Um espaço para reinventar Portugal como nação de todo o Mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações e promova os valores mais universalistas, conforme o símbolo da Esfera Armilar. Há que visar o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, orientada não só para o bem da espécie humana, mas também para a preservação da natureza e o bem-estar de todas as formas de vida sencientes.

"Nós, Portugal, o poder ser"

- Fernando Pessoa, Mensagem.

Esfera Armilar - Da identidade histórico-cultural como limite a superar

A história e a cultura constituem poderosos sistemas de condicionamentos e automatismos mentais, emocionais e práxicos que convidam, por via gregária e irreflectida, a um regime de consciência parcial, incapaz de compreender e aceitar a realidade humana, cósmica e divina na sua totalidade plural e complexa. A fixação de uma dada identidade histórico-cultural é, por isso mesmo, um notável contributo para o estreitamento da consciência e para o sofrimento e conflitos daí resultantes. Por isso mesmo, a cultura mais poderosa é aquela que a si mesma se não vir como um fim em si e antes como um meio para se libertar de si mesma. É esse o projecto da "cultura portuguesa", assumida por Vieira, Pessoa e Agostinho da Silva como trampolim para a universalidade, mediação para além de todas as mediações, sejam elas lusitanas ou lusófonas. O melhor de Portugal e da lusofonia é o que neles se esquece de se rever e assinar no espelho do mundo. O pior de Portugal e da lusofonia é o que no mesmo acto deixa a mácula da assinatura. Medíocre é o que se afirma. Grande o que se esquece. Supremo o que nunca se nomeou.

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Esfera Armilar - Da identidade histórico-cultural como limite a superar

A história e a cultura constituem poderosos sistemas de condicionamentos e automatismos mentais, emocionais e práxicos que convidam, por via gregária e irreflectida, a um regime de consciência parcial, incapaz de compreender e aceitar a realidade humana, cósmica e divina na sua totalidade plural e complexa. A fixação de uma dada identidade histórico-cultural é, por isso mesmo, um notável contributo para o estreitamento da consciência e para o sofrimento e conflitos daí resultantes. Por isso mesmo, a cultura mais poderosa é aquela que a si mesma se não vir como um fim em si e antes como um meio para se libertar de si mesma. É esse o projecto da "cultura portuguesa", assumida por Vieira, Pessoa e Agostinho da Silva como trampolim para a universalidade, mediação para além de todas as mediações, sejam elas lusitanas ou lusófonas. O melhor de Portugal e da lusofonia é o que neles se esquece de se rever e assinar no espelho do mundo. O pior de Portugal e da lusofonia é o que no mesmo acto deixa a mácula da assinatura. Medíocre é o que se afirma. Grande o que se esquece. Supremo o que nunca se nomeou.

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