Um espaço para reinventar Portugal como nação de todo o Mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações e promova os valores mais universalistas, conforme o símbolo da Esfera Armilar. Há que visar o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, orientada não só para o bem da espécie humana, mas também para a preservação da natureza e o bem-estar de todas as formas de vida sencientes.

"Nós, Portugal, o poder ser"

- Fernando Pessoa, Mensagem.

PENSAR ABRIL II

Trinta e seis anos passados!
Restam-nos as memórias
Dos horrores da guerra
De uma sociedade que,
Em nome dos cravos vermelhos,
Um dia,
Ousou gritar:
Liberdade.

Liberdade:
Qual palavra de ordem
Que fez cair
Um regime
Eternamente enraizado.

Liberdade:
Qual palavra de ordem
Que arrancou,
Com todas as armas,
A tirania aos pretensos opressores
De um poder adulterado.

Liberdade:
O sinal do dizer aberto,
Há muito ocultado,
Pelo véu da falsa ordem,

Há muito camuflado,
Sob a tríade:
Deus,
Pátria
E Família.

Liberdade:
O sinal do dizer aberto,
Há muito velado,
Nos meandros da paupérrima cultura
De um Povo,
Que convinha manter calado.

Calado?
Sim, calado!
Em nome da ausência
Do Espírito Crítico,
Das mentes despertas
E do pensar astuto.

Trinta e seis anos passados!
E aqui estamos nós,
Quiçá,
Em uníssono,
A comemorar,
Com milhares de cravos vermelhos,
O grande acontecimento da Liberdade.

Liberdade?
Qual Liberdade?

Isabel Rosete

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PENSAR ABRIL II

Trinta e seis anos passados!
Restam-nos as memórias
Dos horrores da guerra
De uma sociedade que,
Em nome dos cravos vermelhos,
Um dia,
Ousou gritar:
Liberdade.

Liberdade:
Qual palavra de ordem
Que fez cair
Um regime
Eternamente enraizado.

Liberdade:
Qual palavra de ordem
Que arrancou,
Com todas as armas,
A tirania aos pretensos opressores
De um poder adulterado.

Liberdade:
O sinal do dizer aberto,
Há muito ocultado,
Pelo véu da falsa ordem,

Há muito camuflado,
Sob a tríade:
Deus,
Pátria
E Família.

Liberdade:
O sinal do dizer aberto,
Há muito velado,
Nos meandros da paupérrima cultura
De um Povo,
Que convinha manter calado.

Calado?
Sim, calado!
Em nome da ausência
Do Espírito Crítico,
Das mentes despertas
E do pensar astuto.

Trinta e seis anos passados!
E aqui estamos nós,
Quiçá,
Em uníssono,
A comemorar,
Com milhares de cravos vermelhos,
O grande acontecimento da Liberdade.

Liberdade?
Qual Liberdade?

Isabel Rosete

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