Pais que acreditam que a escola não é o melhor para os seus filhos...
http://www.drec.min-edu.pt/repositorio/Relatorio_ID_2008_2009_versao_pbl.pdf
ENSINO DOMÉSTICO
Dois patriotismos
Há dois patriotismos. Um é o dos que colocam as coisas nacionais acima das outras só porque são as "suas", ignorando ou desvalorizando os demais povos, nações, línguas e culturas. É um nacionalismo encoberto, uma "xenofobia politicamente correcta", como disse alguém, e um egocentrismo projectado no colectivo, que estreita a inteligência e o coração e só tem trazido violência e dor ao mundo. Outro é o patriotismo daqueles que, desejando o melhor para a sua nação, ou seja, o que torne os seus concidadãos pessoas melhores e mais felizes, valorizam nela o que for bom, mas não se demitem de a criticar e tentar purificá-la dos seus erros e vícios. Para esse efeito, interessam-se pelo que houver de melhor em todas as nações, povos e culturas, procurando promovê-lo e adaptá-lo na sua própria nação. Este é o patriotismo universalista que defendo no meu livro Uma Visão Armilar do Mundo e que encontro, em Portugal, esboçado no Padre António Vieira e florescente em Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Publicada por Paulo Borges à(s) 11:22 0 comentáriosEtiquetas: patriotismo
Casa-Jardim inteiramente de dicada à Gravidez, Maternidade e Educação, em Lisboa
A hora é AGORA!!!!!
Ajudem a colocar em prática um maravilhoso projecto de apoio à gravidez, maternidade e educação das crianças, que pretende colocar no centro de Lisboa e para toda a cidade um portal para o regresso ao passado da aldeia educativa, onde se aprende o parto, a amamentação, a educação e o crescimento, através da observação, da partilha, da interajuda..... um lugar onde se dá espaço à emoção, ao afecto, ao amor....
Não deixem de colaborar. Escrevam, dêem ideias, digam de que forma gostariam de participar, mas não fiquem indiferentes. É preciso a ajuda de todos nós para tornar realidade este sonho, que já foi aprovado pela Câmara de Lisboa.
Vejam aqui: http://wantamiracle.blogspot.com/2010/06/uma-casa-inteiramente-dedicada.html
e aqui: http://www.facebook.com/event.php?eid=133915539960213
Se queremos um país diferente, temos de ser nós, cada um de nós, a torná-lo um lugar diferente.
.
Nova actualização dos Grupos de Trabalho
As únicas alterações é que o Luís Miguel Dantas passou do Grupo 4 para o Grupo 7 e o João Bolila passa a integrar também o grupo da Ecologia.
Grupo 1 – Comunicação
Ana Paula Germano
Ana Proença (apoio logístico a eventos) (mcunmani[at]gmail.com)
Ana Sofia Costa (asofcosta[at]sapo.pt)
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Cristina Cabral (cristina-cabral2009[at]hotmail.com)
Helena Andrade (lenandrade555{at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Sofia Costa Madeira (coordenadora) (sofiacmadeira[at]gmail.com
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 2 – Reconhecimento constitucional da senciência dos animais
Ilda Castro (coordenadora) (castro.ilda[at]gmail.com)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Marlene Dias (marl.ene[at]hotmail.com)
Pedro Sena (coordenador) (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Pedro Taborda de Oliveira (plstno[at]yahoo.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Rute Pinheiro (pinheirorute[at]sapo.pt)
Vera Fonseca (vera.ff[at]gmail.com)
Grupo 3 - Economia/Energias alternativas
Carlos Ramos (coordenador) (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
João Alves Aguiar (joao.alves.aguiar[at]ist.utl.pt)
João Bolila (jbolila[at]gmail.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 4 – Ecologia
Ilda Castro (castro.ilda[at]gmail.com)
João Bolila (jbolila[at]gmail.com)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rui Almeida (coordenador) (mepc[at]sapo.pt)
Grupo 5 - Política
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Carlos Ramos (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
David Amaral (coordenador) (david2002[at]sapo.pt)
Ethel Feldman (ethel.feldman[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Maria de Lourdes Alvarez (maria.lourd.alvarez[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rita Uva (ritasuva[at]gmail.com)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 6 - Educação e Cultura
Aldora Amaral (amaralaldora[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Cristina Moura
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Duarte Soares (duarte.soares[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Gil (fernanda.gil[at]gmail.com)
Fernando Emídio (fernandoemidio[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
Helena Carla Gonçalo Ferreira
Henrique Areias (henriqueareias[at]hotmail.com)
Joana dos Espíritos
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Luís Santos (lcsantos[at]netcabo.pt)
Manuel Fúria
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Paulo Feitais (coordenador) (paulofeitais[at]gmail.com)
Teresa Petrini Reis (theresapetrini[at]gmail.com)
Zé Leonel
Grupo 7 - Saúde
Ana Nogueira (ananogueira3[at]netcabo.pt)
Ana Paula Germano
Carlos Gonçalves (carloshomeopata[at]hotmail.com)
Celine Jacinto Rodrigues (celinejacinto[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Vaz (sintra[at]portugraal.net)
Helena Andrade (lenandrade555[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Maria da Conceição Pinho
Marta Figueira (doulamarta[at]gmail.com)
Paulo Antunes (buenoantunes[at]gmail.com)
Paulo Ribeiro (sintra[at]portugraal.net)
Yara-Cléo Bueno (coordenadora) (yaradoulacleo[at]ymail.com)
Grupo 8 - Portugal, Lusofonia, diálogo entre culturas e religiões
Ana Filipa Teles (filipateles[at]hotmail.com)
Cristina Moura
Dirk Hennrich (Dirk.Hennrich[at]gmx.ch)
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Moysés Gurgel (moyses.gurgel[at]gmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (coordenador) (pauloaeborges[at]gmail.com)
Rui Lopo (rui.lopo[at]gmail.com)
Sérgio Mago (sergio[at]sergiomago.com)
Paulo Borges (coordenação geral) (pauloaeborges[at]gmail.com)
Nota: nos emails a @ foi substituída por [at] para evitar o spam.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Publicada por Serafina à(s) 00:20 0 comentáriosEtiquetas: Grupos de trabalho
Petição para proibir a publicidade dirigida às crianças menores de 12 anos
Coloquei no grupo privado do Facebook o texto/rascunho da petição, para discussão. Se acharem que se deve acrescentar algo mais, por favor digam.
Quem estiver no Facebook e ligado ao grupo pode aceder clicando no link acima. Quem quiser receber o texto por e-mail, diga aqui, que eu envio.
Entretanto, podem ler este artigo, que explica porque a Suécia já fez esta proibição.
Saudações,
S.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Publicada por Serafina à(s) 20:47 0 comentáriosEtiquetas: Comunicação, Educação
Actualização dos Grupos de Trabalho
Temos três novos membros, Luís Miguel Dantas, Isabel Pessôa-Lopes e Maria Adelaide Miranda. A Sílvia Neto informou sobre a sua vontade de sair.
Grupo 1 – Comunicação
Ana Paula Germano
Ana Proença (apoio logístico a eventos) (mcunmani[at]gmail.com)
Ana Sofia Costa (asofcosta[at]sapo.pt)
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Cristina Cabral (cristina-cabral2009[at]hotmail.com)
Helena Andrade (lenandrade555{at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Sofia Costa Madeira (coordenadora) (sofiacmadeira[at]gmail.com)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 2 – Reconhecimento constitucional da senciência dos animais
Ilda Castro (coordenadora) (castro.ilda[at]gmail.com)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Marlene Dias (marl.ene[at]hotmail.com)
Pedro Sena (coordenador) (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Pedro Taborda de Oliveira (plstno[at]yahoo.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Rute Pinheiro (pinheirorute[at]sapo.pt)
Vera Fonseca (vera.ff[at]gmail.com)
Grupo 3 - Economia/Energias alternativas
Carlos Ramos (coordenador) (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
João Alves Aguiar (joao.alves.aguiar[at]ist.utl.pt)
João Bolila (jbolila[at]gmail.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 4 – Ecologia
Ilda Castro (castro.ilda[at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rui Almeida (coordenador) (mepc[at]sapo.pt)
Grupo 5 - Política
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Carlos Ramos (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
David Amaral (coordenador) (david2002[at]sapo.pt)
Ethel Feldman (ethel.feldman[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Maria de Lourdes Alvarez (maria.lourd.alvarez[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rita Uva (ritasuva[at]gmail.com)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 6 - Educação e Cultura
Aldora Amaral (amaralaldora[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Cristina Moura
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Duarte Soares (duarte.soares[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Gil (fernanda.gil[at]gmail.com)
Fernando Emídio (fernandoemidio[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
Helena Carla Gonçalo Ferreira
Henrique Areias (henriqueareias[at]hotmail.com)
Joana dos Espíritos
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Luís Santos (lcsantos[at]netcabo.pt)
Manuel Fúria
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Paulo Feitais (coordenador) (paulofeitais[at]gmail.com)
Teresa Petrini Reis (theresapetrini[at]gmail.com)
Zé Leonel
Grupo 7 - Saúde
Ana Nogueira (ananogueira3[at]netcabo.pt)
Ana Paula Germano
Carlos Gonçalves (carloshomeopata[at]hotmail.com)
Celine Jacinto Rodrigues (celinejacinto[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Vaz (sintra[at]portugraal.net)
Helena Andrade (lenandrade555[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Maria da Conceição Pinho
Marta Figueira (doulamarta[at]gmail.com)
Paulo Antunes (buenoantunes[at]gmail.com)
Paulo Ribeiro (sintra[at]portugraal.net)
Yara-Cléo Bueno (coordenadora) (yaradoulacleo[at]ymail.com)
Grupo 8 - Portugal, Lusofonia, diálogo entre culturas e religiões
Ana Filipa Teles (filipateles[at]hotmail.com)
Cristina Moura
Dirk Hennrich (Dirk.Hennrich[at]gmx.ch)
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Moysés Gurgel (moyses.gurgel[at]gmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (coordenador) (pauloaeborges[at]gmail.com)
Rui Lopo (rui.lopo[at]gmail.com)
Sérgio Mago (sergio[at]sergiomago.com)
Paulo Borges (coordenação geral) (pauloaeborges[at]gmail.com)
Nota: nos emails a @ foi substituída por [at] para evitar o spam.
Acho que na sociedade actual nos falta filosofia
"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma. "
José Saramago, entrevista à Revista do Expresso, 11 de Outubro de 2008
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Publicada por Serafina à(s) 18:48 0 comentáriosEtiquetas: José Saramago
SALVAMOS AS NOSSAS ?
Petição Online contra o abate e poda radical das árvores de Sintra.
Árvores centenárias estão a ser indiscriminadamente cortadas em Sintra.
Leiam e assinem... por todos nós !!!
http://www.peticao.com.pt/arvores-de-sintra
Debate público com o Dr. Fernando Nobre sobre ecologia, direitos dos animais, consumo de carne e fome no mundo
O Dr. Fernando Nobre, enquanto candidato à Presidência da República, exporá as suas posições sobre a questão ecológica, os direitos dos animais, o consumo de carne e a fome no mundo, num debate público que terá lugar no dia 24 de Junho, 5ª feira, às 18.30, no Anfiteatro IV da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
O moderador será Paulo Borges e a organização é da revista Cultura ENTRE Culturas, com o apoio do Movimento Outro Portugal (Manifesto Refundar Portugal) e do Partido Pelos Animais. Serão dirigidos convites aos demais candidatos para debater as mesmas questões.
A revista Cultura ENTRE Culturas agradece ao Dr. Fernando Nobre haver aceitado o convite para debater publicamente estas questões, de crucial importância no momento actual.
A revista, dedicada ao diálogo intercultural e ao despertar da consciência cívica para as grandes questões mundiais, estará à venda no evento.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Publicada por Paulo Borges à(s) 11:01 0 comentáriosEtiquetas: consumo de carne, Direitos dos Animais, Ecologia, Fernando Nobre, fome, revista Cultura ENTRE Culturas
À Conversa com...
Na próxima 4ª feira, dia 16, às 21,30h, na Escola Aberta Agostinho da Silva, a actividade "À Conversa Com..." será com a Associação Amigos dos Animais. Uma iniciativa do "Outro Portugal" - Alhos Vedros.
"[…] em política não há adversários: há colaboradores com outra opinião"
- Agostinho da Silva, “Bárbaros à Porta”, As Aproximações [1960], in Textos e Ensaios Filosóficos II, p. 65.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Publicada por Paulo Borges à(s) 15:35 0 comentáriosEtiquetas: Agostinho da Silva, política
Portugal e a Lusofonia só fazem sentido num novo paradigma civilizacional
Hoje, 10 de Junho, reuniram-se 200 pessoas no Colóquio sobre a Missão de Portugal no mundo para afirmar consensualmente que Portugal só faz sentido no contexto de um novo paradigma civilizacional, alternativo ao que hoje declina. A tarefa é agora formular esse paradigma e, sobretudo, praticá-lo desde já: Portugal e a Lusofonia só se cumprem transcendendo-se e esquecendo-se no serviço do bem de tudo e todos. É o rumo que aponta o Movimento Outro Portugal: umoutroportugal.blogspot.com
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Publicada por Paulo Borges à(s) 22:12 0 comentáriosEtiquetas: 10 de Junho, Movimento Outro Portugal
"TODOS DIFERENTES TODOS ESPECIAIS"
. A ARTE NA ERA DO PORQUINHO BABE .
. JARDIM DE INVERNO DO TEATRO MUNICIPAL DE SÃO LUIZ . LISBOA .
. 7 DE JUNHO 2010 .
TODOS DIFERENTES TODOS ESPECIAIS
Mental Noise, 2010, 23´- filme de Ilsa D´Orzac
Em 1919, D.W.Griffith realizou Broken Blossoms (O Lírio Quebrado), filme que relata uma história de violência do “mais forte” sobre o “mais fraco”, de um “homem” sobre uma “mulher”, de um “pai” sobre uma “filha”. O século XVIII viu surgir três movimentos: o abolicionismo, o feminismo e a luta pela defesa dos direitos dos animais. Estes movimentos têm em comum a defesa dos direitos de seres que sentem e sobre os quais era, e em muitos casos ainda é, impunemente infligido sofrimento. A violência de um animal humano sobre outro animal humano, de um homem sobre uma mulher ou de um animal humano sobre um animal não humano, pertencem ao mesmo domínio mental. Mental Noise, de Ilsa D´Orzac, é sobre essa relação e dedicado a todos os seres sencientes. Por essa razão pede emprestado imagens de Broken Blossoms e toma Lilian Gish como representação dos seres sencientes maltratados, humanos e não humanos, que precisam de ser defendidos por todos nós. Em 1772, a ideóloga e intervencionista inglesa Mary Wollstonecraft, publicou o primeiro tratado reivindicativo de liberdade e igualdade, não apenas entre homens mas também para as mulheres e para os animais, contestando a violência nas suas várias formas de expressão: contra raças, sexo, condição económica, infância, animais e contra a Natureza. Passaram duzentos e trinta e oito anos e se olharmos à nossa volta… o que dizer dos vitelos torturados impiedosamente para que a sua carne permaneça tenra para os humanos? E de todos os outros casos, na alimentação, na experimentação, na moda, na vida quotidiana? Constatamos uma profunda regressão no que respeita a esta matéria.
Mas a defesa dos direitos dos animais não humanos não significa que os que a praticam sejam apaixonados por esses animais como quem é apaixonado por Ferrari´s ou pelos novos gadjets informáticos, ou similares. Podem ser ou não ser. Mas são, isso sim, conscientes de que o lugar que ocupam na existência e no planeta é partilhado em condições idênticas e não em arrogante supremacia atribuída pela razão. O que essa defesa manifesta é respeito pelo Vivo e reconhecimento da ignorância apensa às prerrogativas da superioridade mecanicista. Daí resulta que os que defendem os direitos dos animais também defendem os direitos dos vegetais e os direitos dos minerais. Defendem a Natureza e a natureza cosmobiológica de todos os seres, a sua incluída.
O respeito pelos outros animais é assim o primeiro grau e o ponto de partida para uma mudança de paradigma tendente a um novo entendimento e prática da Vida. Quando mais essa percepção for na sua abrangência assimilada, maior será o desenvolvimento de outras percepções sobre a existência no planeta Terra e a sua inter-relação cosmobiológica. Percepções que os sistemas orientados pelos interesses económicos e pelo lucro pretenderam e com sucesso, ilidir.
Inúmeros mal-entendidos emergem acerca do sofrimento imposto a estes seres sencientes. Por exemplo, a ideia de que é necessário comer diariamente proteínas animais. Incrível pretensão, não só porque do ponto de vista nutricional tanto funcionam as proteínas animais como as vegetais, mas também porque intenta fazer crer que ao longo da história da espécie humana os sujeitos sempre tiveram essa prática e – de não somenos importância – essa possibilidade. Obviamente é falso. Essa possibilidade passou a existir apenas desde que a produção agro-pecária em massa foi instituída, ou seja, recentemente. Outro mal-entendido é a ideia de que os animais não humanos sempre existiram para o prazer e gáudio dos humanos, qualquer que seja a forma que esse gáudio e prazer assumam. Ora, também é falso. O paradigma mecanicista assim o advoga mas o cartesianismo surgiu no século XVII, há apenas trezentos anos portanto. O que a documentação histórica confirma é que sempre existiu a defesa do entendimento oposto. Já Pitágoras (552-496 a.C.) recusava consumir carne de animais ou estar sequer próximo dos que os caçavam e matavam, e o imperador indiano Asoka (274-232 a.C.) instituiu explicitamente no seu longo e feliz reinado, a não realização de sacrifícios de sangue e a provisão de tratamentos médicos, de poços e de árvores para benefício de humanos e de animais não humanos! Outro forte mal-entendido é o famoso repto de que é integrante da natureza humana a necessidade de domínio e subjugação da Natureza e dos mais fracos, nomeadamente os outros humanos. Ainda hoje, e apesar de todas as démarches para que tal não seja possível, existem comunidades onde esse princípio não só não é praticado como é repudiado. Mas sobretudo, deveria ser do conhecimento público que a ideia generalizada de competição no universo provém de Herbert Spencer (1820-1903), autor da expressão "sobrevivência do mais apto", que pura e simplesmente a retirou do discurso económico e a implantou como prótese, no pensamento darwinista. E infelizmente graças a interesses de uns e desatenções de outros, instituiu-se como verdade o que verdadeiro não é.
Alguns pensam que esta vontade de respeito pelos animais e pela natureza é uma moda ou aberração de alguns sujeitos pós-modernos. Quanto estão enganados! Ao longo da história e em todas as épocas sucedem-se os exemplos na filosofia, na legislação, nas artes, na ciência, nas academias, de mulheres e homens que se manifestaram no espaço público e privado na luta pela defesa dos seres sencientes, incluso os animais não humanos. Em 1789, quando em Portugal (e suas colónias na Índia) e em França, os escravos negros estavam a ser libertados, nos territórios britânicos e colónias portuguesas na América e Àfrica continuavam a ser escravizados, Jeremy Bentham afirmou sobre as outras espécies animais “a questão não é saber se podem pensar ou falar, mas saber se podem sofrer!”. Atestando quanto temos sido e estamos também enganados em relação às práticas da Idade Média, é bom partilhar algo já publicado mas muito pouco assimilado. Durante a Idade Média, entre o século XIII e o século XVIII, os cinco séculos mais recentes na confluência com a instituição do pensamento mecanicista e capitalista, realizaram-se na Europa os Processos dos Animais. Em que consistiam esses processos? Consistiam na outorgação de representação jurídica legal aos interesses de animais não humanos, inconvenientes, que interferiam com o lucro e a economia das práticas agrícolas. Porque nesses tempos, os humanos não se arrogavam o direito de simplesmente abusar ou aniquilar os outros animais e sabiam que
“Tudo o que existe, existe em Deus, e sem Deus nada pode existir nem ser concebido” Espinosa
Respeitemos a Vida e o que nela Vive.
Ilda Teresa Castro
(investigadora)
POR UMA MUDANÇA DE PARADIGMA, TODOS DIFERENTES TODOS ESPECIAIS
Não deite fora este texto, guarde-o, leia-o e passe-o a outra pessoa. Todos somos especiais.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Publicada por Paulo Borges à(s) 11:16 0 comentáriosEtiquetas: Direitos dos Animais, Ilda Castro
"Outro Portugal", Alhos Vedros
Acta 4, 30 de Maio de 2010
Presenças: Leonel, Croca, Maribel, Edgar, Luís Delgado, Luís Carlos, Fernanda e Célia. O Raminhos justificou antecipadamente a sua ausência por motivos familiares. O Diogo, acabado de chegar de Berlim, também esteve ausente.
A reunião decorreu na Praia da Gorda, ali mesmo à beira do Tejo. E foi assim que embalados pelo vai-vem da suave ondulação entrámos pela conversa adentro.
Realizou-se um Encontro de História Local, em Alhos Vedros, que teve como orador José Manuel Vargas. Um dos membros do “OPA” (Outro Portugal em Alhos Vedros) esteve envolvido na sua organização.
Ainda sobre História Local foi aberto um blogue com o objectivo de elaborar um Dossier que vá reunindo documentação sobre património histórico. O endereço é: http://av500anos.blogspot.com . Ficaram todos convocados para colaborarem.
Foram propostas duas actividades para se realizarem a curto prazo. Os temas são: Animais Abandonados e lançamento da Revista “Entre”. Os dois eventos deverão ocorrer, em princípio, na Escola Aberta Agostinho da Silva.
Ficaram de ser escritos dois artigos a publicar no “Estudo Geral”. Arborização e Núcleos Urbanos dão o mote.
O teatro, mais cedo ou mais tarde, sairá à cena.
Foram tiradas muitas fotografias e esperemos que desta vez os artistas as partilhem e não fiquem com elas para deleite exclusivo.
A próxima reunião ficou marcada para 20 de Junho, às 16,30h, na praia do "Chico Camisolita", como se todos os caminhos fossem dar à praia.
Pelo OPA,
Luís Santos
sábado, 5 de junho de 2010
Publicada por Estudo Geral à(s) 21:12 0 comentáriosEtiquetas: Alhos Vedros
Um novo paradigma: o Estado ecológico
"Se se considera a primeira vocação da filosofia política, não me parece exagerado acrescentar esta nova característica do Estado racional: o Estado de direito social e democrático deve integrar também uma dimensão ecológica. Entendo por isso que a conservação dos fundamentos naturais da vida deve constituir uma das funções principais do Estado. Todo o Estado que não cumpra esta tarefa perde a sua legitimidade [...]"
- Vittorio Hösle, Philosophie de la Crise Écologique, tradução de Matthieu Dumont, Marselha, Éditions Wildproject, 2009, p.194.
Uma das causas da crise ecológica
"Para os autores clássicos da economia, incluindo Marx, o valor é uma quantidade abstracta de tempo de trabalho escoado. Por isso, a natureza não explorada encerra um valor nulo. Reconhece-se facilmente nesta posição antropocêntrica a simetria económica da alteração cartesiana da natureza numa "res extensa". Do mesmo modo que, em Kant e Fichte, a natureza não é o receptáculo de um valor moral, ela não tem em Smith, Ricardo e Marx nenhum valor económico em si. Esta convicção, profundamente enraízada, é uma das causas principais da crise ecológica"
- Vittorio Hösle, Filosofia da Crise Ecológica.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Publicada por Paulo Borges à(s) 18:02 0 comentáriosEtiquetas: crise ecológica, Vittorio Hösle
ENSINO DOMÉSTICO
http://www.drec.min-edu.pt/repositorio/Relatorio_ID_2008_2009_versao_pbl.pdf
Dois patriotismos
Casa-Jardim inteiramente de dicada à Gravidez, Maternidade e Educação, em Lisboa
Ajudem a colocar em prática um maravilhoso projecto de apoio à gravidez, maternidade e educação das crianças, que pretende colocar no centro de Lisboa e para toda a cidade um portal para o regresso ao passado da aldeia educativa, onde se aprende o parto, a amamentação, a educação e o crescimento, através da observação, da partilha, da interajuda..... um lugar onde se dá espaço à emoção, ao afecto, ao amor....
Não deixem de colaborar. Escrevam, dêem ideias, digam de que forma gostariam de participar, mas não fiquem indiferentes. É preciso a ajuda de todos nós para tornar realidade este sonho, que já foi aprovado pela Câmara de Lisboa.
Vejam aqui: http://wantamiracle.blogspot.com/2010/06/uma-casa-inteiramente-dedicada.html
e aqui: http://www.facebook.com/event.php?eid=133915539960213
Se queremos um país diferente, temos de ser nós, cada um de nós, a torná-lo um lugar diferente.
.
Nova actualização dos Grupos de Trabalho
Grupo 1 – Comunicação
Ana Paula Germano
Ana Proença (apoio logístico a eventos) (mcunmani[at]gmail.com)
Ana Sofia Costa (asofcosta[at]sapo.pt)
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Cristina Cabral (cristina-cabral2009[at]hotmail.com)
Helena Andrade (lenandrade555{at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Sofia Costa Madeira (coordenadora) (sofiacmadeira[at]gmail.com
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 2 – Reconhecimento constitucional da senciência dos animais
Ilda Castro (coordenadora) (castro.ilda[at]gmail.com)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Marlene Dias (marl.ene[at]hotmail.com)
Pedro Sena (coordenador) (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Pedro Taborda de Oliveira (plstno[at]yahoo.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Rute Pinheiro (pinheirorute[at]sapo.pt)
Vera Fonseca (vera.ff[at]gmail.com)
Grupo 3 - Economia/Energias alternativas
Carlos Ramos (coordenador) (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
João Alves Aguiar (joao.alves.aguiar[at]ist.utl.pt)
João Bolila (jbolila[at]gmail.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 4 – Ecologia
Ilda Castro (castro.ilda[at]gmail.com)
João Bolila (jbolila[at]gmail.com)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rui Almeida (coordenador) (mepc[at]sapo.pt)
Grupo 5 - Política
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Carlos Ramos (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
David Amaral (coordenador) (david2002[at]sapo.pt)
Ethel Feldman (ethel.feldman[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Maria de Lourdes Alvarez (maria.lourd.alvarez[at]gmail.com)
Pedro Sena (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Rita Uva (ritasuva[at]gmail.com)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 6 - Educação e Cultura
Aldora Amaral (amaralaldora[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Cristina Moura
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Duarte Soares (duarte.soares[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Gil (fernanda.gil[at]gmail.com)
Fernando Emídio (fernandoemidio[at]gmail.com)
Helena Caetano (helena.caetano[at]gmail.com)
Helena Carla Gonçalo Ferreira
Henrique Areias (henriqueareias[at]hotmail.com)
Joana dos Espíritos
José Serrão (jadserrao[at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Luís Santos (lcsantos[at]netcabo.pt)
Manuel Fúria
Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
Mário Nuno Neves (MNNCMMAIA[at]hotmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Paulo Feitais (coordenador) (paulofeitais[at]gmail.com)
Teresa Petrini Reis (theresapetrini[at]gmail.com)
Zé Leonel
Grupo 7 - Saúde
Ana Nogueira (ananogueira3[at]netcabo.pt)
Ana Paula Germano
Carlos Gonçalves (carloshomeopata[at]hotmail.com)
Celine Jacinto Rodrigues (celinejacinto[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Dulce Alves (dulce.alves[at]gmail.com)
Fernanda Vaz (sintra[at]portugraal.net)
Helena Andrade (lenandrade555[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Maria da Conceição Pinho
Marta Figueira (doulamarta[at]gmail.com)
Paulo Antunes (buenoantunes[at]gmail.com)
Paulo Ribeiro (sintra[at]portugraal.net)
Yara-Cléo Bueno (coordenadora) (yaradoulacleo[at]ymail.com)
Grupo 8 - Portugal, Lusofonia, diálogo entre culturas e religiões
Ana Filipa Teles (filipateles[at]hotmail.com)
Cristina Moura
Dirk Hennrich (Dirk.Hennrich[at]gmx.ch)
Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Moysés Gurgel (moyses.gurgel[at]gmail.com)
Paula Morais (paulamorais.mail[at]gmail.com)
Paulo Borges (coordenador) (pauloaeborges[at]gmail.com)
Rui Lopo (rui.lopo[at]gmail.com)
Sérgio Mago (sergio[at]sergiomago.com)
Paulo Borges (coordenação geral) (pauloaeborges[at]gmail.com)
Nota: nos emails a @ foi substituída por [at] para evitar o spam.
Petição para proibir a publicidade dirigida às crianças menores de 12 anos
Quem estiver no Facebook e ligado ao grupo pode aceder clicando no link acima. Quem quiser receber o texto por e-mail, diga aqui, que eu envio.
Entretanto, podem ler este artigo, que explica porque a Suécia já fez esta proibição.
Saudações,
S.
Actualização dos Grupos de Trabalho
Grupo 1 – Comunicação
Ana Paula Germano
Ana Proença (apoio logístico a eventos) (mcunmani[at]gmail.com)
Ana Sofia Costa (asofcosta[at]sapo.pt)
Bernardo Almeida (nacibas[at]gmail.com)
Cristina Cabral (cristina-cabral2009[at]hotmail.com)
Helena Andrade (lenandrade555{at]gmail.com)
Luís Miguel Dantas (luismigueldantas[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
Paulo Borges (pauloaeborges[at]gmail.com)
Sofia Costa Madeira (coordenadora) (sofiacmadeira[at]gmail.com)
Tiago Lucena (tiagolucena[at]gmail.com)
Grupo 2 – Reconhecimento constitucional da senciência dos animais
Ilda Castro (coordenadora) (castro.ilda[at]gmail.com)
Maria Adelaide Miranda (maria_adelaide_miranda[at]hotmail.com)
Marlene Dias (marl.ene[at]hotmail.com)
Pedro Sena (coordenador) (pedrosena[at]partidopelosanimais.com)
Pedro Taborda de Oliveira (plstno[at]yahoo.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
Rute Pinheiro (pinheirorute[at]sapo.pt)
Vera Fonseca (vera.ff[at]gmail.com)
Grupo 3 - Economia/Energias alternativas
Carlos Ramos (coordenador) (carlos.silv.ramos[at]gmail.com)
Isabel Pessôa-Lopes (pessoa_lopes[at]yahoo.co.uk)
João Alves Aguiar (joao.alves.aguiar[at]ist.utl.pt)
João Bolila (jbolila[at]gmail.com)
Rui Almeida (mepc[at]sapo.pt)
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Grupo 4 – Ecologia
Ilda Castro (castro.ilda[at]gmail.com)
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Maribel Sobreira (maribel.sobreira[at]gmail.com)
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Grupo 5 - Política
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Grupo 6 - Educação e Cultura
Aldora Amaral (amaralaldora[at]gmail.com)
Cristina Castro (cristina.om.castro[at]gmail.com)
Cristina Moura
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Grupo 7 - Saúde
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Maria da Conceição Pinho
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Grupo 8 - Portugal, Lusofonia, diálogo entre culturas e religiões
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Cristina Moura
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Duarte Braga (duartedbraga[at]gmail.com)
Luís Resina (luisresina[at]meo.pt)
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Paulo Borges (coordenador) (pauloaeborges[at]gmail.com)
Rui Lopo (rui.lopo[at]gmail.com)
Sérgio Mago (sergio[at]sergiomago.com)
Paulo Borges (coordenação geral) (pauloaeborges[at]gmail.com)
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Acho que na sociedade actual nos falta filosofia
"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma. "
José Saramago, entrevista à Revista do Expresso, 11 de Outubro de 2008
SALVAMOS AS NOSSAS ?
Árvores centenárias estão a ser indiscriminadamente cortadas em Sintra.
Leiam e assinem... por todos nós !!!
http://www.peticao.com.pt/arvores-de-sintra
Debate público com o Dr. Fernando Nobre sobre ecologia, direitos dos animais, consumo de carne e fome no mundo
O Dr. Fernando Nobre, enquanto candidato à Presidência da República, exporá as suas posições sobre a questão ecológica, os direitos dos animais, o consumo de carne e a fome no mundo, num debate público que terá lugar no dia 24 de Junho, 5ª feira, às 18.30, no Anfiteatro IV da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
O moderador será Paulo Borges e a organização é da revista Cultura ENTRE Culturas, com o apoio do Movimento Outro Portugal (Manifesto Refundar Portugal) e do Partido Pelos Animais. Serão dirigidos convites aos demais candidatos para debater as mesmas questões.
A revista Cultura ENTRE Culturas agradece ao Dr. Fernando Nobre haver aceitado o convite para debater publicamente estas questões, de crucial importância no momento actual.
A revista, dedicada ao diálogo intercultural e ao despertar da consciência cívica para as grandes questões mundiais, estará à venda no evento.
À Conversa com...
"[…] em política não há adversários: há colaboradores com outra opinião"
Portugal e a Lusofonia só fazem sentido num novo paradigma civilizacional
"TODOS DIFERENTES TODOS ESPECIAIS"
. A ARTE NA ERA DO PORQUINHO BABE .
. JARDIM DE INVERNO DO TEATRO MUNICIPAL DE SÃO LUIZ . LISBOA .
. 7 DE JUNHO 2010 .
TODOS DIFERENTES TODOS ESPECIAIS
Mental Noise, 2010, 23´- filme de Ilsa D´Orzac
Em 1919, D.W.Griffith realizou Broken Blossoms (O Lírio Quebrado), filme que relata uma história de violência do “mais forte” sobre o “mais fraco”, de um “homem” sobre uma “mulher”, de um “pai” sobre uma “filha”. O século XVIII viu surgir três movimentos: o abolicionismo, o feminismo e a luta pela defesa dos direitos dos animais. Estes movimentos têm em comum a defesa dos direitos de seres que sentem e sobre os quais era, e em muitos casos ainda é, impunemente infligido sofrimento. A violência de um animal humano sobre outro animal humano, de um homem sobre uma mulher ou de um animal humano sobre um animal não humano, pertencem ao mesmo domínio mental. Mental Noise, de Ilsa D´Orzac, é sobre essa relação e dedicado a todos os seres sencientes. Por essa razão pede emprestado imagens de Broken Blossoms e toma Lilian Gish como representação dos seres sencientes maltratados, humanos e não humanos, que precisam de ser defendidos por todos nós. Em 1772, a ideóloga e intervencionista inglesa Mary Wollstonecraft, publicou o primeiro tratado reivindicativo de liberdade e igualdade, não apenas entre homens mas também para as mulheres e para os animais, contestando a violência nas suas várias formas de expressão: contra raças, sexo, condição económica, infância, animais e contra a Natureza. Passaram duzentos e trinta e oito anos e se olharmos à nossa volta… o que dizer dos vitelos torturados impiedosamente para que a sua carne permaneça tenra para os humanos? E de todos os outros casos, na alimentação, na experimentação, na moda, na vida quotidiana? Constatamos uma profunda regressão no que respeita a esta matéria.
Mas a defesa dos direitos dos animais não humanos não significa que os que a praticam sejam apaixonados por esses animais como quem é apaixonado por Ferrari´s ou pelos novos gadjets informáticos, ou similares. Podem ser ou não ser. Mas são, isso sim, conscientes de que o lugar que ocupam na existência e no planeta é partilhado em condições idênticas e não em arrogante supremacia atribuída pela razão. O que essa defesa manifesta é respeito pelo Vivo e reconhecimento da ignorância apensa às prerrogativas da superioridade mecanicista. Daí resulta que os que defendem os direitos dos animais também defendem os direitos dos vegetais e os direitos dos minerais. Defendem a Natureza e a natureza cosmobiológica de todos os seres, a sua incluída.
O respeito pelos outros animais é assim o primeiro grau e o ponto de partida para uma mudança de paradigma tendente a um novo entendimento e prática da Vida. Quando mais essa percepção for na sua abrangência assimilada, maior será o desenvolvimento de outras percepções sobre a existência no planeta Terra e a sua inter-relação cosmobiológica. Percepções que os sistemas orientados pelos interesses económicos e pelo lucro pretenderam e com sucesso, ilidir.
Inúmeros mal-entendidos emergem acerca do sofrimento imposto a estes seres sencientes. Por exemplo, a ideia de que é necessário comer diariamente proteínas animais. Incrível pretensão, não só porque do ponto de vista nutricional tanto funcionam as proteínas animais como as vegetais, mas também porque intenta fazer crer que ao longo da história da espécie humana os sujeitos sempre tiveram essa prática e – de não somenos importância – essa possibilidade. Obviamente é falso. Essa possibilidade passou a existir apenas desde que a produção agro-pecária em massa foi instituída, ou seja, recentemente. Outro mal-entendido é a ideia de que os animais não humanos sempre existiram para o prazer e gáudio dos humanos, qualquer que seja a forma que esse gáudio e prazer assumam. Ora, também é falso. O paradigma mecanicista assim o advoga mas o cartesianismo surgiu no século XVII, há apenas trezentos anos portanto. O que a documentação histórica confirma é que sempre existiu a defesa do entendimento oposto. Já Pitágoras (552-496 a.C.) recusava consumir carne de animais ou estar sequer próximo dos que os caçavam e matavam, e o imperador indiano Asoka (274-232 a.C.) instituiu explicitamente no seu longo e feliz reinado, a não realização de sacrifícios de sangue e a provisão de tratamentos médicos, de poços e de árvores para benefício de humanos e de animais não humanos! Outro forte mal-entendido é o famoso repto de que é integrante da natureza humana a necessidade de domínio e subjugação da Natureza e dos mais fracos, nomeadamente os outros humanos. Ainda hoje, e apesar de todas as démarches para que tal não seja possível, existem comunidades onde esse princípio não só não é praticado como é repudiado. Mas sobretudo, deveria ser do conhecimento público que a ideia generalizada de competição no universo provém de Herbert Spencer (1820-1903), autor da expressão "sobrevivência do mais apto", que pura e simplesmente a retirou do discurso económico e a implantou como prótese, no pensamento darwinista. E infelizmente graças a interesses de uns e desatenções de outros, instituiu-se como verdade o que verdadeiro não é.
Alguns pensam que esta vontade de respeito pelos animais e pela natureza é uma moda ou aberração de alguns sujeitos pós-modernos. Quanto estão enganados! Ao longo da história e em todas as épocas sucedem-se os exemplos na filosofia, na legislação, nas artes, na ciência, nas academias, de mulheres e homens que se manifestaram no espaço público e privado na luta pela defesa dos seres sencientes, incluso os animais não humanos. Em 1789, quando em Portugal (e suas colónias na Índia) e em França, os escravos negros estavam a ser libertados, nos territórios britânicos e colónias portuguesas na América e Àfrica continuavam a ser escravizados, Jeremy Bentham afirmou sobre as outras espécies animais “a questão não é saber se podem pensar ou falar, mas saber se podem sofrer!”. Atestando quanto temos sido e estamos também enganados em relação às práticas da Idade Média, é bom partilhar algo já publicado mas muito pouco assimilado. Durante a Idade Média, entre o século XIII e o século XVIII, os cinco séculos mais recentes na confluência com a instituição do pensamento mecanicista e capitalista, realizaram-se na Europa os Processos dos Animais. Em que consistiam esses processos? Consistiam na outorgação de representação jurídica legal aos interesses de animais não humanos, inconvenientes, que interferiam com o lucro e a economia das práticas agrícolas. Porque nesses tempos, os humanos não se arrogavam o direito de simplesmente abusar ou aniquilar os outros animais e sabiam que
“Tudo o que existe, existe em Deus, e sem Deus nada pode existir nem ser concebido” Espinosa
Respeitemos a Vida e o que nela Vive.
Ilda Teresa Castro
(investigadora)
POR UMA MUDANÇA DE PARADIGMA, TODOS DIFERENTES TODOS ESPECIAIS
Não deite fora este texto, guarde-o, leia-o e passe-o a outra pessoa. Todos somos especiais.
"Outro Portugal", Alhos Vedros
Presenças: Leonel, Croca, Maribel, Edgar, Luís Delgado, Luís Carlos, Fernanda e Célia. O Raminhos justificou antecipadamente a sua ausência por motivos familiares. O Diogo, acabado de chegar de Berlim, também esteve ausente.
A reunião decorreu na Praia da Gorda, ali mesmo à beira do Tejo. E foi assim que embalados pelo vai-vem da suave ondulação entrámos pela conversa adentro.
Realizou-se um Encontro de História Local, em Alhos Vedros, que teve como orador José Manuel Vargas. Um dos membros do “OPA” (Outro Portugal em Alhos Vedros) esteve envolvido na sua organização.
Ainda sobre História Local foi aberto um blogue com o objectivo de elaborar um Dossier que vá reunindo documentação sobre património histórico. O endereço é: http://av500anos.blogspot.com . Ficaram todos convocados para colaborarem.
Foram propostas duas actividades para se realizarem a curto prazo. Os temas são: Animais Abandonados e lançamento da Revista “Entre”. Os dois eventos deverão ocorrer, em princípio, na Escola Aberta Agostinho da Silva.
Ficaram de ser escritos dois artigos a publicar no “Estudo Geral”. Arborização e Núcleos Urbanos dão o mote.
O teatro, mais cedo ou mais tarde, sairá à cena.
Foram tiradas muitas fotografias e esperemos que desta vez os artistas as partilhem e não fiquem com elas para deleite exclusivo.
A próxima reunião ficou marcada para 20 de Junho, às 16,30h, na praia do "Chico Camisolita", como se todos os caminhos fossem dar à praia.
Pelo OPA,
Luís Santos
Um novo paradigma: o Estado ecológico
- Vittorio Hösle, Philosophie de la Crise Écologique, tradução de Matthieu Dumont, Marselha, Éditions Wildproject, 2009, p.194.
Uma das causas da crise ecológica
- Vittorio Hösle, Filosofia da Crise Ecológica.
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Manifesto
Aqui se apresenta a proposta de um cidadão português que, no decurso da sua docência universitária, obra publicada e intervenção cultural, tem seguido com interesse e preocupação os rumos recentes de Portugal e do mundo. Convicto de que urge refundar Portugal, eis uma lista de prioridades para o país e o mundo melhor a que temos direito e que todos temos o dever de construir. Agradecem-se os contributos críticos, de modo a que a proposta se aperfeiçoe e complete e sirva de plataforma para a discussão pública e a intervenção cultural e cívica que visa, pelos meios que se verificarem ser os mais oportunos.
I – Portugal é uma nação que, pela diáspora planetária da sua história e cultura, pela situação geográfica e pela língua, com 240 milhões de falantes em toda a comunidade lusófona, tem a potencialidade de ser uma nação cosmopolita, uma nação de todo o mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações. Este perfil vocaciona-nos para o cultivo dos valores mais universalistas, promovendo o diálogo com todas as culturas mundiais. Os valores mais universalistas são aqueles que promovam o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, visando não apenas o bem da espécie humana, mas também a preservação da natureza e do bem-estar de todas as formas de vida animal, como condição da própria qualidade e dignidade da vida humana.
II – O nosso potencial universalista tem sido sistematicamente ignorado pelas nossas orientações governativas, desde a época dos Descobrimentos até hoje. Se no passado predominou a pretensão de dilatar a Fé e o Império, hoje predomina a sujeição da nação aos novos senhores do mundo, as grandes esferas de interesses político-económicos. Portugal está ao serviço da globalização de um paradigma de desenvolvimento económico-tecnológico que explora desenfreadamente os recursos naturais e instrumentaliza homens e animais, donde resulta um enorme sofrimento, um fosso crescente entre homens, classes, povos e nações, a redução da biodiversidade e o arrastar do planeta para uma crise sem precedentes.
III – A assunção do nosso potencial universalista implica uma reforma das mentalidades, com plena expressão ética, cultural, social, política e económica. Nesse sentido se propõem as seguintes medidas urgentes, que visam implementar entre nós um novo paradigma, convergente com as melhores aspirações humanas e com os grandes desafios deste início do século XXI:
1 – Portugal deve dar prioridade absoluta a um desenvolvimento económico sustentado, que salvaguarde a harmonia ecológica e o bem-estar da população humana e animal. A Constituição da República Portuguesa deve consagrar a senciência dos animais – a sua capacidade de sentir dor e prazer - e o seu direito à vida e ao bem-estar. Portugal deve aprender com a legislação das nações europeias mais evoluídas neste domínio, adaptando-a à realidade nacional.
2 – Portugal deve ensaiar modelos de desenvolvimento alternativos, que preservem e promovam a diversidade cultural, biológica e ecoregional. Há que promover a sustentabilidade económica do país, desenvolvendo as economias locais. Devem-se substituir quanto possível as energias não-renováveis (petróleo, carvão, gás natural, energia nuclear), por energias renováveis e alternativas (solar, eólica, hidráulica, marmotriz, etc.), superando o paradigma, a vulnerabilidade e as dependências de uma economia baseada no petróleo e nos hidrocarbonetos. Deve-se particularmente explorar as potencialidades energéticas dos nossos mais de 900 km de costa.
3 - Devem-se ensaiar formas de organização económica cujo objectivo fundamental não seja apenas o lucro financeiro. Deve-se assegurar o predomínio da ética e da política sobre a economia, de modo a que a produção e distribuição da riqueza vise o bem comum do ecossistema e dos seres vivos, a satisfação das necessidades básicas dos homens e a melhoria geral da sua qualidade de vida, bem como o acesso de todos à educação e à cultura.
4 - Deve-se investir num programa pedagógico de redução das necessidades artificiais que permita oferecer alternativas ao produtivismo e consumismo, fazendo do trabalho e do desenvolvimento económico não um fim em si, com o inevitável dano da harmonia ecológica, da biodiversidade e do bem-estar de homens e animais, mas um mero meio para a fruição de um crescente tempo livre de modo mais gratificante e criativo. Deve-se fiscalizar mais rigorosamente o crédito ao consumo, de forma a evitar o crescente endividamento das famílias.
5 – Há que criar um serviço público de saúde eficiente e acessível a todos, que inclua a possibilidade de optar por medicinas e terapias alternativas, de qualidade e eficácia comprovada, como a homeopatia, a acupunctura, a osteopatia, o shiatsu, o yoga, a meditação, etc. Estas opções, bem como os medicamentos naturais e alternativos, devem ser igualmente comparticipadas pelo Estado.
6 – Importa informar e sensibilizar a população para os efeitos nocivos de vários hábitos alimentares - nomeadamente o consumo excessivo de carne - , para o meio ambiente, a saúde pública e o bem-estar de homens e animais. Sendo uma das principais causas do aquecimento global, do esgotamento dos recursos naturais e do sofrimento dos animais, há que restringir e criar alternativas à agropecuária intensiva. Deve-se divulgar a possibilidade de se viver saudavelmente com uma alimentação não-carnívora, vegetariana ou vegan e devem-se reduzir os impostos sobre os produtos de origem natural e biológica.
7 - Portugal, a par do desenvolvimento económico sustentado, deve investir sobretudo nos domínios da saúde, da educação e da cultura, não só tecnológica, mas filosófica, literária, artística e científica. O Orçamento do Estado deve reflectir isso, reduzindo os gastos com a Defesa, o Exército e as obras públicas de fachada. Urge moralizar e reduzir os salários e reformas de presidentes, ministros, deputados e detentores de cargos na administração pública e privada, a par do aumento dos impostos sobre os grandes rendimentos.
8 - Redignificar, com exigência, os professores e todos os profissionais ligados à educação e à cultura. A educação e a cultura não devem estar dependentes de critérios economicistas e das flutuações do mercado de emprego. Os vários níveis de ensino visarão a formação integral da pessoa, não a sacrificando a uma mera funcionalização profissional. A par disto, há que sensibilizar as famílias para não abandonarem as crianças em frente dos computadores e dos maus programas de televisão. A televisão pública deve melhorar o seu nível, investindo mais em programas de informação e formação.
Nos vários níveis de ensino deve ser introduzida uma disciplina que sensibilize para o respeito pela natureza, a vida humana e a vida animal, bem como outra que informe sobre a diversidade de paradigmas culturais, morais e religiosos coexistentes nas sociedades contemporâneas. Nos mesmos níveis de ensino deve estar presente a cultura portuguesa e lusófona, bem como as várias culturas planetárias. Um português culto e bem formado deve ter uma consciência lusófona e universal, não apenas europeia-ocidental.
A meditação, com benefícios científicamente reconhecidos - quanto ao equilíbrio e saúde psicofisiológicos, ao aumento da concentração e da memória, à melhoria na aprendizagem, à maior eficiência no trabalho e à harmonia nas relações humanas - , deve ser facultada em todos os níveis dos currículos escolares, em termos puramente laicos, sem qualquer componente religiosa.
9 - Portugal deve assumir-se na primeira linha da defesa dos direitos humanos e dos seres vivos em todos os pontos do planeta em que sejam violados, sem obedecer a pressões políticas ou económicas internacionais. Portugal deve ser um lugar de bom acolhimento para todos os emigrantes e estrangeiros que o procurem para trabalhar e viver.
10 – Portugal deve aprofundar as relações culturais, económicas e políticas com as nações de língua portuguesa, incluindo a região da Galiza, Goa, Damão, Diu, Macau e os outros lugares da nossa diáspora onde se fala o português, sensibilizando a comunidade lusófona para as causas universais, ambientais, humanitárias e animais.
11 - Portugal deve promover a Lusofonia e os valores universalistas da cultura portuguesa e lusófona no mundo, dando o seu melhor exemplo e contributo para converter a sociedade planetária na possível comunidade ético-cultural e ecuménica visada entre nós por Luís de Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva. Portugal deve assumir-se como um espaço multicultural e de convivência com a diversidade, um espaço privilegiado para o tão actual desafio do diálogo intercultural e inter-religioso, alargado ao diálogo entre crentes e descrentes. Deve precaver-se contudo de tentações neo-imperialistas e de qualquer nacionalismo lusófono ou lusocêntrico. A Lusofonia não deve abafar outras línguas e culturas que existam no seu espaço.
12 - Verifica-se haver em Portugal e na Europa em geral uma grave crise de representação eleitoral, patente na elevada abstenção e descrédito dos políticos, dos partidos e da política, os quais, segundo a opinião geral, apenas promovem o acesso ao poder de indivíduos e grupos que sacrificam o bem comum a interesses pessoais e particulares, com destaque para os das grandes forças económicas. As eleições são assim sistematicamente ganhas por representantes de minorias, relativamente à totalidade dos cidadãos eleitores, que governam isolados da maioria real das populações, que os consideram com alheamento, desconfiança e desprezo, tornando-se vítimas passivas das suas políticas. O actual sistema eleitoral também não promove a melhor justiça representativa, não facilitando a representação de uma maior diversidade de forças políticas e limitando-a às organizações partidárias, o que contribui para a instrumentalização do aparelho de Estado, dos lugares de decisão político-económica e da comunicação social pelos grandes partidos.
Esta é uma situação que compromete seriamente a democracia e que a história ensina anteceder todas as tentativas de soluções ditatoriais. Há que regenerar a democracia em Portugal, reformando o estado e o sistema eleitoral segundo modelos que fomentem a mais ampla participação e intervenção política da sociedade civil, facilitando a representação de novas forças políticas e possibilitando que cidadãos independentes concorram às eleições. Deve-se recuperar a tradição municipalista portuguesa e promover uma regionalização e descentralização administrativa equilibradas, assegurando mecanismos de prevenção e controlo dos despotismos locais.
Há que colocar a política ao serviço da ética e da cultura e mobilizar a população para a intervenção cívica e política em torno dos desafios fundamentais do nosso tempo, com destaque para a protecção da natureza, o bem-estar dos seres vivos e uma nova consciência planetária. Há que mobilizar os cidadãos indiferentes e descrentes da vida política, a enorme percentagem de abstencionistas e todos aqueles que se limitam a votar, para a responsabilidade de reflectirem, discutirem e criarem o melhor destino a dar à nação. Há que, dentro dos quadros democráticos e legais, promover formas alternativas de intervenção cultural, social e cívica, que permitam antecipar tanto quanto possível a realidade desejada, sem depender dos poderes instituídos.
Convicto de que estas medidas permitirão que Portugal recupere o pioneirismo e criatividade que o caracterizou no impulso dos Descobrimentos, mas agora sem escravizar e explorar outros povos, apelo a que todos dêem o vosso contributo para a discussão, aperfeiçoamento e divulgação deste Manifesto. De todos nós depende que ele se constitua na plataforma de um movimento cívico e cultural de reflexão e acção, que nos arranque ao comodismo e passividade em que estamos instalados.
Por um Outro Portugal!
Contribuidores
- Ana Moreira
- Ana Rodrigues
- Bernardo Almeida
- Dr Carlos Gonçalves
- Duarte D. Braga
- Duarte
- Estudo Geral
- Fernando Emídio
- Gil
- Glimpse
- Helena Caetano
- Isabel Rosete
- Isabel Santiago
- João Beato
- João Lopes Aguiar
- José Magalhães
- Luís Miguel Dantas
- Luis Resina
- Luis Resina
- MJC
- Margarida
- Maria de Lourdes Teixeira Puga Alvarez
- Maribel Sobreira
- Maurícia Teles da Silva
- Minda
- Moysés
- P.F. Antunes
- Paulo Borges
- Pedro Miguel Estrela
- Pedro Paz
- Pedro Sena
- Rui Matoso
- Rute Pinheiro
- Sérgio Mago
- aluzdascasas
- ana
- castus
- ethel
- jads
- lurdes
- maria alvarez
- paula