Um espaço para reinventar Portugal como nação de todo o Mundo, que estabeleça pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, culturas e civilizações e promova os valores mais universalistas, conforme o símbolo da Esfera Armilar. Há que visar o melhor possível para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, orientada não só para o bem da espécie humana, mas também para a preservação da natureza e o bem-estar de todas as formas de vida sencientes.

"Nós, Portugal, o poder ser"

- Fernando Pessoa, Mensagem.

"A escola que queremos" - Projecto educativo das escolas A Voz do Operário

"(...) 2.1 Como entendemos a missão da escola
Na continuidade da história da instituição, e porque os valores fundamentais em que esta se baseou na sua fundação se mantêm actuais, as Escolas de A Voz do Operário continuam a conceber a educação formal (nomeadamente o ensino básico) como motor da construção social tendo em vista os valores da Liberdade, Democracia e Solidariedade. Tendo em conta que a Escola enquanto instituição tem dificuldade em combater as desigualdades sociais, tendo tendência a reproduzi-las, é necessário que exista um objectivo muito claro e fundamental de contrariar esta tendência. Desta forma, estamos perante uma Escola consciente da sua missão social e que se organiza no sentido de preparar os seus alunos para desempenharem um papel enquanto membros activos de uma cultura, isto é, que aspira a formar cidadãos livres, responsáveis e críticos, capazes de intervir sobre a sua realidade social e até de agirem enquanto transformadores da mesma – mudar a escola para depois mudar a sociedade.

Desta forma, o aluno é visto na sua dimensão total – individual e social. Assim, são objectivos fundamentais das escolas da Voz do Operário:
- a realização pessoal de cada aluno – criando condições para que cada um construa o seu percurso, com oportunidades de sucesso, encontrando respeito pelas suas características próprias e reconhecimento pelas suas qualidades e esforços, tendo espaço e apoio para desenvolver as suas potencialidades e para ultrapassar as suas dificuldades.
- a justiça social – criando um ambiente de cooperação e partilha, onde os valores fundamentais de uma sociedade justa são debatidos e vividos através das práticas concretas do dia-a-dia dos alunos na escola, onde a participação democrática é vivida por todos os intervenientes no processo educativo.

2.2 Princípios orientadores
Assim, com vista aos dois objectivos fundamentais – realização pessoal e justiça social – a escola estabeleceu como grande princípio orientador a Democracia Participada, ou seja, a consciência de que todos e cada um fazem parte de um todo e que só com o contributo de todos, independentemente da idade, sexo, religião, meio social, se consegue construir uma sociedade mais justa e respeitadora das diferenças individuais, onde todo e qualquer contributo é valorizado. Assim, a escola deve ser ela própria produtora de mudança através da participação activa de todos os seus actores.

De forma a trabalhar nos princípios da Democracia Participada devem ser adoptadas atitudes de aceitação e valorização da diferença e de valorização pessoal.

As competências fundamentais a promover neste quadro são, então:
- conhecimento – os saberes dos diferentes tipos, “não apenas o «saber instrumental» e o «saber-fazer», mas também o «saber porque se faz» e o «saber viver com os outros», «saber ser», «saber tornar-se» e «saber intervir»”2;
- criatividade – não apenas no sentido estético e plástico, mas também e sobretudo no sentido de encontrar novas formas de estar e de ser em situações que requerem mudança e da criação de novas soluções para os problemas vividos no quotidiano;
- autonomia – para construir o seu percurso pessoal e as relações com os outros, para aprofundar o seu auto-conhecimento e assim ser mais competente a procurar formas de ultrapassar dificuldades, para ajudar e pedir ajuda, para construir as suas aprendizagens e os seus saberes – ser agente activo do seu próprio desenvolvimento;
- responsabilidade – para entender as consequências das suas acções e assumi-las em pleno perante o grupo em que está inserido, para assumir e concretizar a sua contribuição activa no funcionamento do grupo e da escola, para se sentir o principal responsável pela sua evolução e pelos seus sucessos;
- cooperação e partilha – atitudes de inter-ajuda, partilha de conquistas e de dificuldades entre alunos de níveis diferentes, entre alunos e educadores / professores e entre os vários docentes, envolvendo toda a comunidade escolar no processo de aprendizagem e na criação e manutenção de um ambiente seguro e estável."

Excerto do Projecto Educativo das escolas "A Voz do Operário"
Texto completo em:
http://www.vozoperario.pt/escolas-qa-voz-do-operarioq/145-projecto-educativo/144-projecto-educativo-escola.html

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"A escola que queremos" - Projecto educativo das escolas A Voz do Operário

"(...) 2.1 Como entendemos a missão da escola
Na continuidade da história da instituição, e porque os valores fundamentais em que esta se baseou na sua fundação se mantêm actuais, as Escolas de A Voz do Operário continuam a conceber a educação formal (nomeadamente o ensino básico) como motor da construção social tendo em vista os valores da Liberdade, Democracia e Solidariedade. Tendo em conta que a Escola enquanto instituição tem dificuldade em combater as desigualdades sociais, tendo tendência a reproduzi-las, é necessário que exista um objectivo muito claro e fundamental de contrariar esta tendência. Desta forma, estamos perante uma Escola consciente da sua missão social e que se organiza no sentido de preparar os seus alunos para desempenharem um papel enquanto membros activos de uma cultura, isto é, que aspira a formar cidadãos livres, responsáveis e críticos, capazes de intervir sobre a sua realidade social e até de agirem enquanto transformadores da mesma – mudar a escola para depois mudar a sociedade.

Desta forma, o aluno é visto na sua dimensão total – individual e social. Assim, são objectivos fundamentais das escolas da Voz do Operário:
- a realização pessoal de cada aluno – criando condições para que cada um construa o seu percurso, com oportunidades de sucesso, encontrando respeito pelas suas características próprias e reconhecimento pelas suas qualidades e esforços, tendo espaço e apoio para desenvolver as suas potencialidades e para ultrapassar as suas dificuldades.
- a justiça social – criando um ambiente de cooperação e partilha, onde os valores fundamentais de uma sociedade justa são debatidos e vividos através das práticas concretas do dia-a-dia dos alunos na escola, onde a participação democrática é vivida por todos os intervenientes no processo educativo.

2.2 Princípios orientadores
Assim, com vista aos dois objectivos fundamentais – realização pessoal e justiça social – a escola estabeleceu como grande princípio orientador a Democracia Participada, ou seja, a consciência de que todos e cada um fazem parte de um todo e que só com o contributo de todos, independentemente da idade, sexo, religião, meio social, se consegue construir uma sociedade mais justa e respeitadora das diferenças individuais, onde todo e qualquer contributo é valorizado. Assim, a escola deve ser ela própria produtora de mudança através da participação activa de todos os seus actores.

De forma a trabalhar nos princípios da Democracia Participada devem ser adoptadas atitudes de aceitação e valorização da diferença e de valorização pessoal.

As competências fundamentais a promover neste quadro são, então:
- conhecimento – os saberes dos diferentes tipos, “não apenas o «saber instrumental» e o «saber-fazer», mas também o «saber porque se faz» e o «saber viver com os outros», «saber ser», «saber tornar-se» e «saber intervir»”2;
- criatividade – não apenas no sentido estético e plástico, mas também e sobretudo no sentido de encontrar novas formas de estar e de ser em situações que requerem mudança e da criação de novas soluções para os problemas vividos no quotidiano;
- autonomia – para construir o seu percurso pessoal e as relações com os outros, para aprofundar o seu auto-conhecimento e assim ser mais competente a procurar formas de ultrapassar dificuldades, para ajudar e pedir ajuda, para construir as suas aprendizagens e os seus saberes – ser agente activo do seu próprio desenvolvimento;
- responsabilidade – para entender as consequências das suas acções e assumi-las em pleno perante o grupo em que está inserido, para assumir e concretizar a sua contribuição activa no funcionamento do grupo e da escola, para se sentir o principal responsável pela sua evolução e pelos seus sucessos;
- cooperação e partilha – atitudes de inter-ajuda, partilha de conquistas e de dificuldades entre alunos de níveis diferentes, entre alunos e educadores / professores e entre os vários docentes, envolvendo toda a comunidade escolar no processo de aprendizagem e na criação e manutenção de um ambiente seguro e estável."

Excerto do Projecto Educativo das escolas "A Voz do Operário"
Texto completo em:
http://www.vozoperario.pt/escolas-qa-voz-do-operarioq/145-projecto-educativo/144-projecto-educativo-escola.html

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