1627).

Um forte contributo de Portugal para ajudar o Tibete passaria desde logo por uma recepção condigna de Sua Santidade o Dalai Lama, das próximas vezes em que tivermos o privilégio de o receber no nosso país. Nas duas vezes que o Dalai Lama esteve em Portugal não foi recebido oficialmente sob o pretexto de que o Dalai Lama não poderia ser recebido dessa forma pelo governo por não ser um Chefe de Estado. Ora isto é falso na medida em que o Estado Tibetano continua a existir, embora no exílio (em Dharamsala) e porque, obviamente, o Tibete foi brutalmente invadido pela China que o ocupa ilegalmente. Este falso pretexto para não receber o Dalai Lama é muito conveniente ao Estado português pois desta forma pode continuar a negociar à vontade com a China. Temendo o corte das relações diplomáticas entre os dois países, Portugal prefere ceder à chantagem chinesa.

É certo que, fruto do poderio que a China ganhou no mundo, poucos países e poucos líderes ousam afrontá-la. Recordem-se as lamentáveis declarações que o presidente dos Estados Unidos da América (e prémio Nobel da Paz), Barack Obama, teve recentemente em Pequim. Embora apelando ao diálogo entre o Tibete e a China, Barack Obama afirmou que os Estados Unidos da América reconhecem que o Tibete é parte integrante da China. Partindo do presidente americano, deve ser uma declaração oficial e definitiva.

Eu sei que está muita coisa em jogo nesse processo e que é uma situação muito delicada. Todavia, Portugal tem que mostrar ao mundo (e principalmente a si próprio) que os seus principios morais não estão à venda. Na minha perspectiva Portugal pode e deve encontrar uma solução condigna para esta situação. No futuro Portugal tem que receber o Dalai Lama com toda a dignidade que Sua Santidade merece. E embora devessem recebê-lo com honras de Chefe de Estado, se não o conseguirem, recebam-no pelo menos com consideração e respeito. Não às pressas e às escondidas, por figuras secundárias da hierarquia política portuguesa.

Este seria um primeiro e importante passo que a nacão portuguesa poderia dar no sentido de ajudar o Tibete e os tibetanos. E imaginem o quanto Portugal poderia fazer nesse aspecto, se estivesse disposto a isso, quando estivesse na presidência rotativa da União Europeia.

O nosso Manifesto poderia dar o seu humilde contributo nessa matéria, em parceria com quem estivesse disposto a colaborar (pessoas a título individual e instituições/organizações). Entre esses aliados estaria na linha da frente, naturalmente, a União Budista Portuguesa (à qual associei-me recentemente).

Se esta proposta for aceite, a nossa forma de intervenção será objecto de debate com vista a chegarmos a um consenso.

Um "Novo Portugal" tem que estar na vanguarda, defendendo e promovendo o Bem.


Saudações a todos.


Moysés Gurgel


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Portugal Universal


Caros amigos:


Após a minha feliz inclusão no Manifesto "Refundar Portugal", tomarei a liberdade de tentar contribuir com algumas ideias para o nosso projecto conjunto.

No que concerne ao grupo 8, onde me insiro, pensei primeiramente no contributo que poderiamos dar, enquanto representantes de "Outro Portugal", para a Causa Tibetana. O verdadeiro Portugal é universal e por isso deve intervir sempre em nome da justiça. Além disso recorde-se que foram dois missionários católicos portugueses, João Cabral e Estêvão Cacella, que primeiro deram a conhecer no Ocidente o mítico Reino de Shambhala, tão intimamente relacionado com o Tibete (onde os missionários estiveram em 1627).

Um forte contributo de Portugal para ajudar o Tibete passaria desde logo por uma recepção condigna de Sua Santidade o Dalai Lama, das próximas vezes em que tivermos o privilégio de o receber no nosso país. Nas duas vezes que o Dalai Lama esteve em Portugal não foi recebido oficialmente sob o pretexto de que o Dalai Lama não poderia ser recebido dessa forma pelo governo por não ser um Chefe de Estado. Ora isto é falso na medida em que o Estado Tibetano continua a existir, embora no exílio (em Dharamsala) e porque, obviamente, o Tibete foi brutalmente invadido pela China que o ocupa ilegalmente. Este falso pretexto para não receber o Dalai Lama é muito conveniente ao Estado português pois desta forma pode continuar a negociar à vontade com a China. Temendo o corte das relações diplomáticas entre os dois países, Portugal prefere ceder à chantagem chinesa.

É certo que, fruto do poderio que a China ganhou no mundo, poucos países e poucos líderes ousam afrontá-la. Recordem-se as lamentáveis declarações que o presidente dos Estados Unidos da América (e prémio Nobel da Paz), Barack Obama, teve recentemente em Pequim. Embora apelando ao diálogo entre o Tibete e a China, Barack Obama afirmou que os Estados Unidos da América reconhecem que o Tibete é parte integrante da China. Partindo do presidente americano, deve ser uma declaração oficial e definitiva.

Eu sei que está muita coisa em jogo nesse processo e que é uma situação muito delicada. Todavia, Portugal tem que mostrar ao mundo (e principalmente a si próprio) que os seus principios morais não estão à venda. Na minha perspectiva Portugal pode e deve encontrar uma solução condigna para esta situação. No futuro Portugal tem que receber o Dalai Lama com toda a dignidade que Sua Santidade merece. E embora devessem recebê-lo com honras de Chefe de Estado, se não o conseguirem, recebam-no pelo menos com consideração e respeito. Não às pressas e às escondidas, por figuras secundárias da hierarquia política portuguesa.

Este seria um primeiro e importante passo que a nacão portuguesa poderia dar no sentido de ajudar o Tibete e os tibetanos. E imaginem o quanto Portugal poderia fazer nesse aspecto, se estivesse disposto a isso, quando estivesse na presidência rotativa da União Europeia.

O nosso Manifesto poderia dar o seu humilde contributo nessa matéria, em parceria com quem estivesse disposto a colaborar (pessoas a título individual e instituições/organizações). Entre esses aliados estaria na linha da frente, naturalmente, a União Budista Portuguesa (à qual associei-me recentemente).

Se esta proposta for aceite, a nossa forma de intervenção será objecto de debate com vista a chegarmos a um consenso.

Um "Novo Portugal" tem que estar na vanguarda, defendendo e promovendo o Bem.


Saudações a todos.


Moysés Gurgel


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