Um espaço para reinventar Portugal como nação de todo o Mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações e promova os valores mais universalistas, conforme o símbolo da Esfera Armilar. Há que visar o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, orientada não só para o bem da espécie humana, mas também para a preservação da natureza e o bem-estar de todas as formas de vida sencientes.

"Nós, Portugal, o poder ser"

- Fernando Pessoa, Mensagem.

Propostas de Doula para Um Novo Portugal

No seguimento da frutífera reunião realizada no dia 10 de Janeiro de 2010 e sabendo de antemão que, tudo aquilo que as pessoas que trabalham para a Humanização do Nascimento e para a Promoção da Amamentação em Portugal, terá de ser resumido e compactado no conjunto das propostas a serem apresentadas pelo sub-grupo da saúde, apresento uma série de medidas que considero (em representação das Doulas de Portugal) importantes serem implementadas no nosso país, no sentido de se obterem práticas de nascimento, crescimento e maternidade mais saudáveis, tanto do ponto de vista individual (mães e bebés), como do ponto de vista social, ecológico e económico... para já não falar na possibilidade de aumentar o FIB (Felicidade Interna Bruta)!!!

17 Medidas para Melhorar o Nascimento e a Amamentação em Portugal:


1. Incentivar os hospitais a tornarem-se "Hospitais amigos dos bebés", dando um prazo para que se tornem, a partir do qual os que não conquistarem o titulo passarão a pagar multa; serão beneficiados todos os hospitais titulados, sendo os mesmos alvo de apertada fiscalização por
forma a garantir-se que as características exigidas continuam a fazer parte daqueles hospitais;

2. Criação de casas de parto em quantidade relevante, de forma a dar resposta à assistência ao parto de mulheres que optam por partos menos medicalizados e mais fisiológicos;

3. Dignificar e apoiar o enfermeiro-obstetra que opta por acompanhar gravidezes e partos domiciliares, permitindo que este opte por exercer esta função em regime exclusivo ou paralelo a uma prática hospitalar;

4. Profissionalizar a actividade Doula, enquanto técnico especializado na preparação e acompanhamento emocional da mulher grávida / casal durante a gravidez, parto e pós-parto;

5. Inserir a doula como profissional hospitalar, que acompanharia as mulheres que não trouxessem doulas externas;

6. Permitir que todas as mulheres grávidas em todos os hospitais, maternidades e casas de parto, querendo, possam ser acompanhadas no seu parto, por uma pessoa da sua escolha e por uma doula externa ao local do parto;

7. Criação de uma bolsa de doulas, que realizem o seu serviço vinculadas a entidades que possam oferecer este serviço às mulheres que não possam pagar por ele em regime particular;

8. Haver diversificação de profissionais e clareza nos conteúdos dos cursos de preparação para parto, cabendo à grávida a escolha do tipo de preparação que mais se adequa aos seus interesses/ necessidades (médica, psicológica, emocional, física, espiritual, etc.);

9. Tornar o plano de parto um documento oficial e integrante do boletim de grávida da mulher, para que, desde que ele exista (opção da mulher) tenha de ser obrigatoriamente lido, discutido e respeitado por quem realiza o parto da mulher, sem prejuízo da saúde da mesma e do bebé em caso de real emergência médica, incorrendo em responsabilidade penal para quem não o faça;

10. Divulgação das várias opções de parto existentes (parto hospitalar, parto em casa de parto, parto domiciliar) como possibilidades reais e socialmente reconhecidas, dadas à mulher para escolha informada e consciente e com o devido acompanhamento;

11. Reconhecimento, por parte de todos os profissionais de saúde, do bebé recém-nascido como pessoa de direito, garantindo que toda a intervenção médica e instrumental seja apenas a absolutamente imprescindível para a manutenção de um bom estado de saúde e evitando experiências traumáticas para o ser acabado de nascer, sem prejuízo das medidas necessárias para a manutenção da vida, em caso de real emergência médica;

12. Garantir a sensibilização e formação contínua de todos os técnicos de saúde que contactam com grávidas e mães que amamentam (maternidades, centros de saúde, hospitais, casas de parto, etc.) nos aspectos relacionados com a humanização do nascimento e da amamentação;

13. Manter actualizada a legislação relacionada com os aspectos incluídos no código internacional de marketing para o comércio de substitutos de leite materno, fiscalizando o cumprimento da mesma lei de forma eficiente;

14. Fomentar a realização de programas públicos com conteúdos fidedignos (baseados em evidência científica) relacionados com a amamentação e o parto;

15. Fomentar a divulgação de imagens e mensagens relacionadas com o parto fisiológico e a amamentação, bem como alertar para os perigos do inverso;

16. Beneficiar fiscalmente todos os locais públicos que promovam a amamentação;

17. Multiplicar o número de grupos de amamentação, publicitando-os de forma acessível e visível, grupos estes dinamizados por pessoas com formação específica actualizada em amamentação, creditadas pela OMS /UNICEF.

Da mesma forma que coloquei aqui as propostas relacionadas com os aspectos da gravidez, parto e amamentação, convido os outros contribuidores do blog e elementos do sub-grupo da saúde a fazerem o mesmo relativamente às vertentes específicas da sua actividade ou interesse. Assim será mais fácil visualizarmos um panorama geral, por forma a conseguirmos elaborar um documento resumido mas completo, que integre os variados aspectos da saúde em Portugal.

Obrigada!

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Propostas de Doula para Um Novo Portugal

No seguimento da frutífera reunião realizada no dia 10 de Janeiro de 2010 e sabendo de antemão que, tudo aquilo que as pessoas que trabalham para a Humanização do Nascimento e para a Promoção da Amamentação em Portugal, terá de ser resumido e compactado no conjunto das propostas a serem apresentadas pelo sub-grupo da saúde, apresento uma série de medidas que considero (em representação das Doulas de Portugal) importantes serem implementadas no nosso país, no sentido de se obterem práticas de nascimento, crescimento e maternidade mais saudáveis, tanto do ponto de vista individual (mães e bebés), como do ponto de vista social, ecológico e económico... para já não falar na possibilidade de aumentar o FIB (Felicidade Interna Bruta)!!!

17 Medidas para Melhorar o Nascimento e a Amamentação em Portugal:


1. Incentivar os hospitais a tornarem-se "Hospitais amigos dos bebés", dando um prazo para que se tornem, a partir do qual os que não conquistarem o titulo passarão a pagar multa; serão beneficiados todos os hospitais titulados, sendo os mesmos alvo de apertada fiscalização por
forma a garantir-se que as características exigidas continuam a fazer parte daqueles hospitais;

2. Criação de casas de parto em quantidade relevante, de forma a dar resposta à assistência ao parto de mulheres que optam por partos menos medicalizados e mais fisiológicos;

3. Dignificar e apoiar o enfermeiro-obstetra que opta por acompanhar gravidezes e partos domiciliares, permitindo que este opte por exercer esta função em regime exclusivo ou paralelo a uma prática hospitalar;

4. Profissionalizar a actividade Doula, enquanto técnico especializado na preparação e acompanhamento emocional da mulher grávida / casal durante a gravidez, parto e pós-parto;

5. Inserir a doula como profissional hospitalar, que acompanharia as mulheres que não trouxessem doulas externas;

6. Permitir que todas as mulheres grávidas em todos os hospitais, maternidades e casas de parto, querendo, possam ser acompanhadas no seu parto, por uma pessoa da sua escolha e por uma doula externa ao local do parto;

7. Criação de uma bolsa de doulas, que realizem o seu serviço vinculadas a entidades que possam oferecer este serviço às mulheres que não possam pagar por ele em regime particular;

8. Haver diversificação de profissionais e clareza nos conteúdos dos cursos de preparação para parto, cabendo à grávida a escolha do tipo de preparação que mais se adequa aos seus interesses/ necessidades (médica, psicológica, emocional, física, espiritual, etc.);

9. Tornar o plano de parto um documento oficial e integrante do boletim de grávida da mulher, para que, desde que ele exista (opção da mulher) tenha de ser obrigatoriamente lido, discutido e respeitado por quem realiza o parto da mulher, sem prejuízo da saúde da mesma e do bebé em caso de real emergência médica, incorrendo em responsabilidade penal para quem não o faça;

10. Divulgação das várias opções de parto existentes (parto hospitalar, parto em casa de parto, parto domiciliar) como possibilidades reais e socialmente reconhecidas, dadas à mulher para escolha informada e consciente e com o devido acompanhamento;

11. Reconhecimento, por parte de todos os profissionais de saúde, do bebé recém-nascido como pessoa de direito, garantindo que toda a intervenção médica e instrumental seja apenas a absolutamente imprescindível para a manutenção de um bom estado de saúde e evitando experiências traumáticas para o ser acabado de nascer, sem prejuízo das medidas necessárias para a manutenção da vida, em caso de real emergência médica;

12. Garantir a sensibilização e formação contínua de todos os técnicos de saúde que contactam com grávidas e mães que amamentam (maternidades, centros de saúde, hospitais, casas de parto, etc.) nos aspectos relacionados com a humanização do nascimento e da amamentação;

13. Manter actualizada a legislação relacionada com os aspectos incluídos no código internacional de marketing para o comércio de substitutos de leite materno, fiscalizando o cumprimento da mesma lei de forma eficiente;

14. Fomentar a realização de programas públicos com conteúdos fidedignos (baseados em evidência científica) relacionados com a amamentação e o parto;

15. Fomentar a divulgação de imagens e mensagens relacionadas com o parto fisiológico e a amamentação, bem como alertar para os perigos do inverso;

16. Beneficiar fiscalmente todos os locais públicos que promovam a amamentação;

17. Multiplicar o número de grupos de amamentação, publicitando-os de forma acessível e visível, grupos estes dinamizados por pessoas com formação específica actualizada em amamentação, creditadas pela OMS /UNICEF.

Da mesma forma que coloquei aqui as propostas relacionadas com os aspectos da gravidez, parto e amamentação, convido os outros contribuidores do blog e elementos do sub-grupo da saúde a fazerem o mesmo relativamente às vertentes específicas da sua actividade ou interesse. Assim será mais fácil visualizarmos um panorama geral, por forma a conseguirmos elaborar um documento resumido mas completo, que integre os variados aspectos da saúde em Portugal.

Obrigada!

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